Depois de um dia ancorada, a família real pôs pé em solo brasileiro pela primeira vez. Depararam com uma recepção calorosa - os notáveis da cidade, os donos das plantações, até grupos de escravos alinhavam-se nas ruas, saudando os hóspedes inesperados. Todos sentiam um temor respeitoso pelo que era um acontecimento único na história do colonialismo europeu. Até àquele momento nenhum monarca reinante tinha viajado até às américas sequer em visita, quanto mais para instalar ali a sua corte. Esse sentimento misturou-se com admiração pela novidade assim que avistaram Dona Carlota, uma mulher, no mínimo, de aspecto invulgar. Era baixa (menos de metro e meio), morena, e, para a ocasião, envergava um curioso turbante que lhe escondia o crânio rapado. Surgiram depois outras damas da corte, usando turbantes semelhantes, para assombro da multidão que as esperava. Os cortesãos e seus criados seguiam-nas naquele clima húmido, entrouxados em jaquetas cintadas, calções pelo joelho e meias altas.
É difícil imaginar o que a família real terá achado de Salvador naquela tarde clara...»
Patrick Wilcken, Império à deriva
A família real acaba de se instalar no Brasil (Janeiro de 1808), onde permanecerá durante anos. Acaba aqui a transcrição de textos sobre a fuga e a permanência da corte portuguesa no Brasil.
Nas nossas aulas já avançámos para a Revolução Liberal portuguesa (1820).
A imagem do cabeçalho do blogue já é relativa ao período pós-revolução.
Brevemente teremos aqui mais informações sobre este novo tema.
ola stor fala coma a aluna Leila Bragança do 6 ano da turma 5.~
ResponderEliminaradorei o trabalho que compôs a gora