25 de Abril de 1974
Mostrar mensagens com a etiqueta Alexandre Herculano. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Alexandre Herculano. Mostrar todas as mensagens

28 de março de 2011

Alexandre Herculano, aniversariante

Faz hoje 201 anos que nasceu, na cidade de Lisboa, Alexandre Herculano, personagem sobre a qual os alunos do 6.º 6 irão descobrir um pouco mais.

Soldado, Bibliotecário, Escritor, Jornalista, Historiador, Político, Agricultor

Depois de já termos falado de alguns acontecimentos em que Herculano esteve envolvido, nas lutas entre liberais e absolutistas – foi um dos “Bravos do Mindelo”, integrado no Regimento dos Voluntários da Rainha – aqui lembramos, muito resumidamente, o escritor, autor de obras de poesia e de ficção, nomeadamente romances históricos. Juntamente com Almeida Garrett (outro escritor liberal), é considerado o iniciador do estilo romântico em Portugal, que inaugurou a prosa de ficção moderna no nosso país.

E não podemos deixar de referir o seu papel como historiador: é considerado o fundador da moderna historiografia portuguesa, isto é, o primeiro estudioso da História, em Portugal, a seguir um método de investigação que fez com que os seus estudos fossem considerados exemplares e a sua forma de usar e analisar os documentos históricos fosse apontada como o caminho a seguir por quem queria estudar com objectividade a História de Portugal.
E começou a publicar, exactamente, uma História de Portugal, que não chegou a completar. No campo da História, publicou ainda um estudo sobre a origem do tribunal da Inquisição em Portugal e foi encarregado de fazer uma recolha de documentos valiosos, até então dispersos por vários arquivos.
Decorria a Guerra Civil quando foi nomeado, por D. Pedro IV, bibliotecário da Biblioteca do Porto. Mais tarde dirigiu a revista O Panorama. A convite de D. Fernando II, desempenhou o cargo de Director das Bibliotecas Reais da Ajuda e das Necessidades.

Painel da autoria de Columbano Bordalo Pinheiro,
na Sala dos Passos Perdidos (Assembleia da República),
retratando Passos Manuel, Almeida Garrett,
Alexandre Herculano e José Estevão de Magalhães

Alexandre Herculano manteve-se sempre fiel aos seus ideais políticos, defendendo a Carta Constitucional. Foi deputado às Cortes, Presidente da Câmara Municipal de Belém (que ainda não pertencia à cidade de Lisboa) e preceptor do futuro rei D. Pedro V.
Apesar de ser próximo de muitas figuras do liberalismo que estiveram no poder quando do início da Regeneração (1851), e de em sua casa se terem efectuado, com o Duque de Saldanha, reuniões em que se preparou o golpe da Regeneração, recusou fazer parte do Governo chefiado pelo próprio Duque [“Aquele gajo”, segundo o 6.º 6].
Após o seu casamento, já em 1866, retirou-se definitivamente para a sua quinta de Vale Lobos (Santarém), dedicando-se quase inteiramente à agricultura.

Alexandre Herculano e Sophia de Mello Breyner (2)

Recuemos no tempo...
1828 - D. Miguel regressou do exílio, depois de se ter comprometido a casar com a sobrinha (D. Maria II), a respeitar a Carta Constitucional de 1826 e a governar como regente até D. Maria II ter idade para ser ela a governar.

D. Miguel "esqueceu-se" do compromisso assumido, assumindo-se antes como rei absoluto. Começou a perseguição aos liberais (os "malhados"). Muitos liberais fugiram para o estrangeiro, muitos outros foram presos, outros foram mortos.

Vítima dessa perseguição absolutista, Pedro de Mello Breyner foi preso no forte de S. Julião da Barra, onde viria a morrer, mal tratado, doente e com falta de cuidados, perto do Natal de 1831.
Nas imagens, o Forte de S. Julião da Barra, onde muitos liberais estiveram presos no reinado de D. Miguel: perspectiva do seu interior e vista aérea sobre o forte.


Nesse ano (1831), um jovem nascido em 28 de Março de 1810, de seu nome Alexandre Herculano, liberal defensor da Carta Constitucional, esteve envolvido na revolta do Regimento n.º 4 de Infantaria de Lisboa contra o governo de D. Miguel. O levantamento falhou, mas Alexandre Herculano conseguiu fugir para Inglaterra e depois para França.
Em 1832, integrou a expedição militar de D. Pedro IV, saindo dos Açores e desembarcando na praia de Arnosa de Pampelido (hoje também chamada Praia da Memória).
Após o desembarque liberal, ainda na praia, D. Pedro IV entregou o estandarte do seu exército a um soldado veterano que com ele vinha na expedição: Tomás de Mello Breyner. Ele seria, a partir de então, o porta-estandarte das forças liberais.

A entrega do estandarte por D. Pedro IV a
Tomás de Mello Breyner (de joelho em terra)


25 de março de 2011

Alexandre Herculano e Sophia de Mello Breyner (1)

Esta semana decorreu na nossa escola a Semana da Leitura.
Calhou-me acompanhar a Turma do 6.º 4 à Biblioteca, quando a outra turma presente na sessão era o 6.º 6.
O acaso (para mim) fez com que alunos do 6.º 4 tivessem preparado uma biografia de Sophia de Mello Breyner e a leitura de alguns dos seus poemas e alunos do 6.º 6 tivessem feito a leitura de pequenos textos de Alexandre Herculano.


Que relação pode haver entre Alexandre Herculano e Sophia de Mello Breyner, para além dos dois serem escritores/poetas?
Quando a poeta nasceu (ela detestava que lhe chamassem poetisa!) já Herculano morrera há mais de 40 anos.
Mas, indirectamente, acaba por haver uma ligação familiar interessante e há algumas coincidências nas suas vidas.
Além disso, Alexandre Herculano está directamente envolvido na história da época que acabámos de estudar: a segunda metade do século XIX. E, imaginem, em sua casa conspirou... "aquele gajo"!

Na próxima 2.ª feira, dia em que Alexandre Herculano faria anos (201 anos!), vamos descobrir essas ligações e um pouco mais.