25 de Abril de 1974

20 de dezembro de 2019

Macau - Há 20 anos, a transferência da soberania para a China


No dia 20 de dezembro de 1999, o território de Macau regressou à soberania chinesa.

Carta de 1571 (Fernão Vaz Dourado)
«A cidade de Macau e a sua vastíssima rede comercial constituíram, sem dúvida, em todo o período da nossa presença no Oriente, a mais importante criação dos portugueses na Ásia, e talvez a única verdadeiramente original.» (Rui Loureiro)

Macau (final do séc. XVI)
Segundo a versão mais corrente, embora não documentada, Macau terá sido cedido aos portugueses, em 1557, em troca de auxílio prestado à China na luta contra a pirataria nos mares do sul da China.
Certo é que, à data, os portugueses já estavam estabelecidos nesse porto, que se tornaria um importante entreposto mercantil.
Entre 1549 e 1639, aproveitando a rivalidade (e a inexistência de relações) entre a China e o Japão, os portugueses tiveram o monopólio da ligação comercial entre os dois países, através da viagem anual da Grande Nau de Macau.



Em 1563, Macau já contava com uma população de 800 portugueses.
Tornou-se sede de diocese - centro de atividade missionária para o Extremo-Oriente - em 1575.
Recebeu o nome de Cidade do Santo Nome de Deus, em 1586, e continuou a conhecer um grande desenvolvimento, tornando-se um dos mais importantes centros comerciais de todo o Oriente.

No século XVII, o sistema comercial português começou a sofrer um crescente declínio, devido à elevada concorrência dos sistemas desenvolvidos por outras potências europeias. Mas o domínio da cidade manteve-se, apesar da existência de interferências chinesas e de tentativas de reforço do poder português.

Macau (séc. XVII)

Em 1966-67, na sequência da evolução política na China, Portugal reconheceu Macau como território chinês e renunciou à sua ocupação perpétua.
Após o 25 de Abril de 1974, Portugal confirmou esse reconhecimento, mas a China aceitava a administração portuguesa sobre o território, até que, em 1987, após negociações entre os dois países, se acordou no regresso de Macau à soberania chinesa.


Essa transferência de soberania aconteceu há 20 anos.
Mais uma página do fim do Império Português. Só faltava encerrar o caso Timor.


1 de dezembro de 2019

Projeto de reabilitação do Palácio da Independência

O presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, anunciou que o projeto para a reabilitação do Palácio da Independência deverá estar concluído durante o primeiro trimestre de 2020, mas não adiantou uma calendarização para a realização da obra.

Sublinhou que a reabilitação do Palácio da Independência “é um imperativo histórico e patrimonial”
“O restauro do edifício terá um duplo significado. O da recuperação de um espaço histórico, requalificado, onde, com a respectiva musealização, vamos poder contar às novas gerações a história deste acontecimento que hoje comemorámos”.


«O Palácio da Independência, também conhecido como Palácio dos Condes de Almada, foi edificado em 1467, por D. Fernando de Almada, e nele reuniram-se, por diversas vezes, Os Conjurados, grupo que conduziu à Restauração da Independência de Portugal, em 1640.

Neste Monumento Nacional habitou também o escritor Almeida Garrett (1834) e nele realizou-se a primeira comemoração pública da Independência, em 1861.»
Em 1940, o Palácio foi doado ao Estado e, posteriormente, em 1983, foi cedido à Sociedade Histórica da Independência de Portugal, entidade que procedeu a obras para a instalação de serviços, biblioteca e zonas de exposição.
Do jornal Público online

O Palácio da Independência, 
ao Rossio, pertinho do Teatro D. Maria II


1 de Dezembro de 1640

 O 1.º de Dezembro de 1640 na ficção (não tão ficção assim) do livro 1640, romance histórico da autoria de Deana Barroqueiro.

«Quarenta confederados, não muitos para tão difícil empresa, mas assim o exigia o segredo. Cada um de nós tinha às suas ordens um punhado de parentes e amigos leais para levar a bom porto a tarefa que lhe fora destinada, porque se alguém falhasse poderia comprometer toda a missão. Reuníamo-nos, pela calada da noite e no maior segredo, nunca na mesma casa, que mantínhamos às escuras, usando apenas uma sala ou quarto interior; na rua tomávamos as maiores precauções para não levantar suspeitas, indo cada um por sua vez e embuçados, para não sermos reconhecidos. E sempre em pequeno número, para minorar o desastre se fôssemos descobertos, transmitindo em seguida as informações ou ordens aos nossos aliados e restantes conjurados.


O ponto de encontro para o derradeiro lance foi o Terreiro do Paço e a hora aprazada as nove da manhã de Sábado, dia primeiro de Dezembro. O palácio, onde se alojava a Vice-Rainha e Vasconcelos tinha o seu ofício, estava protegido por uma força de alabardeiros alemães e pela guarnição castelhana do forte. Era a cabeça da hidra que precisava de ser decepada, logo de início, conquanto a surpresa jogasse a nosso favor.
Esperava-nos a morte, se fôssemos mal sucedidos, e para ela nos preparámos, na véspera, uns fazendo o seu testamento, todos confessando-se e comungado com os padres, nossos companheiros.
(...)
Fomos chegando ao Terreiro do Paço, sós ou em pequenos grupos, a pé, a cavalo ou em coches, dispondo-nos em bandos pela praça, em lugares estratégicos, desde o Arco dos Pregos ao do Ouro, de modo a acorrer prestes ao chamado.

«Decididos a arriscar a vida pela mais nobre das empresas, sabíamos o que estava em jogo e como a responsabilidade de muitas vidas pesava nos nossos ombros, por isso o sentimento era de apreensão e temor. 



(...) quando o relógio deu a primeira badalada das nove e João Pinto Ribeiro bradou: Ide então ali, à sala dos tudescos, a tirar um Rei e pôr outro, para logo nos tornarmos para casa!
Todos vós, mesmo os que não estivestes presentes, sabeis o que então se passou. Saltámos dos cavalos e coches e corremos para o Paço, onde alguns dos nossos já tinham entrado na sala da guarda real (como se fazia, de ordinário, enquanto se esperava para ser recebido por Vasconcelos) e, em ouvindo o sino, dominaram os archeiros e os guardas tudescos, após uma breve mas renhida luta. Houve poucos feridos de parte a parte e apenas um morto, o corregedor Francisco Albergaria, que levou dois tiros por ter gritado Viva El-Rei Dom Filipe, em resposta a Dom Miguel de Almeida, que bradava, de espada em punho e com uma força de espantar num ancião de oitenta anos, "Liberdade, liberdade! Viva El-Rei Dom João o IV!".


A multidão ia engrossando na praça: aprendizes, oficiais e mestres de desvairados ofícios, atraídos pelo alvoroço ou convocados pelos Vinte e Quatro dos Mesteres e também pelo Juiz do Povo, gente que o padre Nicolau da Maia trouxera para a nossa causa. Dom Miguel apareceu na varanda e repetiu o grito: Valorosos Lusitanos, viva El-Rei Dom João, o quarto de Portugal, até agora duque de Bragança. Viva! Morram os traidores, que nos arrebataram a liberdade! 
E o Terreiro do Paço estremeceu com o estrondo dos grandes vivas dados em resposta.
Deana Barroqueiro, 1640


O 1.º de Dezembro de 1640
na capa do Diário Illustrado de 
1 de Dezembro de 1890 

Pormenor do monumento dos Restauradores (Lisboa)
com a bandeira da Restauração, nas cerimónias de hoje


20 de novembro de 2019

A Constituição de 1976

A Constituição organiza o poder político: define quais são os órgãos de soberania – no caso de Portugal, o Presidente da República, a Assembleia da República, o Governo e os Tribunais – quais são as suas competências (dividindo e organizando os poderes) e como são eleitos ou designados.

A Constituição também garante um conjunto grande de direitos fundamentais e liberdades dos cidadãos, como a liberdade de imprensa e a liberdade sindical, o direito à segurança social, à saúde e à educação.




5 de novembro de 2019

Turma 6.º F - Apoio à Ficha de Trabalho n.º 4/1

Apoio ao trabalho da Ficha n.º 4/1 da turma do 6.º F.

Pesquisa para:
- perguntas 3 a 7: Encontram informação aqui.

- pergunta 12: Encontram o nome dos Presidentes da República no manual ou aqui - procura o índice e clica em Terceira República (1974-presente).

Encontram o nome dos Chefes do Governo (Primeiro-Ministro) aqui - procura o índice e clica em Terceira República (1974-presente).

Bom trabalho!


1 de novembro de 2019

Ficha de avaliação - Turmas 5.º E e 5.º F

Aproxima-se a primeira ficha de avaliação:
5.º E - 7 de novembro (5.ª feira)
5.º F - 11 de novembro (2.ª feira)

Os alunos podem encontrar aqui o Guião de Estudo.
O Guião pretende ser uma ajuda de orientação do estudo.

Se os alunos imprimirem as páginas do documento, têm um pequeno quadrado antes de cada objetivo. Nesses quadrados os alunos podem ir assinalando os conhecimentos que já dominam.

Bom estudo!

Qualquer dúvida pode ser esclarecida na aula ou, não havendo oportunidade, através do mail carloscarrasco9@gmail.com


20 de outubro de 2019

As cerimónias do discurso da rainha no Parlamento Inglês

Nas aulas do 6.º E e do 6.º G andamos a falar da monarquia absoluta e da ostentação do luxo da corte.

A cerimónia oficial de abertura do Parlamento Inglês, no passado dia 14, com o discurso da rainha Elisabete II, faz recordar o cerimonial da monarquia em épocas mais antigas da nossa história.
Não significa que a monarquia inglesa seja uma monarquia absoluta - é perfeitamente possível a existência de regimes monárquicos democráticos (na Europa há vários).








9 de outubro de 2019

Resultados eleitorais - Eleições legislativas 2019

Para as aulas de Cidadania do 6.º F.

 Freguesia de Amora
 Concelho do Seixal
 Distrito de Setúbal
Portugal


20 de setembro de 2019

500 anos da viagem de circum-navegação de Fernão de Magalhães

A 20 de setembro de 1519, Fernão de Magalhães, ao comando de uma armada de cinco navios, partiu de Sanlúcar de Barrameda, na foz do rio Guadalquivir, em direção às ilhas Molucas.


Numa época de enorme rivalidade - mas sem confronto armado - entre Portugal e Espanha, Fernão de Magalhães, despeitado pela falta de reconhecimento por parte de D. Manuel I, oferece os seus serviços ao rei de Espanha, propondo-lhe a realização daquela que ficará na História como a mais fantástica (ou uma das mais fantásticas) viagens de descobrimento. 


Os objetivos da viagem eram:
- chegar às ilhas Molucas, no Oriente, navegando através de uma rota por ocidente;
- provar que aquelas ilhas, ricas em especiarias, ficavam no hemisfério espanhol, de acordo com a divisão do mundo feita no Tratado de Tordesilhas (1494), entre Portugal e Espanha.

Mas a viagem tornou-se mais conhecida porque resultou na primeira circum-navegação da Terra (1519-1522)


Fernão de Magalhães já não a pôde concluir, pois foi morto nas Filipinas (1521). Esse mérito acabou por ser de Sebastião del Cano. 

Venha connosco, para seguir a celebração do 500.º aniversário da viagem de circum-navegação.


16 de setembro de 2019

8 de setembro de 2019

Fontes Pereira de Melo - 2.º centenário

Há 200 anos – 8 de setembro de 1819 – nasceu Fontes Pereira de Melo. 



No período da Regeneração, destacou-se como Ministro das Obras Públicas (1852-56) – impulsionou a construção de inúmeras estradas e a construção dos primeiros troços ferroviários. À sua governação está também associada a primeira linha telegráfica montada em Portugal (ligando o Terreiro do Paço, as Cortes – Palácio de S. Bento -, o Palácio das Necessidades e Sintra) e a modernização dos serviços postais.

Já no reinado de D. Luís, chefiou quatro governos, na qualidade de Presidente do Conselho de Ministros do Reino, entre 1871 e 1886.


20 de julho de 2019

Há 50 anos o Homem chegou à Lua

A 20 de julho de 1969 o Homem chegava à Lua.


Este acontecimento histórico encerrou um percurso sonhado há séculos e iniciado ainda no primeiro quartel do século XX.



Uma cronologia da corrida do Homem à Lua:

1915 – Nos Estados Unidos foi fundado o National Advisory Committee for Aeronauticas (NACA), antecessor da NASA.

1924 – Foi fundada na URSS a Sociedade para o Estudo das Viagens Interplanetárias.

1927 – Foi fundada na Alemanha a Sociedade para as Viagens Espaciais.

1942 – A Alemanha nazi lançou os primeiros mísseis V-2, que espalharam a destruição na Grã-Bretanha, durante a II Guerra Mundial.
Os V-2 foram os antecessores de todos os foguetes posteriores, incluindo o Saturno V, utilizado no Projecto Apollo.

1946 – Os militares dos EUA lançaram do Novo México um foguete que subiu a mais de 100 Km de altitude.

1947 – Os americanos lançaram um V-2 contendo moscas da fruta (os primeiros seres vivos no espaço) e sementes de cereais. Subiu 90 Km.

1957 – A URSS lançou o primeiro míssil balístico intercontinental, com capacidade para percorrer 6 mil Km.
No mesmo ano, a URSS lançou o Sputnik 1, o primeiro satélite artificial, inaugurando a Era Espacial, e o Sputnik 2, levando a bordo a cadela Laika. 


1958 – Os Estados Unidos lançaram o seu primeiro satélite, o Explorer 1, transportando instrumentos científicos. Descobriu as cinturas de radiação que envolvem a Terra.
Os Estados Unidos criam a NASA (National Aeronautics and Space Administration).

1959 – Os soviéticos lançaram a Luna 1 (janeiro), a Luna 2 (setembro) e a Luna 3 (Outubro).
A primeira não conseguiu atingir a Lua, mas esta nave foi a primeira a orbitar o Sol.
A segunda nave atingiu a Lua – foi o primeiro objecto feito pelo Homem a alcançar o nosso satélite natural.
Luna 3 descreveu uma órbita lunar e fotografou a face oculta da Lua, enviando para a Terra imagens nunca antes vistas. 

Mapa assinalando os lugares de alunagem das várias naves,
americanas e soviéticas, tripuladas ou não (1959-1972) 

Durante toda a década de 1960, e a um ritmo cada vez mais intenso, americanos e soviéticos concorreram no número de voos e nos seus objectivos. 

1960 – Os americanos lançaram o Tiros 1, o primeiro satélite meteorológico.

1961 (12 de abril) – O soviético Iuri Gagarine, na Vostok 1, descreveu uma órbita à Terra em 108 minutos, a uma altitude média superior a 200 Km, tornando-se o primeiro ser humano a viajar no espaço.
(5 de maio) – Alan Shepard foi o primeiro americano a viajar no espaço, na cápsula Mercury, durante 15 minutos.
(6 de agosto) – Gherman Titov, na Vostok 2, bateu o recorde de permanência no espaço (25h e 18m).

1962 – John Glenn foi o primeiro americano a fazer um voo orbital, dando 3 voltas à Terra em 4h e 55m.

1963 – A soviética Valentina Tereshkova foi a primeira mulher a viajar no espaço, completando 45 órbitas à Terra (70h e 50m). 



1964 – A URSS lançaram a Voskhod 1, primeira nave com vários tripulantes.

1965 – O soviético Alexei Leonov, na Voskhod 2, deu o primeiro “passeio” no espaço (12 minutos fora da nave durante o voo de 26 horas).
A nave norte-americana Mariner 4 aproximou-se de Marte e enviou as primeiras fotos de proximidade deste planeta.

1966 – Duas naves não tripuladas – a soviética Luna 9 (fevereiro) e a norte-americana Surveyor 1 (junho) – alunaram suavemente.

1967 – A nave soviética Venera 4 aproximou-se de Vénus e libertou uma sonda na sua atmosfera, para recolher dados sobre a sua composição.

1968 – Foi lançada a primeira nave não tripulada que orbitou a Lua e regressou à Terra, a soviética Zond 5.
Primeiro voo tripulado do projeto Apollo (Apollo 7).

1969 – A missão americana Apollo 11, tripulada pelos astronautas Neil Armstrong, Edwin “Buzz” Aldrin e Michael Collins, partiu de Cabo Canaveral, no dia 16 de julho, transportando o módulo Eagle, no qual os dois primeiros astronautas alunaram no dia 20.


O primeiro homem a pisar a Lua foi Neil Armstrong, seguido de Edwin “Buzz” Aldrin. 



O voo durou 195h e 18m e o tempo passado na Lua pelos dois astronautas foi de 21h 38m. Durante este período, Michael Collins descreveu 31 órbitas lunares, aguardando que o Eagle, com os seus dois colegas se lhe reunisse de novo. 


Nos anos imediatos seguiram-se mais 6 missões Apollo (uma delas falhada – Apollo 13), o que permitiu que astronautas norte-americanos pisassem solo lunar mais 5 vezes. 

A missão Apollo 17, realizada em dezembro de 1972, foi a última missão tripulada do projeto Apollo à Lua.


14 de julho de 2019

230 anos da Tomada da Bastilha


Celebram-se hoje 230 anos sobre a data do episódio da Tomada da Bastilha.
Estava lançada a Revolução Francesa.


11 de julho de 2019

Roma antiga


Assim seria a cidade de Roma na época do Imperador Constantino (272 - 337), quando alcançou o seu maior tamanho na antiguidade.


Trata-se de uma maqueta em gesso, montada (ou cuja montagem foi orientada) por um arqueólogo italiano (Italo Gismondi) e que demorou 36 anos a ser feita.

Coliseu
Numa escala 1:250, a maqueta tem cerca de 16 metros de comprimento e, pela sua precisão, é uma das referências mais importantes de Roma Antiga.

Templo
Está em exposição na cidade de Roma, no Museu da Civilização Romana.