25 de Abril de 1974

31 de outubro de 2010

Padre António Vieira (2)

Apesar de já haver um texto sobre o padre António Vieira, a Ana Carolina (6.º 10) enviou hoje um trabalho sobre esta interessante personagem da nossa história. Como nos dá algumas informações novas, achei bem publicá-lo.
Poderá haver algumas dúvidas sobre o que será a Inquisição ou o que são os Cristãos-Novos, mas nas próximas aulas falaremos desses temas.

O padre António Vieira, sendo missionário no Brasil, destacou-se defendendo os direitos humanos dos povos indígenas, combatendo contra a exploração e escravização dos mesmos.
Este padre também foi conhecido por defender os Judeus e a abolição da distinção entre os cristãos-novos e os cristãos-velhos.
Também foi bastante conhecido por defender a abolição da escravatura, tendo criticado severamente os sacerdotes e a Inquisição.
Ficou, também, célebre pelo seu «Sermão aos peixes» em São Luís no Maranhão.

Após a Restauração da Independência [1 de Dezembro de 1640], já em Lisboa, foi nomeado pregador régio por D. João IV de Portugal.
António Vieira tornou-se confessor da rainha D. Luísa de Gusmão, mulher de D. João IV.
Já com D. Afonso VI, António Vieira não foi bem recebido. Regressou ao Brasil em 1681, onde acabou por morrer a 18 de Julho de 1697, com 89 anos.

Padre António Vieira


D. Mariana Vitória, princesas e casamentos

O texto sobre a Real Ópera do Tejo fez-me procurar informação sobre a rainha D. Mariana Vitória.
Era filha de Filipe V, de Espanha, e, não sabia mas fiquei a saber, que tinha sido prometida em casamento a Luís XV, de França, quando tinha a idade de... 4 anos!
D. Mariana Vitória (com aquela idade podíamos chamar-lhe Marianinha) foi então para a corte francesa, mas... a pressa dos franceses em terem um príncipe herdeiro fez com que desistissem daquele casamento e D. Mariana regressou a Espanha 2 anos depois, para se vir antes a casar com o nosso D. José I.
Quando se tratou deste casamento tinha D. Mariana 9 anos de idade e D. José tinha 13 anos.

Tão novinhos que eles eram!
Estão a perceber que os interesses da política externa, de alianças entre países, é que tinham importância para a realização dos casamentos reais?























Quadros representando D. Mariana Vitória e D. José I

Real Ópera do Tejo

O Pedro Melo (6.º 6) trabalhou este domingo, dando conta do que terá sido um dos grandiosos teatros europeus do século XVIII.
A real ópera do Tejo situava-se na rua do Arsenal em Lisboa. Era uma obra de Giovanni Carlo Sicinio Gali Bibiena, membro de uma prestigiada família de arquitectos e cenógrafos teatrais.
Segundo escassos testemunhos, a ópera do Tejo, seria um sumptuoso edifício decorado a branco e dourado, com a lotação de 600 lugares.
Foi inaugurado na Primavera de 1755 [31 de Março], no aniversário da Rainha Dona Mariana Vitória [mulher de D. José I].
Pouco tempo depois o terramoto veio destruir por completo aquele que era considerado um dos mais grandiosos teatros europeus.

Ruínas da real ópera do Tejo, após o terramoto de 1755



30 de outubro de 2010

Mais textos em breve

A Débora (6.º 10) entregou um texto sobre o "padre voador" (Bartolomeu de Gusmão), mas está muito longo e precisa de ser trabalhado. O mesmo se passa com um texto do José Caramelo (6.º 4), sobre a história da produção e do consumo de café, a propósito da sua plantação no Brasil.
A Ana Rita (6.º 10) enviou um texto sobre a monarquia absoluta, a inserir aqui em breve, mas com esquemas que têm de ser trabalhados como imagens.

Entretanto, o Pedro Melo (6.º 6) juntou-se aos seguidores e o mesmo aconteceu a uma enigmática rosa (rosie).

Esqueci-me de referir nas aulas que na próxima 2.ª feira, dia 1 de Novembro, passam 255 anos do terramoto que destruiu uma boa parte da cidade de Lisboa.
Lá se foi o Paço da Ribeira (de que já falámos em mais do que uma ocasião) e a Real Ópera do Tejo, de que pouco se fala e que se localizava perto. Quem descobre que edifício era este?



Brevemente falaremos do terramoto de 1755.

29 de outubro de 2010

A melhorar o blogue

Hoje, o blogue tem estado em obras, para enriquecer o seu aspecto e as suas funções (caixa de pesquisa, slideshow e links).

A professora Carla Nobre ensinou-me "umas coisas" e tenho andado a aplicar esses conhecimentos.
Obrigado à Carla.


Espero que gostem.

28 de outubro de 2010

Mais uma seguidora

Isto vai devagarinho... Mas vai!
A Inês, autora de textos já aqui editados e de outro quase a sair, sobre o Padre Bartolomeu de Gusmão, juntou-se aos seguidores.

A Daniela, do 6.º 4, a propósito da produção de café no Brasil, enviou-me o endereço de um site que conta a história do café - http://www.planetaorganico.com.br/cafebrev1.htm

Deixo a imagem da capa de um livro da colecção Na crista da onda, onde o Padre Bartolomeu de Gusmão "sonha" com a "Passarola".
Se calhar, dos vários leitores deste blogue, a Inês será a pessoa que mais saberá desse "segredo".



A não perder - brevemente!

Digo-vos que a colecção Na crista da onda, em grande parte existente na Biblioteca da nossa escola, tem 2 ou 3 livros muito interessantes sobre o Brasil, nomeadamente sobre a produção de açúcar e, também, sobre os bandeirantes que se aventuravam Brasil dentro.

Espero que mais alunos venham aqui. O 6.º 6 ainda não deu sinal de vida!!!



27 de outubro de 2010

Breve história do dinheiro em Portugal

A propósito de uma dúvida colocada na turma do 6.º 4, a Daniela fez uma pesquisa sobre a história do dinheiro em Portugal e apresentou o texto que se segue.


As primeiras moedas portuguesas terão sido mandadas cunhar ainda por D. Afonso Henriques. Eram pequenos exemplares metálicos produzidos a partir de uma liga de cobre e prata e que exibiam a cruz de Cristo.
Foi durante o reinado de D. Sancho I que apareceu a primeira moeda portuguesa de ouro, o Morabitino, que valia 180 dinheiros [ver imagem].
                               
O dinheiro, enquanto unidade monetária, desapareceu no final da primeira dinastia e foi substituído pelo real.
O primeiro rei da Segunda dinastia, D.João I, mandou cunhar as primeiras moedas portuguesas de cobre, os reais pretos.
Foi durante o reinado de D.Pedro II que surgiu a primeira forma de papel moeda.


Em 1821 foi criado o primeiro banco emissor no Continente, Banco de Lisboa, antecessor do Banco de Portugal que passou a emitir notas regularmente. O Banco de Portugal surgiu em 1846 e, em 1887, tornou-se no único Banco emissor.

10000 réis, 1799, reinado de D. Maria I


Com a implantação da República, a 5 de Outubro de 1910, o sistema monetário foi alterado e o real substituído pelo escudo. Todavia, as primeiras notas de escudo só começaram a circular em 1914.
Em 2002, o euro substituiu o escudo.

26 de outubro de 2010

Padre António Vieira

O Padre António Vieira foi um homem religioso, escritor e orador português, da Companhia de Jesus.
Nasceu em 1608, na rua do Cónego, perto da Sé, em Lisboa.
Os seus pais chamavam-se Cristóvão Vieira Ravasco e D. Maria de Azevedo, sendo o seu pai mulato.



Quando tinha 6 anos os seus pais mudaram-se para o Brasil e foi aí que iniciou estudos, tendo entrado aos 15 anos para a Companhia de Jesus.
Tornou-se sacerdote jesuíta em 1685.
Foi confessor e conselheiro de D. João IV, pregador, embaixador e missionário.
Faleceu em S. Salvador da Baía, em 1697.

Texto de Inês Félix (1.ª parte) e Pedro Gomes (2.ª parte) da turma 6.º 10
Imagem seleccionada pela Inês.

A abolição da escravatura em Portugal

A escravatura foi uma fonte de riqueza durante a expansão portuguesa.
Os escravos eram utilizados em muitos trabalhos, nomeadamente nas explorações da cana-de-açúcar no Brasil.
Nessa época a escravatura era plenamente conhecida e aceite pela sociedade.
Foi no século XVIII que surgiram os movimentos anti-esclavagistas.


O Abolicionismo foi um movimento que defendia a abolição da escravatura e do comércio de escravos.
Em Portugal foi o Marquês de Pombal, ministro de D. José I, que acabou com a escravatura no território de Portugal Continental e na Índia, a 12 de Fevereiro de 1761, pelo que Portugal é considerado o primeiro país abolicionista.
Contudo, nas colónias portuguesas da América e África continuou a ser permitida a escravidão.
Portugal, conjuntamente com a Grã-Bretanha, proibiu o comércio de escravos, no começo do século XIX.
Em 1854 foram libertos todos os escravos da Igreja nas colónias.
A 25 de Fevereiro de 1869, no reinado de D. Luís, foi aprovada a abolição completa da escravidão no Império Português.

Textos de Pedro Gomes (1.ª parte) e Inês Félix (2.ª parte), da Turma 6.º 10
Imagem seleccionada pela Inês

19 de outubro de 2010

As conversas são como as cerejas

O ditado diz que "As conversas são como as cerejas".

A propósito já não sei do quê, na turma do 6.º 4 falou-se de dinheiro, moedas e notas, e alguém perguntou quando tinham aparecido as notas.
Pesquisa feita, a Daniela enviou-me hoje um mail com a resposta a essa pergunta e mais algumas informações.
Com um bocadinho mais de tempo, e procurando alguma imagem para ilustrar, o texto irá estar disponível.

No 6.º 10, a Inês já fez dois pequenos trabalhos, um sobre a abolição da escravatura e o outro sobre o Padre António Vieira.
O Pedro também já tem um rascunho. Quero é que ele comece a trabalhar no computador.

E tenho esperança que venham aí mais trabalhos.

Um abraço

17 de outubro de 2010

Brasil - Açúcar e Ouro

Durante todo o ano lectivo de 2009-2010, a imagem identificativa deste blogue era uma imagem dos republicanos na Rotunda, relativa aos acontecimentos do 5 de Outubro de 1910, por se estar a comemorar o centenário da implantação da República.

A partir de agora, essa imagem vai mudar, de acordo com o tema a tratar pelas turmas.

Agora fica o Brasil.
Perguntava o Moisés (6.º 10), o que seria de Portugal sem o Brasil.
É verdade: o que seria?
E aqui pergunto eu: e o que seria o Brasil sem Portugal?
Fica o espaço para a imaginação...


Mapa do Brasil - século XVI

 Padre António Vieira (caricatura)

Escravos a bordo de navio negreiro


Na turma do 6.º 10, na sequência do diálogo, lancei o desafio de uma pequeníssima síntese sobre a abolição da escravatura e uma biografia do padre António Vieira.
Quem responde ao desafio?

5 de outubro de 2010

5 de Outubro de 1910

Porque hoje é 5 de Outubro e 100 é um número muito redondo (e todo o mundo fala disto), não podia deixar de lembrar.


Recomeçar

Vou aqui reiniciar o Historiando.

Até agora, cada vez que começava um ano lectivo, apagava (mas guardando) todo o conteúdo do blog.
Este ano, porque tem havido a surpresa de algumas mensagens (comentários) de alunos do ano passado, que se habituaram a contar com este espaço, decidi não apagar a História - "os nossos vestígios".
E recomeço na data do centenário da República. Uma data histórica.

Terei de apresentar agora o Historiando aos meus novos alunos do 6.º ano: 6.º 4, 6.º 6 e 6.º 10.
Muito em breve, num computador perto de si.

Um abraço a quem me visitar.