25 de Abril de 1974
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6 de março de 2019
Mosteiro de Alcobaça - vídeo
Para preparar a visita de estudo ao Mosteiro de Alcobaça, deverão ver o vídeo que se segue até ao momento em que falam de D. Manuel I - primeiros 4 minutos e 50 segundos.
23 de abril de 2017
Mosteiro de Alcobaça - o papel cultural
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S. Bernardo |
«O equilíbrio conseguido, na mensagem cisterciense, entre a vida de oração, o trabalho físico e a leitura constituiu uma das razões do seu êxito. Ao propugnar por um retorno ao “deserto”, Cister distanciava-se do mundo e procurava espaços ermos e desabitados para a sua instalação. Este desejo foi ao encontro das necessidades de povoamento e de ocupação territorial por parte dos reinos peninsulares. Daí a fundação de mosteiros em regiões ermas, recentemente conquistadas e de povoamento reduzido. A fundação da principal casa cisterciense em Portugal, Alcobaça, é um exemplo desse esforço.»
Hermínia Vasconcelos Vilar, História Religiosa de Portugal (vol. I)
Há uma relação direta entre a prosperidade económica e a ação cultural dos monges de Alcobaça, que possuíam uma rica livraria, com muitos livros produzidos no scriptorium de Alcobaça.
Alcobaça tornou-se um dos maiores centros de cultura monástica medieval, desenvolvendo uma importante ação educativa, e assumindo, também, um grande papel assistencial.
«(…) Cister foi uma das mais destacadas instituições religiosas da história nacional, moldando mentalidades, animando cultural e educacionalmente, arroteando terras, explorando, produzindo, como pioneiros de povoamento, entre outras realizações.»
Vítor Gomes Teixeira, Os Cistercienses e a sua rede de mosteiros,
in O Esplendor da Austeridade
Dos primeiros mosteiros cistercienses (anteriormente beneditinos, de obediência a Cluny)...
A Ordem de Cister e a proteção real
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Mosteiros da Ordem de Cister em Portugal |
Depois de D. Afonso Henriques, vários reis da 1.ª dinastia fizeram grandes doações ao Mosteiro de Alcobaça.
Não será estranho, portanto, que aqui se encontrem os túmulos dos reis D. Afonso II e D. Afonso III, na chamada Capela de S. Bernardo. Numa sala lateral, encontram-se oito outros túmulos, entre eles o da primeira mulher de D. Afonso II, D. Urraca, o de Beatriz, mulher de D. Afonso III, e de três dos seus filhos.
D. Pedro I foi um dos grandes protetores do Mosteiro. Na igreja, o seu magnífico túmulo, assim como o de D. Inês de Castro, constituindo duas das maiores esculturas tumulares da Idade Média.
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Túmulo de D. Pedro I |
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Túmulo de D. Inês |
É curioso verificar, em relação à Ordem de Cister, na sua vertente feminina, a ação de três infantas, filhas de D. Sancho I – D. Sancha, D. Mafalda e D. Teresa – na difusão da Ordem em Portugal. Elas protegeram, nas primeiras décadas do século XIII, três grandes abadias – Celas (Coimbra), Arouca e Lorvão, respetivamente – legando-lhes os seus bens.
A doação do Mosteiro de Alcobaça
A doação do couto de Alcobaça aos monges de Cister, se pode ser considerada um ato de fé - diz a lenda que resultou de uma promessa feita por D. Afonso Henriques - foi também um ato político.
D. Afonso Henriques tinha conquistado há pouco tempo as cidades de Santarém e de Lisboa (1147), tinha conseguido o reconhecimento da independência por parte do reino de Leão e de Castela (Tratado de Zamora, 1143) e procurava o reconhecimento do Papa.
A Ordem de Cister tinha, à época, um assinalável poder na cristandade e, por coincidência, o ducado da Borgonha, de onde eram naturais os antepassados paternos de D. Afonso Henriques, esteve ligado ao nascimento da Ordem.
A difusão cisterciense contou, em Portugal, com o apoio régio. D. Afonso Henriques concedeu várias cartas de couto a diversos mosteiros de Cister.
Portanto, com esta política, D. Afonso Henriques pretendia facilitar o seu reconhecimento como rei pelo Papa.
Do ponto de vista da política interna, D. Afonso Henriques precisava de defender as fronteiras e de desenvolver economicamente o reino.![]() |
S. Bento (iluminura) |
A difusão cisterciense contou, em Portugal, com o apoio régio. D. Afonso Henriques concedeu várias cartas de couto a diversos mosteiros de Cister.
Portanto, com esta política, D. Afonso Henriques pretendia facilitar o seu reconhecimento como rei pelo Papa.
A Ordem de Cister, por sua vez, só autorizava a fundação de novos mosteiros em zonas que obedecessem às seguintes condições: fossem isolados em relação a lugares habitados, tivessem boas terras de cultivo, suficientes recursos hídricos e matérias-primas nas proximidades (especialmente madeiras).
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Monges cistercienses ceifando o campo sob a proteção da Virgem e de S. Bernardo - pormenor (pintura - Escola Portuguesa, século XVIII) |
À data da doação do couto de Alcobaça, a Ordem de Cister era, pela sua organização, a única preparada e com capacidade para desenvolver uma política de fomento e arroteamento (preparação de terrenos para a prática da agricultura) em terras despovoadas.
Pela carta de doação, relembremos, o Mosteiro de Alcobaça ficou obrigado a repovoar, cultivar e valorizar economicamente os seus terrenos.
Juntavam-se os interesses do rei e os da Ordem de Cister.
«O séc. XIV é a época mais fecunda da história do Mosteiro. Criam-se granjas em terrenos que se tornaram quintas ricas e modelares e onde os monges, leigos e noviços, desenvolvem toda a sua atividade. A granja era uma escola de todas as atividades agrícolas e das indústrias anexas. Os monges eram dos poucos senhores conhecedores dos segredos agrícolas do seu tempo e foram chamados a resolver graves problemas da economia rural, cabendo-lhes com justiça a bela designação de "Monges Agrónomos" que o Professor Joaquim Vieira Natividade lhes deu.»
M.ª Augusta Trindade Ferreira, Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça (roteiro)
Mosteiro de Alcobaça
O Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça era o maior do reino e um dos maiores da Ordem de Cister em toda a Europa (o terceiro, em dimensão).
Foi o quarto mosteiro da Ordem de Cister em Portugal, mas o primeiro a ser construído de raiz.
O
Mosteiro de Alcobaça foi fundado na sequência de uma doação de
D. Afonso Henriques e de sua mulher, D. Mafalda, ao abade D. Bernardo do
Mosteiro de Claraval, da Ordem de Cister, a qual estava em plena fase de expansão.
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Carta de doação do couto de Alcobaça à Ordem de Cister |
A
doação obrigava à instalação de um mosteiro cisterciense em Alcobaça, a partir
do qual se deveria fazer o repovoamento, cultivo e valorização económica desses
terrenos (o couto de Alcobaça), o que era fundamental para fortalecer o domínio
cristão numa área mal povoada e que não ficava longe da fronteira com os
muçulmanos.
Os
trabalhos de construção prolongaram-se por sete décadas, o que não será
estranho se atendermos à dimensão das construções, ao facto do reino estar em guerra
(Reconquista Cristã) e haver falta de meios humanos e materiais.
A construção segue os traços das construções de outras abadias da Ordem. É
muito provável que tenham vindo de França os seus principais mestres-construtores.
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Sala dos Reis |
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Cozinha |
O mosteiro teve
obras que se desenvolveram já depois do fim da reconquista, com o objetivo de
aumentar o conjunto monástico, como o claustro de D. Dinis, já no século XIV.
Isto
faz com que haja diferentes estilos arquitetónicos na sua construção: o
românico, no início, e o gótico, mais tarde, que se torna predominante.
E já alguns séculos depois se fizeram novos acrescentos e alterações. A fachada principal da igreja é do início do século XVIII, em estilo barroco.
18 de abril de 2017
A vida quotidiana nos mosteiros
Portugal nos séculos XIII e XIV
Para os alunos interessados em saberem um pouco mais sobre a vida quotidiana nos mosteiros, no período medieval, está disponível esta apresentação.
Seguem-se imagens daquele que terá sido, nesse período, o mais importante mosteiro de Portugal, resultante de uma doação feita por D. Afonso Henriques: o mosteiro de Alcobaça.
Para os alunos interessados em saberem um pouco mais sobre a vida quotidiana nos mosteiros, no período medieval, está disponível esta apresentação.
Seguem-se imagens daquele que terá sido, nesse período, o mais importante mosteiro de Portugal, resultante de uma doação feita por D. Afonso Henriques: o mosteiro de Alcobaça.
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Igreja do Mosteiro |
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Claustro |
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Refeitório Ao fundo, ao centro, a escada que levava ao púlpito onde o monge leitor fazia a leitura de textos bíblicos, enquanto os restantes monges tomavam a refeição |
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