O Guia de Estudo n.º 8 na nova edição do Caderno das Perguntas é completamente diferente do anterior.
Por esse motivo, divulgo aqui a nova versão desse Guia de Estudo, centrado nas questões relacionadas com o aumento da população e o êxodo rural.
- Guia de Estudo n.º 8 - pág. 1
- Guia de Estudo n.º 8 - pág. 2
Para poder servir de estudo, porque não houve tempo para fazer tudo nas aulas...
Correção aqui
25 de Abril de 1974
8 de março de 2016
6 de março de 2016
Ficha de avaliação - 6.º ano
Os alunos do 6.º ano encontram aqui os conteúdos e o guião de estudo para a 2.ª ficha de avaliação deste período.
Bom estudo.
Qualquer dúvida "fora de horas" pode ser enviada para carloscarrasco9@gmail.com
Bom estudo.
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23 de fevereiro de 2016
A primeira locomotiva a vapor
A primeira viagem de uma locomotiva a vapor aconteceu há 112 anos, no País de Gales (Grã-Bretanha).
A locomotiva foi concebida pelo engenheiro de minas Richard Trevithick.
Nesse território, as fundições fabricavam produtos pesados e o transporte sobre via férrea, como nas minas, parecia ser a solução ideal, mas sem . A invenção da máquina a vapor, por James Watt, em 1776 e os primeiros aparelhos movidos a vapor permitiam pensar em soluções mais eficazes.
Um proprietário de fundições desafiou o engenheiro, seu amigo, a construir uma máquina capaz de transportar 10 toneladas.
Foi assim que surgiu a primeira locomotiva a vapor, com uma caldeira sobre uma carreta.
No dia 21 de fevereiro de 1804, Richard Trevithick colocou 10 toneladas de ferro em cinco vagões e convidou 60 pessoas para a "longa" viagem de 16 km, também em cinco vagões.
O trajecto foi cumprido em 4 horas e 5 minutos - cerca de 4km/hora*.
* Também já li em vários textos que a velocidade teria sido de 8 km/hora - muito mais rápido!
A locomotiva foi concebida pelo engenheiro de minas Richard Trevithick.
Nesse território, as fundições fabricavam produtos pesados e o transporte sobre via férrea, como nas minas, parecia ser a solução ideal, mas sem . A invenção da máquina a vapor, por James Watt, em 1776 e os primeiros aparelhos movidos a vapor permitiam pensar em soluções mais eficazes.
Um proprietário de fundições desafiou o engenheiro, seu amigo, a construir uma máquina capaz de transportar 10 toneladas.
Foi assim que surgiu a primeira locomotiva a vapor, com uma caldeira sobre uma carreta.
No dia 21 de fevereiro de 1804, Richard Trevithick colocou 10 toneladas de ferro em cinco vagões e convidou 60 pessoas para a "longa" viagem de 16 km, também em cinco vagões.
O trajecto foi cumprido em 4 horas e 5 minutos - cerca de 4km/hora*.
* Também já li em vários textos que a velocidade teria sido de 8 km/hora - muito mais rápido!
22 de fevereiro de 2016
Fábricas do Seixal do século XIX
Fábrica da Companhia de Lanifícios da Arrentela
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Vista aérea da antiga fábrica (2005) |
Fábrica de Vidros de Amora
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Vista aérea do local onde se localizava a fábrica (2005) As instalações fabris da imagem são da fábrica de cortiça Queimado & Pampolim Neste sítio localiza-se, hoje, um hipermercado |
Fábrica da Pólvora de Vale de Milhaços
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Vista aérea (2005) A antiga fábrica é, hoje, uma extensão do Ecomuseu Municipal do Seixal. |
21 de fevereiro de 2016
40 anos da Constituição da República Portuguesa
A Câmara Municipal do Seixal organizou um concurso comemorativo do 40.º aniversário da Constituição da República.
O grupo de alunos do 6.º F que integram o Clube de Jornalismo - David, Diogo, Guilherme F., Guilherme S., João e Tiago - vai participar.
20 de fevereiro de 2016
Viagem de Vasco da Gama (12) - A chegada
A 10 de julho de 1499, 2 anos e 2 dias depois da partida, a nau Bérrio, capitaneada por Nicolau Coelho, regressou com a boa nova de que a viagem tinha sido concretizada com sucesso.
Vasco da Gama só faria a entrada solene em Lisboa a 8 de setembro, recebendo depois grandes recompensas e honras.
Dos cerca de 150 homens que partiram, menos de metade conseguiu regressar.
Os muçulmanos dificultaram o sucesso diplomático e comercial da expedição e Vasco da Gama não tinha ido devidamente preparado com as mercadorias adequadas ao comércio asiático.
Mas os lucros obtidos com as poucas especiarias trazidas foram suficientes para pagar as despesas da viagem. E o mais importante fora conseguido: abriu-se a Rota do Cabo da Boa Esperança, que unia o Ocidente e o Oriente.
Em carta enviada aos Reis Católicos de Espanha, Fernando e Isabel, D. Manuel I resumiu a viagem de Vasco da Gama, informando que "acharam e descobriram a Índia e outros Reinos e Senhorios", tendo encontrado no Índico grandes e numerosas povoações, "nas quais se faz todo o trato da especiaria e de pedraria [pedras preciosas]". «Trouxeram logo agora estas quantidades, a saber: de canela, cravo, gengibre, noz moscada, e pimenta e outros modos de especiaria e ainda os lenhos e folhas deles mesmos; e muita pedraria fina de todas as sortes: a saber: rubis, e outras; e ainda acharam terra, em que há minas de ouro, do qual e da dita especiaria e pedraria, não trouxeram logo tanta soma, como puderam, por não levarem mercadoria.»
Em carta enviada ao cardeal D. Jorge da Costa (cardeal Alpedrinha), D. Manuel intitula-se, pela primeira vez, "por Graça de Deus, rei de Portugal e dos Algarves, daquém e além mar em África, e senhor da Guiné e da conquista da navegação e comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia e Índia".
Vasco da Gama só faria a entrada solene em Lisboa a 8 de setembro, recebendo depois grandes recompensas e honras.
Dos cerca de 150 homens que partiram, menos de metade conseguiu regressar.
Os muçulmanos dificultaram o sucesso diplomático e comercial da expedição e Vasco da Gama não tinha ido devidamente preparado com as mercadorias adequadas ao comércio asiático.
Mas os lucros obtidos com as poucas especiarias trazidas foram suficientes para pagar as despesas da viagem. E o mais importante fora conseguido: abriu-se a Rota do Cabo da Boa Esperança, que unia o Ocidente e o Oriente.
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Vasco da Gama |
Em carta enviada aos Reis Católicos de Espanha, Fernando e Isabel, D. Manuel I resumiu a viagem de Vasco da Gama, informando que "acharam e descobriram a Índia e outros Reinos e Senhorios", tendo encontrado no Índico grandes e numerosas povoações, "nas quais se faz todo o trato da especiaria e de pedraria [pedras preciosas]". «Trouxeram logo agora estas quantidades, a saber: de canela, cravo, gengibre, noz moscada, e pimenta e outros modos de especiaria e ainda os lenhos e folhas deles mesmos; e muita pedraria fina de todas as sortes: a saber: rubis, e outras; e ainda acharam terra, em que há minas de ouro, do qual e da dita especiaria e pedraria, não trouxeram logo tanta soma, como puderam, por não levarem mercadoria.»
Em carta enviada ao cardeal D. Jorge da Costa (cardeal Alpedrinha), D. Manuel intitula-se, pela primeira vez, "por Graça de Deus, rei de Portugal e dos Algarves, daquém e além mar em África, e senhor da Guiné e da conquista da navegação e comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia e Índia".
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D. Manuel I |
Viagem de Vasco da Gama (11) - O regresso
A estadia em Calecute durou perto de 3 meses, mais exatamente 101 dias (20 de maio a 29 de agosto de 1498) e não foi totalmente positiva no estabelecimento de relações com os orientais. Os muçulmanos colocaram obstáculos à expedição e Vasco da Gama não ia devidamente preparado com as mercadorias adequadas ao comércio asiático.
«Uma quarta-feira, que foram 29 dias do dito mês de agosto, visto como já tínhamos achado e descoberto o que vínhamos buscar, assim de especiaria como de pedras preciosas, e como não podíamos acabar de nos despedir da terra, com paz e amigos da gente, houve por conselho o capitão-mor com os outros capitães de nos partirmos e levarmos aqueles homens [prisioneiros] que tínhamos; porque aqueles, tornando a Calecute, fariam fazer as amizades.
E logo fizemos as velas e nos partimos caminho de Portugal, vindo todos muito ledos, por sermos tão bem aventurados de acharmos uma tão grande coisa como tínhamos achado.»
O relato da viagem de regresso é mais breve.
[13 de janeiro de 1499] «E ao domingo fomos pousar em os baixos de São Rafael, onde pusemos fogo ao navio deste nome, porquanto era coisa impossível navegarem três navios com tão pouca gente como éramos. Aqui passámos todo o fato deste navio aos outros dois que nos ficaram.»
O relato é interrompido a 25 de abril de 1499.
«E uma quinta-feira, 25 dias do mês de abril, achámos fundo de 35 braças; e todo o dia fomos por este caminho, e o menos fundo foram 20 braças; e não pudemos haver vista de terra. E os pilotos diziam que éramos nos baixos do rio Grande.»
Sabe-se que Vasco da Gama, perante o agravamento do estado de saúde do seu irmão, fez escala na ilha Terceira, nos Açores. Mas Paulo da Gama morreu pouco depois de ter sido transportado para o Convento de S. Francisco, em cuja igreja foi sepultado.
Vasco da Gama chegaria a Lisboa 2 meses depois de Nicolau Coelho.
«Uma quarta-feira, que foram 29 dias do dito mês de agosto, visto como já tínhamos achado e descoberto o que vínhamos buscar, assim de especiaria como de pedras preciosas, e como não podíamos acabar de nos despedir da terra, com paz e amigos da gente, houve por conselho o capitão-mor com os outros capitães de nos partirmos e levarmos aqueles homens [prisioneiros] que tínhamos; porque aqueles, tornando a Calecute, fariam fazer as amizades.
E logo fizemos as velas e nos partimos caminho de Portugal, vindo todos muito ledos, por sermos tão bem aventurados de acharmos uma tão grande coisa como tínhamos achado.»
O relato da viagem de regresso é mais breve.
[13 de janeiro de 1499] «E ao domingo fomos pousar em os baixos de São Rafael, onde pusemos fogo ao navio deste nome, porquanto era coisa impossível navegarem três navios com tão pouca gente como éramos. Aqui passámos todo o fato deste navio aos outros dois que nos ficaram.»
O relato é interrompido a 25 de abril de 1499.
«E uma quinta-feira, 25 dias do mês de abril, achámos fundo de 35 braças; e todo o dia fomos por este caminho, e o menos fundo foram 20 braças; e não pudemos haver vista de terra. E os pilotos diziam que éramos nos baixos do rio Grande.»
Sabe-se que Vasco da Gama, perante o agravamento do estado de saúde do seu irmão, fez escala na ilha Terceira, nos Açores. Mas Paulo da Gama morreu pouco depois de ter sido transportado para o Convento de S. Francisco, em cuja igreja foi sepultado.
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Igreja do Convento de S. Francisco |
Lápide que assinala que Paulo da Gama foi sepultado naquele convento |
Vasco da Gama chegaria a Lisboa 2 meses depois de Nicolau Coelho.
Viagem de Vasco da Gama (10) - Encontro com o Samorim de Calecute
«E daqui nos fomos e, à entrada da cidade, nos levaram a outra, a qual tinha estas mesmas coisas acima contadas. Aqui recresceu a gente muito, que nos vinha ver, que não cabia pelo caminho. E, depois que fomos por esta rua um grande pedaço, meteram o capitão em uma casa e também nós outros com ele, por respeito da gente que era muita. Aqui mandou el-rei um irmão do bale, o qual era grande senhor nesta terra, o qual vinha para ir com o capitão, e trazia muitos tambores e anafis e charamelas e uma espingarda, a qual ia atirando ante nós; e assim levaram o capitão com muito acatamento, tanto e mais do que se podia em Espanha fazer a um rei. E a gente era tanta que não tinha conto; e os telhados e casas eram todos cheios, afora a que connosco ia de roldão, entre a qual gente iriam ao menos dois mil homens de armas; e quanto mais nós chegávamos para os paços, onde el-rei estava, tanto mais gente recrescia. E, tanto que chegámos ao paço, vieram para o capitão homens muito honrados e grandes senhores, afora outros muito que já iam com ele; e seria uma hora de sol quando chegámos aos paços; entrámos por uma porta a um terreiro muito grande e, antes que chegássemos à porta onde el-rei estava, passámos quatro portas, as quais passámos por força dando muitas pancadas à gente; e quando chegámos à derradeira porta, onde el-rei estava, saiu de dentro um velho, homem baixo de corpo, o qual é como bispo, e o rei se rege por ele nas coisas da igreja; o qual abraçou o capitão à entrada desta porta, e à entrada dela se feriram homens e nós entrámos com muita força. El-rei estava em um patim, lançado de costas em uma camilha, a qual tinha estas coisas: um pano de veludo verde debaixo e, em cima, um colchão muito bom; e, em cima do colchão, um pano de algodão muito alvo e delgado, mais do que nenhum linho; e também tinha almofadas deste teor; e tinha à mão esquerda uma copa de ouro muito grande, da altura de um pote de meio almude, e era da largura de dois palmos na boca, a qual era muito grossa, ao parecer; na qual talha lançava bagaço de umas ervas, que os homens desta terra comem pela calma, a qual erva chamam atambor; e da banda direita estava um bacio de ouro, quanto um homem pudesse abranger com os braços, em o qual estavam aquelas ervas, e muitos agomis de prata, e o céu de cima era todo dourado. E assim, quando o capitão entrou, fez sua reverência, segundo costume daquela terra, a qual é juntar as mãoes e levantá-las para o céu, como costumam os cristãos levantar a Deus; e, assim como as levantam, abrem-nas e cerram os punhos mui asinha. E ele acenou ao capitão, com a mão direita, que se fosse para debaixo daquele cerrado onde ele estava; porém o capitão não chegava a ele, porque o costume da terra é não chegar nenhum homem ao rei, salvo chegava a ele um seu privado que lhe estava dando aquelas ervas; e quando algum homem lhe fala tem a mão ante a boca, e está arredado. Assim como acenou ao capitão olhou para nós outros, e mandou que nos assentássemos em um poial, perto dele, em lugar que nos via ele estar; e mandou-nos dar água às mãos, e mandou trazer uma fruta, que é feita como melões, salvo que de fora são crespos, mas de dentro são doces; e também nos mandou trazer outra fruta, que é como figos e sabe muito bem; e tínhamos homens que no-los estavam aparando, e el-rei estava olhando como nós comíamos, e estava-se rindo para nós; e falava com aquele seu privado, que estava à sua ilharga dando-lhe a comer aquelas ervas. E depois disto olhou ao capitão, que estava sentado defronte, e disse que falasse com aqueles homens com que estava, que eram muito honrados, e que lhes dissesse o que ele quisesse, e que eles lho diriam; respondeu o capitão-mor que ele era embaixador de el-rei de Portugal, e que lhe trazia uma embaixada e que não a havia de dar salvo a ele; disse el-rei que era muito bem, e logo o mandou levar dentro, a uma câmara; e, quando foi dentro, el-rei se levantou donde estava e se foi para o capitão, e nós ficámos em aquele lugar. Isto seria ali junto com o sol-posto; e, assim quando el-rei se alevantou, foi logo um homem velho que estava dentro, naquele patim, e levantou a camilha; e a baixela ficou ali; el-rei quando foi onde estava o capitão, lançou-se em outra camilha, em que estavam muitos panos lavrados de ouro, e fez pergunta ao capitão: que era o que queria? E o capitão lhe disse como ele era embaixador de um rei de Portugal, o qual era senhor de muita terra e era muito rico de todos as coisas, mais que nenhum rei daquelas partes; e que havia sessenta anos que os reis seus antecessores mandavam, cada ano, navios a descobrir aquelas partes, porquanto sabiam que, em aquelas partes, havia reis cristãos como eles. E que, por este respeito, mandavam a descobrir esta terra, e não porque lhes fosse necessário ouro nem prata, porque tinham tanto em abundância que lhes não era necessário havê-los desta terra; os quais capitães [desses navios] iam e andavam lá um ano e dois, até que lhes falecia o mantimento, e sem acharem nada voltavam para Portugal; e que agora um rei, que se chamava D. Manuel, lhe mandara fazer estes três navios e o mandara por capitão-mor deles; e lhe dissera que se ele não tornasse a Portugal até que lhe não descobrisse este rei dos cristãos, e que se tornasse que lhe mandaria cortar a cabeça; e que se o achasse que lhe desse duas cartas, as quais cartas lhe ele daria ao outro dia; e que assim lhe manda dizer, por palavras, que ele era seu irmão e amigo. El-rei respondeu a isto, e disse que ele fosse bem-vindo, e que assim o havia ele por irmão e amigo, e que ele lhe mandaria embaixadores a Portugal com ele; dizendo o capitão que assim lho pedia de mercê, porquanto ele não ousaria aparecer presente [a] el-rei, seu senhor, se não levasse alguns homens da sua terra. Estas e outras muitas coisas passaram [entre] ambos, dentro daquela câmara; e, porquanto era já muito noite, el-rei disse que: com quem queria ele pousar, se com cristãos, se com mouros? E o capitão lhe respondeu que nem com cristãos, nem com mouros; e que lhe pedia por mercê que lhe mandasse dar uma pousada sobre si, em que não estivesse ninguém; e el-rei disse que assim o mandava; e nisto se despediu o capitão de el-rei, e veio ter connosco onde estávamos lançados em uma varanda onde estava um grande castiçal de arame que nos alumiava; e isto seriam já bem quatro horas da noite. […]
Relação da primeira viagem à Índia pela armada chefiada por Vasco da Gama
11 de fevereiro de 2016
Ficha de avaliação do 5.º C
Os alunos do 5.º C podem encontrar aqui os conteúdos e objetivos da próxima ficha de avaliação.
Bom trabalho.
Comunicaram-me problemas com a ligação. Pensei que já tinha resolvido o problema , mas volta a pedir mail e password.
Vou ver se consigo enviar a informação pelo mail da turma.
Bom trabalho.
Dúvidas podem ser colocadas para carloscarrasco9@gmail.com
Comunicaram-me problemas com a ligação. Pensei que já tinha resolvido o problema , mas volta a pedir mail e password.
Vou ver se consigo enviar a informação pelo mail da turma.
4 de fevereiro de 2016
Viagem de Vasco da Gama (9) - Calecute
«E ao domingo fomos juntos com umas montanhas, as quais são mais altas que os homens nunca viram as quais estão sobre a cidade de Calecut; e chegámo-nos tanto a elas até que o piloto que levávamos as conheceu, e nos disse que aquela era a terra onde nós desejávamos de ir. Em este dia à tarde fomos pousar abaixo desta cidade de Calecut duas léguas; e isto porque ao piloto pareceu, por uma vila que ali estava, a que chamam Capua, que era Calecut; e abaixo desta vila esta outra que se chama Pandarane, e pousámos ao longo da costa, obra de uma légua e meia da terra. E, depois que assim estivemos pousados, vieram de terra a nós quatro barcos, os quais vinham por saber que gente éramos e nos disseram e mostraram Calecut.
E ao outro dia isso mesmo vieram estes barcos aos nossos navios, e o capitão-mor mandou um dos degredados a Calecut; e aqueles com que ele ia levaram-no aonde estavam dois mouros de Tunes, que sabiam falar castelhano e genovês. E a primeira salva que lhe deram foi esta, que se ao diante segue: «Ao diabo que te dou; quem te trouxe cá?». E perguntaram-lhe o que vínhamos buscar tão longe; e ele respondeu: «Vimos buscar cristãos e especiaria.» Eles lhe disseram: «Porque não manda cá el-rei de Castela e el-rei de França e a senhoria de Veneza». E ele lhe respondeu que el-rei de Portugal não queria consentir que eles cá mandassem, E eles disseram que fazia bem. Então o agasalharam e deram-lhe de comer pão [de] trigo com mel. E depois que comeu veio-se para os navios, e veio com ele um daqueles mouros, o qual, tanto que foi em os navios, começou de dizer estas palavras: «Buena ventura, buena ventura; muitos rubis, muitas esmeraldas. Muitas graças deveis de dar a Deus por vos trazer a terra onde há tanta riqueza.» Era para nós isto [de] tanto espanto que o ouvíamos falar e não críamos que homem houvesse, tão longe de Portugal, que nos entendesse nossa falta.»
E ao outro dia isso mesmo vieram estes barcos aos nossos navios, e o capitão-mor mandou um dos degredados a Calecut; e aqueles com que ele ia levaram-no aonde estavam dois mouros de Tunes, que sabiam falar castelhano e genovês. E a primeira salva que lhe deram foi esta, que se ao diante segue: «Ao diabo que te dou; quem te trouxe cá?». E perguntaram-lhe o que vínhamos buscar tão longe; e ele respondeu: «Vimos buscar cristãos e especiaria.» Eles lhe disseram: «Porque não manda cá el-rei de Castela e el-rei de França e a senhoria de Veneza». E ele lhe respondeu que el-rei de Portugal não queria consentir que eles cá mandassem, E eles disseram que fazia bem. Então o agasalharam e deram-lhe de comer pão [de] trigo com mel. E depois que comeu veio-se para os navios, e veio com ele um daqueles mouros, o qual, tanto que foi em os navios, começou de dizer estas palavras: «Buena ventura, buena ventura; muitos rubis, muitas esmeraldas. Muitas graças deveis de dar a Deus por vos trazer a terra onde há tanta riqueza.» Era para nós isto [de] tanto espanto que o ouvíamos falar e não críamos que homem houvesse, tão longe de Portugal, que nos entendesse nossa falta.»
Viagem de Vasco da Gama (8) - Melinde
«Neste mesmo dia [14 de abril] ao sol-posto lançámos âncora em direito dum lugar que se chama Melinde (...).
Ao dia de Páscoa nos disseram estes mouros, que tínhamos cativos, que em a dita vila de Melinde estavam quatro navios de cristãos, os quais eram índios; e que se os quiséssemos ali levar que dariam por si pilotos cristãos, e tudo o que nos fizesse mister, assim de carnes, água, lenha e outras coisas. E o capitão-mor, que muito desejava haver pilotos daquela terra, depois de termos tratado este partido com estes mouros, fomos pousar de fronte da vila (...)
Estas são as coisas que o rei trazia. Primeiramente uma opa de damasco, forrada de cetim verde; e uma touca na cabeça, muito rica; e duas cadeiras de arame, com seus coxins; e um todo de cetim carmesim, o qual toldo era redondo e andava posto em um pau; e trazia um homem velho por pajem, o qual trazia um terçado que tinha a bainha de prata; e muitos anafis; e duas buzinas de marfim da altura de um homem, e eram muito lavradas e tangiam por um buraco que têm no meio; (...)
Ao domingo seguinte, que foram 22 dias do mês de Abril, veio a zavra de el-rei a bordo (...) E como foi o recado, el-rei lhe mandou logo um piloto cristão* (...). E folgámos muito com o piloto cristão que nos el-rei mandou.»
Viagem de Vasco da Gama (7) - Moçambique
«E uma quinta-feira, que foi o primeiro dia do mês de Março, à tarde, houvemos vista das ilhas e da terra que se ao diante seguem; e, porque era tarde, virámos na volta do mar e pairámos até pela manhã. E então viemos entrar em a terra seguinte. […].
Os homens desta terra são ruivos e de bons corpos e da seita de Mafamede e falam como mouros; e as suas vestiduras são de panos de linho e de algodão, muito delgados e de muitas cores de listras, e são ricos e lavrados; e todos trazem toucas nas cabeças, com vivos de seda lavrados com fio de ouro; e são mercadores e tratam com mouros brancos, dos quais estavam aqui, em este lugar, quatro navios deles que traziam ouro, prata e pano e cravo e pimenta e gengibre e anéis de prata com muitas pérolas e aljôfar e rubis; e isso mesmo todas estas coisas traziam os homens desta terra. E ao que nos parecia, segundo eles diziam, que todas estas coisas vinham aqui de carreto e que aqueles mouros as traziam, salvo o ouro; e que para diante, para onde nós íamos, havia muito; e que as pedras e aljôfar e especiaria eram tantos que não era necessário restagatá-los, mas apanhá-los aos cestos. E isto tudo entendia um marinheiro, que o capitão-mor levava, o qual fora cativo de mouros e, portanto, entendia estes que aqui achámos.
Mais nos disseram (...) tinha muitas cidades ao longo do mar, e que os moradores delas eram grandes mercadores e tinham grandes naus. (...) E estas coisas e outras muitas diziam estes mouros, do que éramos tão ledos que com prazer chorávamos; e rogámos a Deus que Lhe aprouvesse de nos dar saúde, para que víssemos o que todos desejávamos.
Em este lugar e ilha, a que chamam Moçambique, estava um senhor a que eles chamavam sultão, que era como visso-rei; o qual veio aos nossos navios, por muitas vezes, com outros seus que com ele vinham. E o capitão lhe dava mui bem de comer (...)
(...) e mandou a Nicolau Coelho um pote de tâmaras pisadas, as quais tinham conserva de cravos e cominhos; e, assim, depois mandou ao capitão-mor muitas coisas. E isto foi enquanto lhes parecia que nós éramos turcos ou mouros de alguma outra parte.»
Os homens desta terra são ruivos e de bons corpos e da seita de Mafamede e falam como mouros; e as suas vestiduras são de panos de linho e de algodão, muito delgados e de muitas cores de listras, e são ricos e lavrados; e todos trazem toucas nas cabeças, com vivos de seda lavrados com fio de ouro; e são mercadores e tratam com mouros brancos, dos quais estavam aqui, em este lugar, quatro navios deles que traziam ouro, prata e pano e cravo e pimenta e gengibre e anéis de prata com muitas pérolas e aljôfar e rubis; e isso mesmo todas estas coisas traziam os homens desta terra. E ao que nos parecia, segundo eles diziam, que todas estas coisas vinham aqui de carreto e que aqueles mouros as traziam, salvo o ouro; e que para diante, para onde nós íamos, havia muito; e que as pedras e aljôfar e especiaria eram tantos que não era necessário restagatá-los, mas apanhá-los aos cestos. E isto tudo entendia um marinheiro, que o capitão-mor levava, o qual fora cativo de mouros e, portanto, entendia estes que aqui achámos.
Mais nos disseram (...) tinha muitas cidades ao longo do mar, e que os moradores delas eram grandes mercadores e tinham grandes naus. (...) E estas coisas e outras muitas diziam estes mouros, do que éramos tão ledos que com prazer chorávamos; e rogámos a Deus que Lhe aprouvesse de nos dar saúde, para que víssemos o que todos desejávamos.
Em este lugar e ilha, a que chamam Moçambique, estava um senhor a que eles chamavam sultão, que era como visso-rei; o qual veio aos nossos navios, por muitas vezes, com outros seus que com ele vinham. E o capitão lhe dava mui bem de comer (...)
(...) e mandou a Nicolau Coelho um pote de tâmaras pisadas, as quais tinham conserva de cravos e cominhos; e, assim, depois mandou ao capitão-mor muitas coisas. E isto foi enquanto lhes parecia que nós éramos turcos ou mouros de alguma outra parte.»
Relação da primeira viagem à Índia pela armada chefiada por Vasco da Gama
Viagem de Vasco da Gama (6) - Rio dos Bons Sinais
«Uma segunda-feira, indo pelo mar, houvemos vista de uma terra muito baixa e de uns arvoredos muito altos e juntos. E indo assim nesta rota vimos um rio, largo em boca; e, porque era necessário saber e conhecer onde éramos, pousámos; e uma quinta-feira à noite entrámos (...)
Esta terra é muito baixa e alagadiça e é de grandes arvoredos, os quais dão muitas frutas, de muitas maneiras, e os homens desta terra comem delas.
E esta gente é negra, e são homens de bons corpos e andam nus, somente trazem uns panos de algodão pequenos com que cobrem suas vergonhas, e os senhores desta terra trazem estes panos maiores. E as mulheres moças, que nesta terra parecem bem, trazem os beiços furados por três lugares e ali lhes trazem uns pedaços de estanho retorcidos. E esta gente folgava muito connosco; e nos traziam ao navio disso, que tinham em almadias, que eles têm. E nós isso mesmo íamos à sua aldeia a tomar água.
E depois de haver dois ou três dias, que aqui estávamos, vieram dois senhores desta terra a ver-nos (...). E um deles trazia uma touca posta na cabeça, com uns vivos lavrados de seda; e o outro trazia uma carapuça de cetim verde. Isso mesmo vinha em sua companhia um mancebo que, segundo acenavam, era de outra terra daí longe; e dizia que já vira navios grandes, como aqueles que nós levávamos, com os quais sinais nós folgávamos muito porque nos parecia que nos íamos chegando para onde desejávamos. (...)
E nós estivemos neste rio trinta e dois dias, em os quais tomámos água, e limpámos os navios os navios e corregeram ao Rafael o mastro. E aqui nos adoeceram muitos homens, que lhes inchavam os pés e as mãos, e lhes cresciam as gengivas tanto sobre os dentes que os homens não podiam comer.
E aqui pusemos um padrão, ao qual puseram nome: o padrão de São Rafael, e isto porque ele o levava; e ao rio: dos Bons Sinais.
Daqui nos partimos um sábado, que eram 24 dias do mês de Fevereiro; (...)»
Relação da primeira viagem à Índia pela armada chefiada por Vasco da Gama
31 de janeiro de 2016
31 de Janeiro de 1891
A primeira revolta republicana em Portugal.
Reportagem apresentada pela SIC, em 2010, lembrando esta revolta, no ano em que se comemorou o centenário da República em Portugal.
Reportagem apresentada pela SIC, em 2010, lembrando esta revolta, no ano em que se comemorou o centenário da República em Portugal.
Turmas 6.º E, 6.º G e 6.º H - Ficha de Avaliação
Os alunos destas turmas encontram aqui os conteúdos e objetivos da ficha.
Bom estudo.
Bom estudo.
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Cortes Constituintes |
Viagem de Vasco da Gama (5) - Angra de S. Brás
«Em vinte e cinco dias do dito mês de Novembro, um Sábado à tarde, dia de Santa Catarina, entrámos em a Angra de São Brás, onde estivémos treze dias porque nesta angra desfizemos a nau que levava os mantimentos e os recolhemos aos navios.
No sábado, cerca de 200 negros, entre grandes e pequenos, aproximaram-se. Traziam umas 12 reses, bois e vacas, e quatro ou cinco carneiros. Logo que os vimos, fomos para terra. Eles então começaram a tocar quatro ou cinco flautas, e uns tocavam alto, outros, baixo, num concerto muito bom para negros, de quem não se espera música. Além disso, bailavam como negros. O Capitão-mor mandou que se tocassem as trombetas, e todos nós pusemo-nos a dançar nos batéis, mesmo o Capitão. Acabada a festa, fomos à terra, onde desceramos da outra vez, e ali trocámos um boi negro por três manilhas.
Foi este boi o nosso jantar de domingo. Era muito gordo, e a sua carne saborosa como a que comíamos em Portugal. Neste domingo, 3 de Dezembro, aproximaram-se outros tantos e traziam consigo as mulheres e crianças pequenas. As mulheres estavam em cima de uma elevação, perto do mar, e tocavam e bailavam como no sábado.
Esta gente é negra, e são homens de bons corpos; andam nus, somente trazem uns panos de algodão pequenos com que cobrem suas vergonhas, e os senhores desta terra trazem estes panos maiores. E as mulheres moças, que nesta terra parecem bem, trazem os beiços furados por três lugares, e ali lhes trazem uns pedaços de estanho retorcidos; e esta gente folgava muito connosco; e nos traziam aos navios disso que tinham, em almadias que eles têm; e nós isso mesmo íamos à sua aldeia a tomar água. […]»
No sábado, cerca de 200 negros, entre grandes e pequenos, aproximaram-se. Traziam umas 12 reses, bois e vacas, e quatro ou cinco carneiros. Logo que os vimos, fomos para terra. Eles então começaram a tocar quatro ou cinco flautas, e uns tocavam alto, outros, baixo, num concerto muito bom para negros, de quem não se espera música. Além disso, bailavam como negros. O Capitão-mor mandou que se tocassem as trombetas, e todos nós pusemo-nos a dançar nos batéis, mesmo o Capitão. Acabada a festa, fomos à terra, onde desceramos da outra vez, e ali trocámos um boi negro por três manilhas.
Foi este boi o nosso jantar de domingo. Era muito gordo, e a sua carne saborosa como a que comíamos em Portugal. Neste domingo, 3 de Dezembro, aproximaram-se outros tantos e traziam consigo as mulheres e crianças pequenas. As mulheres estavam em cima de uma elevação, perto do mar, e tocavam e bailavam como no sábado.
Esta gente é negra, e são homens de bons corpos; andam nus, somente trazem uns panos de algodão pequenos com que cobrem suas vergonhas, e os senhores desta terra trazem estes panos maiores. E as mulheres moças, que nesta terra parecem bem, trazem os beiços furados por três lugares, e ali lhes trazem uns pedaços de estanho retorcidos; e esta gente folgava muito connosco; e nos traziam aos navios disso que tinham, em almadias que eles têm; e nós isso mesmo íamos à sua aldeia a tomar água. […]»
Relação da primeira viagem à Índia pela armada chefiada por Vasco da Gama
A viagem de Vasco da Gama (4) - A passagem do Cabo da Boa Esperança
«E tanto que tivemos nossos navios aparelhados e limpos e lenha tomada, nos partimos desta terra uma quinta-feira pela manhã, que era a 16 dias de Novembro, não sabendo nós quanto éramos do Cabo de Boa-Esperança, salvo Pêro d’Alenquer dizia que ao mais que podíamos ser seriam 30 léguas a ré do Cabo. E o porque se ele não afirmava era porque ele partira um dia pela manhã do Cabo e que de noite passara por ali com vento à popa, e isso mesmo à ida foram de largo; e por estes respeitos não eram em conhecimento donde éramos, pelo qual fomos em a volta do mar com sul-su-sueste.
E ao sábado à tarde ouvemos vista do dito Cabo de Boa-Esperança. E em este dia mesmo virámos em a volta do mar, e de noite virámos em a volta da terra.
E ao domingo pela manhã, que foram 19 dias do mês de Novembro, fomos outra vez com o Cabo e não o pudemos dobrar porque o vento era su-sueste, e o dito Cabo jaz nordeste-sudueste. E em este dia mesmo virámos em a volta do mar, e à noite da segunda-feira viemos em a volta da terra.
E à quarta-feira, ao meio-dia, passámos pelo dito Cabo ao longo da costa, com vento à popa. E junto com este Cabo de Boa-Esperança, ao sul, jaz uma angra muito grande que entra pela terra bem seis léguas e em boca haverá bem outras tantas.
E ao sábado à tarde ouvemos vista do dito Cabo de Boa-Esperança. E em este dia mesmo virámos em a volta do mar, e de noite virámos em a volta da terra.
E ao domingo pela manhã, que foram 19 dias do mês de Novembro, fomos outra vez com o Cabo e não o pudemos dobrar porque o vento era su-sueste, e o dito Cabo jaz nordeste-sudueste. E em este dia mesmo virámos em a volta do mar, e à noite da segunda-feira viemos em a volta da terra.
E à quarta-feira, ao meio-dia, passámos pelo dito Cabo ao longo da costa, com vento à popa. E junto com este Cabo de Boa-Esperança, ao sul, jaz uma angra muito grande que entra pela terra bem seis léguas e em boca haverá bem outras tantas.
Viagem de Vasco da Gama (3) - Episódio de Fernão Veloso
«Neste mesmo dia um Fernão Veloso, que ia com o capitão-mor, desejava muito ir com eles a suas casas, para saber de que maneira viviam e que comiam ou que vida era a sua; e pediu por mercê ao capitão-mor lhe desse licença para ir com eles a suas casas. E o capitão, vendo-se importunado dele, que o não deixava senão que lhe desse licença, o deixou ir com eles; e nós tornámos ao navio do capitão-mor a cear, e ele foi com os ditos negros. E, tanto que eles foram de nós apartados, tomaram um lobo-marinho e foram-se ao pé duma serra, em uma charneca, e assaram o lobo-marinho; e deram dele ao Fernão Veloso, que ia com eles, e das raízes de ervas que eles comiam; e acabado de comer, disseram-lhe que se viesse para os navios; e não quiseram que fosse com eles. E o dito Fernão Veloso, quando veio em direito dos navios começou logo de chamar e eles ficaram metidos pelo mato. E nós estávamos ainda ceando e, quando o ouvimos, deixaram logo os capitães de comer e nós outros com eles, e metemo-nos na barca à vela; e os negros começaram de correr ao longo da praia e foram tão prestes com o dito Fernão Veloso, como nós; em nós o querendo recolher eles nos começaram a atirar com umas azagaias que traziam, onde foi ferido o capitão-mor e três ou quatro homens. E isto porque nos fiámos neles, parecendo-lhes que eram homens de pequeno coração e que não se atreveriam a cometer o que depois fizeram, pelo qual íamos despercebidos de armas. Então nos recolhemos aos navios. […]»
Viagem de Vasco da Gama (2) - Baía de Santa Helena
«À terça-feira viemos na volta da terra, e houvemos vista de uma terra baixa e que tinha uma grande baía. O Capitão-mor mandou Pêro de Alenquer no batel, a sondar se achava bom pouso, pelo qual a achou muito boa e limpa e abrigada de todos os ventos, somente de nordeste. E ela jaz leste-oeste, à qual puseram nome Santa Helena.
À quarta-feira lançámos âncora na dita baía, onde estivemos oito dias limpando os navios e corrigindo as velas e tomando lenha.
Nesta terra há homens baços, que não comem senão lobos-marinhos e baleias e carne de gazelas e raízes de ervas; e andam cobertos com peles e trazem uma bainha em suas naturas; e as suas armas são uns cornos tostados, metidos em umas varas de azambujo; e têm muitos cães, como os de Portugal, e assim mesmo ladram. As aves desta terra são assim mesmo como as de Portugal: corvos-marinhos, gaivotas, rolos, cotovias e outras muitas aves; e a terra é muito sadia e temperada e de boas ervas. […]»
À quarta-feira lançámos âncora na dita baía, onde estivemos oito dias limpando os navios e corrigindo as velas e tomando lenha.
Nesta terra há homens baços, que não comem senão lobos-marinhos e baleias e carne de gazelas e raízes de ervas; e andam cobertos com peles e trazem uma bainha em suas naturas; e as suas armas são uns cornos tostados, metidos em umas varas de azambujo; e têm muitos cães, como os de Portugal, e assim mesmo ladram. As aves desta terra são assim mesmo como as de Portugal: corvos-marinhos, gaivotas, rolos, cotovias e outras muitas aves; e a terra é muito sadia e temperada e de boas ervas. […]»
Relação da primeira viagem à Índia pela armada chefiada por Vasco da Gama
Viagem de Vasco da Gama (1) - Partida
«Em nome de Deus, ámen. Na era de mil quatrocentos e noventa e sete mandou El-Rei D. Manuel, o primeiro deste nome em Portugal, a descobrir, quatro navios, os quais iam em busca da especiaria, dos quais navios ia por capitão-mor Vasco da Gama, e dos outros: dum deles Paulo da Gama, seu irmão, e do outro Nicolau Coelho [e um Gonçalo Nunes, criado de Vasco da Gama, que ia por capitão da nau dos mantimentos].
Partimos do Restelo um sábado, que eram oito dias do mês de Julho da dita era de mil quatrocentos e noventa e sete, [seguindo] nosso caminho, que Deus Nosso Senhor deixe acabar em seu serviço, ámen.»
6.º F - 12 episódios da viagem de Vasco da Gama
Na aula do 6.º F do passado dia 26, vimos que os 12 episódios da viagem de Vasco da Gama que poderiam ser trabalhados na banda desenhada eram:
- Partida
- Paragem em Santa Helena (eventualmente, a vida a bordo)
- "Aventura" de Fernão Veloso (em Santa Helena)
- Passagem do Cabo da Boa Esperança
- Paragem na Angra de S. Brás
- Paragem no Rio dos Bons Sinais
- Paragem em Moçambique
- Paragem em Melinde
- Calecute
- Encontro com o Samorim de Calecute
- Viagem de regresso / regresso de Vasco da Gama pela ilha Terceira (morte de Paulo da Gama)
- Chegada
29 de janeiro de 2016
Turmas do 6.º ano
Para as situações em que os alunos não dispõem de manual, disponibilizo as páginas a aestudar para a próxima ficha de avaliação.
28 de janeiro de 2016
6.º F - Os tripulantes das naus da Carreira da Índia
Carreira da Índia foi o nome dado à ligação marítima regular entre Lisboa e os portos da Índia, após a viagem de Vasco da Gama (1497-1499).
Esta ligação - a maior e mais prolongada rota de navegação à vela - durou até cerca de 1800.
Desde a viagem de Vasco da Gama (1497-1499) até 1595 (data da primeira viagem feita por holandeses) - quase 100 anos! -, essa ligação era exclusiva dos portugueses.
Quem eram os tripulantes dessas naus?
Deixo a ligação a um texto produzido há uns anos, no âmbito de um projeto intitulado Acordar História Adormecida.
A informação diz respeito às naus da Carreira da Índia na primeira metade do século XVI (a tripulação na viagem de Vasco da Gama seria menor).
Marinheiros e outras pessoas a bordo - pág. 1
Marinheiros e outras pessoas a bordo - pág. 2
Marinheiros e outras pessoas a bordo - pág. 3
Outra fonte indica que a guarnição tradicional de uma nau seria de 120 a 170 tripulantes:
Esta ligação - a maior e mais prolongada rota de navegação à vela - durou até cerca de 1800.
Desde a viagem de Vasco da Gama (1497-1499) até 1595 (data da primeira viagem feita por holandeses) - quase 100 anos! -, essa ligação era exclusiva dos portugueses.
Quem eram os tripulantes dessas naus?
Deixo a ligação a um texto produzido há uns anos, no âmbito de um projeto intitulado Acordar História Adormecida.
A informação diz respeito às naus da Carreira da Índia na primeira metade do século XVI (a tripulação na viagem de Vasco da Gama seria menor).
Marinheiros e outras pessoas a bordo - pág. 1
Marinheiros e outras pessoas a bordo - pág. 2
Marinheiros e outras pessoas a bordo - pág. 3
Outra fonte indica que a guarnição tradicional de uma nau seria de 120 a 170 tripulantes:
- capitão
- escrivão
- 2 pilotos
- mestre de manobra das velas
- contramestre, guardião
- carpinteiro, calafate e tanoeiro (reparam o barco)
- barbeiro (que servia de cirurgião)
- meirinho
- cozinheiro, dispenseiro
- soldados e bombardeiros
- marinheiros
- grumetes
- capelão (e outros religiosos)
6.º F - Vasco da Gama: a viagem
Para o projeto Todos Contam, Todos Fazem, a turma do 6.º F está a abordar a extraordinária viagem de descobrimento do caminho marítimo para a Índia, capitaneada por Vasco da Gama.
Já vimos que embarcações participaram nessa viagem, quem eram os seus capitães, os seus pilotos e (agora) alguns outros elementos:
As naus da armada de Vasco da Gama eram as mais evoluídas naquela época, próprias para o transporte de mercadoria e equipadas com artilharia.
As embarcações iriam evoluir muito rapidamente nos anos seguintes.
No total, os tripulantes destes navios seriam, à partida, cerca de 150.
Regressaram 55.
Na nau S. Rafael seguia Álvaro Velho, talvez um marinheiro, talvez um soldado, que se pensa ser o autor do diário da viagem, com o título Relação da primeira viagem à Índia pela armada chefiada por Vasco da Gama.
A Relação é o único documento que relata a viagem de forma detalhada, tendo esse relato sido interrompido quando a armada, no seu regresso, chegou à região da Guiné.
Já vimos que embarcações participaram nessa viagem, quem eram os seus capitães, os seus pilotos e (agora) alguns outros elementos:
- Nau S. Gabriel - capitão: Vasco da Gama; piloto: Pero de Alenquer; mestre: Gonçalo Álvares; escrivão: Diogo Dias.
- Nau S. Rafael - capitão: Paulo da Gama; piloto: João de Coimbra; escrivão: João de Sá.
- Bérrio (também designada pelo nome de S. Miguel; referida como caravela redonda ou nau) - capitão: Nicolau Coelho; piloto: Pero Escobar (também conhecido por Pero Escolar); escrivão: Álvaro Braga.
- Nau reservada aos mantimentos - capitão: Gonçalo Nunes; piloto: Afonso Gonçalves.
As naus da armada de Vasco da Gama eram as mais evoluídas naquela época, próprias para o transporte de mercadoria e equipadas com artilharia.
As embarcações iriam evoluir muito rapidamente nos anos seguintes.
No total, os tripulantes destes navios seriam, à partida, cerca de 150.
Regressaram 55.
Na nau S. Rafael seguia Álvaro Velho, talvez um marinheiro, talvez um soldado, que se pensa ser o autor do diário da viagem, com o título Relação da primeira viagem à Índia pela armada chefiada por Vasco da Gama.
A Relação é o único documento que relata a viagem de forma detalhada, tendo esse relato sido interrompido quando a armada, no seu regresso, chegou à região da Guiné.
25 de janeiro de 2016
19 de janeiro de 2016
6.º H - Ficha de Trabalho
Havendo a situação de alunos sem o manual, aqui estão as páginas necessárias à Ficha de Trabalho em atraso.
Ficam já, também, os exercícios da página 43 (T.P.C. para 6.ª feira).
Página 39
Página 40
Página 41
Documento 2 da página 39 (para ver com mais facilidade)
Exercícios página 43
Ficam já, também, os exercícios da página 43 (T.P.C. para 6.ª feira).
Página 39
Página 40
Página 41
Documento 2 da página 39 (para ver com mais facilidade)
Exercícios página 43
15 de janeiro de 2016
8 de janeiro de 2016
Turmas do 6.º ano - Ficha de Trabalho
Página 38 do manual (pág. 36 no manual antigo) que deve ser consultada para a realização da Ficha de Trabalho.
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