25 de Abril de 1974

27 de setembro de 2018

Exoneração de Salazar - há 50 anos

Em 27 de setembro de 1968, o Decreto n.º 48597 exonerava (demitia) António de Oliveira Salazar do cargo de Presidente do Conselho de Ministros (Chefe do Governo), nomeando Marcelo Caetano para o substituir.

António de Oliveira Salazar
O Presidente da República, almirante Américo Tomás, perante o agravamento do estado de saúde de Salazar, já tinha comunicado 10 dias antes que iria nomear um novo Presidente do Conselho.

Marcelo Caetano e Américo Tomás

Salazar tinha caído de uma cadeira, no Forte de Santo António, no princípio do mês de Agosto.
A 3 de Setembro, numa reunião do Governo, Salazar apresentou-se pálido e cansado.
«Na manhã seguinte, o secretário da Presidência, Paulo Rodrigues, iria aperceber-se de que ele várias vezes tirava os óculos para passar a mão pela testa, a letra estava tremida. Ainda nesse dia começou a queixar-se de fortes dores de cabeça.»
Foi chamado o médico pessoal de Salazar, Dr. Eduardo Coelho.

O estado clínico do Chefe do Governo foi avaliado a 5 e 6 de setembro, tendo-se decidido por uma operação, no dia 7, para remoção de um hematoma intracraniano.


A 16 de setembro, quando recuperava da intervenção cirúrgica, Salazar sofreu um acidente vascular cerebral que agravou irreversivelmente o seu estado de saúde.
Face a esta situação, era natural o afastamento de Salazar do já longo exercício do poder - era Presidente do Conselho desde 1932.

Marcelo Caetano discursa na tomada de posse
Marcelo Caetano, quando tomou posse, trocou pouquíssimos ministros do último Governo de Oliveira Salazar, remodelado a 19 de agosto, já depois da sua queda da cadeira.
Foi a evolução na continuidade.

O Estado Novo prolongar-se-ia, mesmo sem o seu mentor, até 25 de abril de 1974.


26 de setembro de 2018

Descoberta uma nau naufragada à entrada do Tejo

Uma equipa de arqueólogos, descobriu uma nau naufragada.


Os arqueólogos fazem parte de uma campanha de investigação subaquática da Câmara de Cascais e estavam a fazer mergulhos junto ao ilhéu do Bugio, no rio Tejo, no princípio deste mês.

Num desses mergulhos, descobriram, a cerca de 12 metros de profundidade, os vestígios de uma nau que terá naufragado entre 1575 e 1625.
Alguns dos artefactos que se poderiam perder foram recolhidos e colocados em água nas reservas municipais. Entre esses objetos estão loiça de faiança, uma tampa de bronze e pimenta da Índia.

"Vê-se o escudo de Portugal, a esfera armilar (...)"

Esta foi uma das descobertas mais importantes dos últimos anos em termos de arqueologia marinha.


25 de setembro de 2018

Cemitério medieval descoberto no centro de Lisboa


Este verão, ao serem feitas escavações para a instalação de ecopontos subterrâneos, na Rua do Poço do Borratém (Baixa de Lisboa), foi encontrado um conjunto de esqueletos numa necrópole (cemitério) que será de finais do século XIV e início do século XV.





Ali trabalham, agora, 6 arqueólogos e uma antropóloga. Os esqueletos estão a ser desenterrados e começaram a ser estudados, podendo as escavações ser vistas por quem passa na rua. Foi o que me aconteceu.



Segundo os arqueólogos, trata-se de "um cemitério de gente simples", pois aquela zona da cidade, na época, seria pobre.
Com as ossadas não foi encontrado qualquer tipo de espólio: "Não temos moedas, não temos nada" e "os corpos foram sepultados diretamente na terra ou envoltos em mortalha". Os esqueletos revelam muitas doenças. Como diz uma das arqueólogas, "os pobres tinham as doenças todas".




Sabe-se, também, que eram cristãos: os enterramentos cumpriram o ritual de colocar a cabeça virada a Oeste (poente) e os pés a Este (nascente).
"Homens, mulheres, jovens, crianças, adultos, há de tudo." Já foram encontrados 20 corpos e sabe-se que o cemitério seria maior, mas só foi escavado o retângulo onde se pensou instalar os ecopontos.




E isto tudo veio a propósito de uma conversa com a turma do 5.º G.
As conversas são como as cerejas os achados arqueológicos: atrás de um vem logo um outro.


23 de setembro de 2018

Equinócio de Outono 2018

O Equinócio de Outono de 2018 ocorreu hoje, dia 23 de setembro, às 02:54 horas. Este instante marcou o início do Outono no Hemisfério Norte, onde Portugal se localiza.
Esta estação prolonga-se até ao dia 21 de dezembro, às 22:23 horas, momento em que ocorre o próximo Solstício (o Solstício de Inverno).

O equinócio é o instante em que o Sol, no seu movimento anual aparente, passa no equador celeste. Nestas datas, o dia e a noite têm, muito aproximadamente, a mesma duração - o centro solar nasce no ponto cardeal Este e põe-se exatamente a Oeste, num intervalo de tempo de... 11:59 (cálculo para este ano).

Informa o Observatório Astronómico de Lisboa que só teremos «a duração da noite e do dia efetivamente iguais (…) no dia 26 de setembro de 2018, em que haverá muito perto de 12 horas de luz solar direta no solo. Nesse dia o disco solar nasce às 07:27:40 horas e põe-se às 19:27:26 horas (em Lisboa), diferindo a duração do dia e da noite em apenas 14 segundos.»

A figura mostra o ângulo de incidência dos raios solares em relação ao eixo da Terra, durante os equinócios.

18 de setembro de 2018

Feliz 2018-2019


No início de mais um ano escolar, desejo a todos os alunos, professores, pais e encarregados de educação que visitam o Historiando um ano feliz, em que todas as esperanças iniciais se concretizem.