25 de Abril de 1974
Mostrar mensagens com a etiqueta Património. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Património. Mostrar todas as mensagens

28 de fevereiro de 2021

História do azulejo

 Uma breve história do azulejo português, contada a partir da exposição permanente do Museu Nacional do Azulejo.



1 de dezembro de 2019

Projeto de reabilitação do Palácio da Independência

O presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, anunciou que o projeto para a reabilitação do Palácio da Independência deverá estar concluído durante o primeiro trimestre de 2020, mas não adiantou uma calendarização para a realização da obra.

Sublinhou que a reabilitação do Palácio da Independência “é um imperativo histórico e patrimonial”
“O restauro do edifício terá um duplo significado. O da recuperação de um espaço histórico, requalificado, onde, com a respectiva musealização, vamos poder contar às novas gerações a história deste acontecimento que hoje comemorámos”.


«O Palácio da Independência, também conhecido como Palácio dos Condes de Almada, foi edificado em 1467, por D. Fernando de Almada, e nele reuniram-se, por diversas vezes, Os Conjurados, grupo que conduziu à Restauração da Independência de Portugal, em 1640.

Neste Monumento Nacional habitou também o escritor Almeida Garrett (1834) e nele realizou-se a primeira comemoração pública da Independência, em 1861.»
Em 1940, o Palácio foi doado ao Estado e, posteriormente, em 1983, foi cedido à Sociedade Histórica da Independência de Portugal, entidade que procedeu a obras para a instalação de serviços, biblioteca e zonas de exposição.
Do jornal Público online

O Palácio da Independência, 
ao Rossio, pertinho do Teatro D. Maria II


21 de junho de 2018

O solstício de verão e o cromeleque de Almendres

O dia de hoje assinalou o solstício de Verão - início desta estação no hemisfério Norte. 

Desde a antiguidade que é festejado, sendo associado, em muitas culturas, a rituais de fertilidade.  Ainda hoje, nomeadamente nos países nórdicos, se honra o Sol em festivais.



O Homem terá começado a "pensar" o tempo, no território que é hoje Portugal, em épocas recuadas.
Dessa época chegaram-nos os chamados monumentos megalíticos, conjuntos monumentais de pedras associados a espaços sagrados, podendo ter a função de "marcadores do tempo".

O Cromeleque dos Almendres, no concelho de Évora, é um desses lugares. 
Trata-se do maior monumento megalítico - o mais vasto conjunto de menires estruturados da Península Ibérica - e um dos maiores em todo o mundo.  
«Interpretado como local associado a cultos astrais, ou a práticas propiciatórias da fecundidade, o recinto megalítico mantém um carácter mágico e misterioso, evocando estranhos rituais, cujos contornos nunca serão plenamente esclarecidos.» (Álvaro Duarte de Almeida e Duarte Belo, Portugal Património)


Cromeleque é um conjunto de menires dispostos em círculo, elipses, semicírculo ou, ainda, em estruturas mais complexas, como é o caso de Almendres. 
«Formado por mais de 95 monólitos graníticos, implanta-se numa clareira e segue um contorno quase circular cujo diâmetro atinge, na extensão máxima, os 70 metros. Os menires, de diferentes tamanhos e organizados em pequenos aglomerados, apresentam, em geral, uma forma ovóide.» (idem)


Há estudos que remetem a sua origem para os quinto e quarto milénios a.C., mas também há quem o localize no final do Neolítico/início da Idade do Cobre (cerca de 3000 - 2500 a.C.).

A pouco mais de 1 km, localiza-se um menir de grandes dimensões, o Menir dos Almendres.


Este estará relacionado com o cromeleque, uma vez que, no dia do solstício de Verão, o Menir dos Almendres aponta exatamente para o nascer do sol quando visto de dentro do círculo.


O Cromeleque dos Almendres foi classificado como Monumento Nacional, no seguimento de "diversos estudos e trabalhos de escavação efectuados vieram ampliar o reconhecimento do interesse arqueológico e científico do sítio, bem como do seu contexto paisagístico".


Como afirmou Fernando Correia de Oliveira, em História do Tempo em Portugal, «os primeiros calendários "portugueses", ainda e sempre prontos a funcionar, a indicar equinócios e solstícios, datam de há cinco mil anos.»


18 de abril de 2018

A herança muçulmana na Península Ibérica





Património cultural


«O património cultural é importante para nós percebermos as condições em que vivemos hoje. Porque nós somos o resultado de uma série de gente que viveu aqui, neste mesmo espaço, ao longo do tempo. (…) E dessa vida subsistiram memórias, há coisas que ficaram no território, ruínas, vestígios arqueológicos… e as mais recentes ficaram na memória das pessoas. (…) aquilo que temos hoje é o resultado desse percurso de centenas ou mesmo de milhares de anos.»

(Jorge Raposo, arqueólogo do Ecomuseu Municipal do Seixal, 
em entrevista ao Clube de Jornalismo da Escola Paulo da Gama)


4 de março de 2018

O Forte do Alqueidão


O Forte do Alqueidão localiza-se no concelho de Sobral de Monte Agraço, distrito de Lisboa.
É o ponto mais alto das Linhas de Torres, a 439 metros de altitude, e é o forte que ocupa uma área maior: cerca de 35.000 m.
Integrava um conjunto de oito fortificações existentes naquele concelho, as quais, no contexto da Guerra Peninsular (1807-1814), faziam parte da 1.ª Linha de Torres Vedras.

Localização do Forte do Alqueidão (círculo vermelho)


Os canhões destas fortificações cruzavam fogo sobre os acessos à serra, impedindo a passagem das tropas francesas, pelo que estes fortes tiveram um papel decisivo no sucesso da estratégia que levou à sua retirada.
O exército invasor, comandado pelo general André Massena, "estacionou" na frente das Linhas entre 9 de outubro e 19 de novembro de 1810. Durante este período de tempo houve vários confrontos militares.
Massena constatou as limitações do seu exército para ultrapassar as posições luso-britânicas - número de soldados insuficiente, falta de munições e escassez de alimentos.
Os franceses retiraram da frente das Linhas "pela calada da noite" - pelo meio da neblina -, de 14 para 15 de novembro.     

Planta do Forte

As obras da construção do Forte do Alqueidão tiveram início a 4 de novembro de 1809, sob a direção do capitão Williams. 
Aí foi instalado o Posto de Comando das Linhas. À sua frente estendia-se uma área de terreno que as forças luso-britânicas pensavam que iria ser um intenso campo de batalha. 
Do seu ponto mais alto avistavam-se outros pontos do sistema defensivo, pelo que eram possíveis as comunicações, o que era importante.


Dada a importância da sua missão, foi o único forte da região guarnecido com tropa de linha – a Brigada do general Pack e contou, por decisão de William Beresford, com a criação excecional de duas Companhias de Artilharia. 
O seu efetivo total ascendia a 1.590 homens, e estava artilhado com 27 peças.


Wellington fez do forte o seu posto de comando por excelência. Deslocava-se quase diariamente ao Alqueidão para vigiar o inimigo.

No concelho do Sobral de Monte Agraço encontrava-se, ainda, o quartel-general de Arthur Wellesley, 1.º duque de Wellington.

Quartel-general de Arthur Wellesley (futuro Duque de Wellington)
Quinta dos Freixos (Pêro Negro - Sobral de Monte Agraço)

Terminado o conflito, o conjunto de fortes caiu em abandono até aos nossos dias, quando o património das Linhas de Torres voltou a ser revalorizado.





A informação base sobre o forte foi encontrada aqui.

Para quem tem interesse na realização da Rota das linhas de Torres siga esta ligação.


6 de outubro de 2017

Um palácio e 40 conjurados - vídeo

Uma visita guiada ao Palácio dos Almadas - depois conhecido como o Palácio da Independência - um palácio que esteve no centro da ação dos restauradores, situado na Baixa de Lisboa, ali mesmo ao pé da Praça de D. Pedro IV (Rossio)



Palácio da Independência

Os 40 Conjurados no desenho de Manuel Lapa

Reunião secreta dos Conjurados


1 de dezembro de 1640 - Restauração da Independência

A data de 1 de dezembro de 1640 é uma data muito importante para a História de Portugal.
Nesse dia, através da ação dos Conjurados - os nobres que conspiraram contra o domínio filipino - Portugal readquiriu a sua independência.

Os Conjurados, desenho de Manuel Lapa (1936)
Em Lisboa, no ano de 1886, o rei D. Luís inaugurou um monumento evocativo da Restauração, na praça que tem o nome de Praça dos Restauradores.

Cerimónia da inauguração do monumento dos Restauradores


O monumento dos Restauradores, um obelisco com quatro faces, é da autoria de António Tomás da Fonseca.


Nas quatro faces estão gravadas as datas mais significativas da Restauração e das campanhas militares (batalhas) que se sucederam.

A inscrição da data em que o Tratado de Madrid
foi confirmado (ratificado) em Lisboa

O monumento está ornado, a norte e a sul, com duas estátuas, o Génio da Independência (do escultor Alberto Nunes) e a Vitória (do escultor Simões de Almeida), respetivamente.

O Génio da Independência



1 de julho de 2017

Carta de Lei da Abolição da Pena de Morte é Marca do Património Europeu,

A Carta de Lei da Abolição da Pena de Morte faz hoje 150 anos.

A lei da Abolição da Pena de Morte é um dos primeiros exemplos de inscrição num sistema jurídico nacional de uma Lei sobre a abolição da pena de morte para crimes civis.

A Carta de Lei da Abolição da Pena de Morte, documento do Arquivo Nacional da Torre do Tombo, recebeu a distinção de Marca do Património Europeu, no dia 15 de abril de 2015.

Através da consagração da Lei da Abolição da Pena de Morte de 1867 como Marca do Património Europeu, o Arquivo Nacional da Torre do Tombo pretendeu contribuir para a promoção dos valores da Cidadania Europeia com especial enfoque nos Direitos Humanos, e para a construção de uma identidade baseada nos valores da tolerância e respeito pela vida Humana, que informam a Convenção Europeia dos Direitos Humanos.




23 de abril de 2017

Mosteiro de Alcobaça


O Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça era o maior do reino e um dos maiores da Ordem de Cister em toda a Europa (o terceiro, em dimensão). 
Foi o quarto mosteiro da Ordem de Cister em Portugal, mas o primeiro a ser construído de raiz.
Atualmente, para além de Monumento Nacional, está classificado como Património Mundial da Humanidade.

O Mosteiro de Alcobaça foi fundado na sequência de uma doação de D. Afonso Henriques e de sua mulher, D. Mafalda, ao abade D. Bernardo do Mosteiro de Claraval, da Ordem de Cister, a qual estava em plena fase de expansão.

Carta de doação do couto de Alcobaça à Ordem de Cister
Através da carta de doação, que está datada de 8 de abril de 1153, era cedido um extenso domínio régio situado entre Leiria e Óbidos, banhado pelo oceano Atlântico a Oeste e limitado pelas “cimalhas de Aljubarrota” (serra dos Candeeiros). Este território tinha sido recentemente conquistado aos mouros.

A doação obrigava à instalação de um mosteiro cisterciense em Alcobaça, a partir do qual se deveria fazer o repovoamento, cultivo e valorização económica desses terrenos (o couto de Alcobaça), o que era fundamental para fortalecer o domínio cristão numa área mal povoada e que não ficava longe da fronteira com os muçulmanos.



Os trabalhos de construção prolongaram-se por sete décadas, o que não será estranho se atendermos à dimensão das construções, ao facto do reino estar em guerra (Reconquista Cristã) e haver falta de meios humanos e materiais. 
A construção segue os traços das construções de outras abadias da Ordem. É muito provável que tenham vindo de França os seus principais mestres-construtores.




Sala dos Reis

Cozinha

 O mosteiro teve obras que se desenvolveram já depois do fim da reconquista, com o objetivo de aumentar o conjunto monástico, como o claustro de D. Dinis, já no século XIV. 




Isto faz com que haja diferentes estilos arquitetónicos na sua construção: o românico, no início, e o gótico, mais tarde, que se torna predominante. 
E já alguns séculos depois se fizeram novos acrescentos e alterações. A fachada principal da igreja é do início do século XVIII, em estilo barroco.



18 de abril de 2017

A vida quotidiana nos mosteiros

Portugal nos séculos XIII e XIV

Para os alunos interessados em saberem um pouco mais sobre a vida quotidiana nos mosteiros, no período medieval, está disponível esta apresentação.

Seguem-se imagens daquele que terá sido, nesse período, o mais importante mosteiro de Portugal, resultante de uma doação feita por D. Afonso Henriques: o mosteiro de Alcobaça.

Igreja do Mosteiro

Claustro

Refeitório
Ao fundo, ao centro, a escada que levava ao púlpito onde o monge leitor
fazia a leitura de textos bíblicos, enquanto os restantes monges tomavam a refeição


12 de fevereiro de 2017

A herança muçulmana na Península Ibérica

Uma apresentação "animada" sobre a herança muçulmana na Península Ibérica, para uma melhor visualização das marcas mais significativas deixadas pela civilização islâmica no nosso território.




12 de janeiro de 2017

Ammaia - Um mistério com 2 mil anos

Sobre a cidade romana de Ammaia, a RTP2 produziu um documentário.
Fiz uma seleção de alguns excertos. Será interessante para os alunos que estudam a presença romana na Península Ibérica e para todos que se interessam pelo património histórico.



5 de janeiro de 2017

Vidros romanos

Houve alunos do 5.º E que duvidaram da existência de objetos de vidro das épocas fenícia ou romana!
"Como é possível haver peças de vidro que não se partiram?"
Prometi provas!...

O Museu Cidade de Ammaia apresenta esta belíssima coleção de vidros romanos.





É quase certo que na cidade de Ammaia havia fabrico de recipientes de vidro.
Segundo informação do Museu, a colecção conta com 31 recipientes inteiros e 5 quase completos. «Pode ser considerada uma das melhores coleções de vidros, não porque a qualidade do vidro seja excecional, mas pelo seu estado de conservação, a que não devem ser alheias as características dos solos que envolvem a Ammaia, de origem granítica e naturalmente ácidos, sendo por isso favorável à preservação do vidro.»

Destaque para este jarro (séculos II - III), uma "peça de luxo", que deve ter sido encontrada numa sepultura. Por isso, o seu excelente estado de conservação.




Ammaia - cidade romana na Península Ibérica

A cidade romana de Ammaia localizava-se no Alto Alentejo (no atual concelho de Marvão, distrito de Portalegre), a sul do rio Tejo (Tagus).

Para além de Ammaia, destaquei as cidades de Lisboa (Olisipo), a verde,
e Mérida (Emerita Augusta), capital da província da Lusitânia, com a seta azul 

Assim seria a cidade de Ammaia
Ao fundo, a serra de S. Mamede
Assim seria a Porta Sul
Assim seria o espaço que vemos em ruínas nas figuras abaixo
Entrada sul da cidade (parte interior)


Ruínas da cidade de Ammaia (zona interior da entrada sul)
Assim se encontram as ruínas da Porta Sul

Ammaia foi fundada no início da Era Cristã, isto é, muito próximo da época do nascimento de Cristo, quando o Império Romano era governado pelo seu primeiro imperador: Augusto.

A cidade foi criada de raiz, ou seja, foi planeada e construída num local onde não existia outra povoação. Localizava-se perto da estrada romana que ligava cidades do litoral atlântico à capital da província da Lusitânia, a cidade de Mérida (chamada, na época, de Emerita Augusta, em homenagem ao imperador).



Assim seria a cidade e uma das suas ruas principais

Ammaia foi um centro urbano de grande importância na região onde se localizava.
Nessa região desenvolveu-se a agricultura e a criação de gado (bovino, ovino e suíno), mas também a exploração dos recursos minerais, nomeadamente o ouro (perto do Tejo) e o cristal de rocha (na serra de S. Mamede) para o fabrico do vidro e de joalharia.
A cidade entrou em declínio a partir do século V, com o fim do Império Romano, e foi sendo abandonada.


Assim seriam o forum (englobando um templo) e as termas

Depois de ter estado esquecida durante muitos séculos, nas últimas duas últimas décadas esta antiga cidade romana foi objeto de investigação por parte dos arqueólogos.
Existe um museu - Museu Cidade de Ammaia - onde podem ser vistos muitos objetos relativos às vivências da cidade.
Muito interessante!

Museu Cidade de Ammaia - Entrada
Pode-se ver uma maqueta de como seria a cidade