25 de Abril de 1974

30 de março de 2011

Vieira da Silva

Porque História não é só "a matéria", o que vem no manual, e porque importa descobrir muitas outras coisas - para isso é que este sítio existe (tenho essa pretensão) - deixo-vos 3 obras da grande pintora que foi Maria Helena Vieira da Silva (Lisboa, 1908 - Paris, 1992).
Vem a propósito da mensagem anterior, da Poesia que andava na rua. Uma das obras foi cartaz alusivo ao 25 de Abril.
Espero que gostem das pinturas (e tenham vontade de procurar mais obras de Vieira da Silva).

Biblioteca

Partida de xadrez

Voltando a Herculano e a Sophia de Mello Breyner

Para concluir...
De Herculano, o vimos lutar pelo regime liberal e intervir na sociedade da época, escrevendo, como deputado nas Cortes, Presidente de Câmara.

De Sophia, sabemos dos seus antepassados (Pedro e Tomás) a lutar pelo liberalismo. O filho de Pedro (António de Mello Breyner) também estava no exército de D. Pedro IV e foi gravemente ferido no Cerco do Porto.
E a poeta, durante o Estado Novo (1933-1974), também lutou pela liberdade em Portugal e teve intervenção social e política (assinando documentos de crítica ao regime, escrevendo, participando em encontros ou nas acções possíveis).
No seu "Livro Sexto" Salazar é retratado como um "velho abutre" cujos discursos "têm o dom de tornar as almas mais pequenas".
Ainda antes do 25 de Abril, participou na campanha da CEUD (Comissão Eleitoral de Unidade Democrática - formação eleitoral que disputou as eleições de 1969 contra o partido do regime) e integrou a Comissão Nacional de Apoio aos Presos Políticos. Nessa campanha proferiu um discurso em que afirmou «Aos pobres de Portugal é costume dizer: “Tenham paciência”. Mas na verdade devemos dizer: “Não tenham paciência”. Devemos pedir ao povo português que procure o caminho de uma “impaciência pacífica”, que se exprima e combata sem violência mas com teimosia e firmeza.» O seu marido, o advogado e jornalista Francisco Sousa Tavares, chegou a estar preso por motivos políticos.

Após o 25 de Abril de 1974 - "o dia inicial inteiro e limpo", como escreveu - foi deputada pelo Partido Socialista à Assembleia Constituinte (1975-1976). Depois dedicou-se mais à escrita, embora sempre atenta ao que se passava à sua volta e sempre crítica em relação ao que considerava injusto na sociedade.
Como escreveu: "Corajoso é combater o que está à nossa frente e no poder, e só o que é corajoso é divertido."

A Poesia está na rua  -  frase de Sophia de Mello Breyner a propósito do 25 de Abril de 1974.
Frase-inspiração para a pintora Vieira da Silva, amiga de Sophia.

28 de março de 2011

Alexandre Herculano, aniversariante

Faz hoje 201 anos que nasceu, na cidade de Lisboa, Alexandre Herculano, personagem sobre a qual os alunos do 6.º 6 irão descobrir um pouco mais.

Soldado, Bibliotecário, Escritor, Jornalista, Historiador, Político, Agricultor

Depois de já termos falado de alguns acontecimentos em que Herculano esteve envolvido, nas lutas entre liberais e absolutistas – foi um dos “Bravos do Mindelo”, integrado no Regimento dos Voluntários da Rainha – aqui lembramos, muito resumidamente, o escritor, autor de obras de poesia e de ficção, nomeadamente romances históricos. Juntamente com Almeida Garrett (outro escritor liberal), é considerado o iniciador do estilo romântico em Portugal, que inaugurou a prosa de ficção moderna no nosso país.

E não podemos deixar de referir o seu papel como historiador: é considerado o fundador da moderna historiografia portuguesa, isto é, o primeiro estudioso da História, em Portugal, a seguir um método de investigação que fez com que os seus estudos fossem considerados exemplares e a sua forma de usar e analisar os documentos históricos fosse apontada como o caminho a seguir por quem queria estudar com objectividade a História de Portugal.
E começou a publicar, exactamente, uma História de Portugal, que não chegou a completar. No campo da História, publicou ainda um estudo sobre a origem do tribunal da Inquisição em Portugal e foi encarregado de fazer uma recolha de documentos valiosos, até então dispersos por vários arquivos.
Decorria a Guerra Civil quando foi nomeado, por D. Pedro IV, bibliotecário da Biblioteca do Porto. Mais tarde dirigiu a revista O Panorama. A convite de D. Fernando II, desempenhou o cargo de Director das Bibliotecas Reais da Ajuda e das Necessidades.

Painel da autoria de Columbano Bordalo Pinheiro,
na Sala dos Passos Perdidos (Assembleia da República),
retratando Passos Manuel, Almeida Garrett,
Alexandre Herculano e José Estevão de Magalhães

Alexandre Herculano manteve-se sempre fiel aos seus ideais políticos, defendendo a Carta Constitucional. Foi deputado às Cortes, Presidente da Câmara Municipal de Belém (que ainda não pertencia à cidade de Lisboa) e preceptor do futuro rei D. Pedro V.
Apesar de ser próximo de muitas figuras do liberalismo que estiveram no poder quando do início da Regeneração (1851), e de em sua casa se terem efectuado, com o Duque de Saldanha, reuniões em que se preparou o golpe da Regeneração, recusou fazer parte do Governo chefiado pelo próprio Duque [“Aquele gajo”, segundo o 6.º 6].
Após o seu casamento, já em 1866, retirou-se definitivamente para a sua quinta de Vale Lobos (Santarém), dedicando-se quase inteiramente à agricultura.

Alexandre Herculano e Sophia de Mello Breyner (2)

Recuemos no tempo...
1828 - D. Miguel regressou do exílio, depois de se ter comprometido a casar com a sobrinha (D. Maria II), a respeitar a Carta Constitucional de 1826 e a governar como regente até D. Maria II ter idade para ser ela a governar.

D. Miguel "esqueceu-se" do compromisso assumido, assumindo-se antes como rei absoluto. Começou a perseguição aos liberais (os "malhados"). Muitos liberais fugiram para o estrangeiro, muitos outros foram presos, outros foram mortos.

Vítima dessa perseguição absolutista, Pedro de Mello Breyner foi preso no forte de S. Julião da Barra, onde viria a morrer, mal tratado, doente e com falta de cuidados, perto do Natal de 1831.
Nas imagens, o Forte de S. Julião da Barra, onde muitos liberais estiveram presos no reinado de D. Miguel: perspectiva do seu interior e vista aérea sobre o forte.


Nesse ano (1831), um jovem nascido em 28 de Março de 1810, de seu nome Alexandre Herculano, liberal defensor da Carta Constitucional, esteve envolvido na revolta do Regimento n.º 4 de Infantaria de Lisboa contra o governo de D. Miguel. O levantamento falhou, mas Alexandre Herculano conseguiu fugir para Inglaterra e depois para França.
Em 1832, integrou a expedição militar de D. Pedro IV, saindo dos Açores e desembarcando na praia de Arnosa de Pampelido (hoje também chamada Praia da Memória).
Após o desembarque liberal, ainda na praia, D. Pedro IV entregou o estandarte do seu exército a um soldado veterano que com ele vinha na expedição: Tomás de Mello Breyner. Ele seria, a partir de então, o porta-estandarte das forças liberais.

A entrega do estandarte por D. Pedro IV a
Tomás de Mello Breyner (de joelho em terra)


25 de março de 2011

Alexandre Herculano e Sophia de Mello Breyner (1)

Esta semana decorreu na nossa escola a Semana da Leitura.
Calhou-me acompanhar a Turma do 6.º 4 à Biblioteca, quando a outra turma presente na sessão era o 6.º 6.
O acaso (para mim) fez com que alunos do 6.º 4 tivessem preparado uma biografia de Sophia de Mello Breyner e a leitura de alguns dos seus poemas e alunos do 6.º 6 tivessem feito a leitura de pequenos textos de Alexandre Herculano.


Que relação pode haver entre Alexandre Herculano e Sophia de Mello Breyner, para além dos dois serem escritores/poetas?
Quando a poeta nasceu (ela detestava que lhe chamassem poetisa!) já Herculano morrera há mais de 40 anos.
Mas, indirectamente, acaba por haver uma ligação familiar interessante e há algumas coincidências nas suas vidas.
Além disso, Alexandre Herculano está directamente envolvido na história da época que acabámos de estudar: a segunda metade do século XIX. E, imaginem, em sua casa conspirou... "aquele gajo"!

Na próxima 2.ª feira, dia em que Alexandre Herculano faria anos (201 anos!), vamos descobrir essas ligações e um pouco mais.

24 de março de 2011

Ficha de Avaliação

Na barra lateral esquerda podem encontrar informação sobre os conteúdos que serão objecto da próxima Ficha de Avaliação e sobre o que devem saber.

Qualquer questão, qualquer dúvida poderá ser remetida para a caixa dos comentários ou para o endereço carloscarrasco9@gmail.com

23 de março de 2011

Os novos meios de comunicação no século XIX

O Daniel (6.º 6) fez um pequeno trabalho sobre os novos meios de comunicação no século XIX.

Pode ser visto aqui

Revolução Industrial

A Revolução Industrial começou na Inglaterra, no século XVIII.
A Inglaterra foi a pioneira da Revolução Industrial por muitos factores, como por exemplo :
  • possuía grandes reservas de carvão mineral no seu subsolo, ou seja, a principal fonte de energia para movimentar as máquinas e as locomotivas a vapor;
  • possuía grandes reservas de minério de ferro, a principal matéria-prima utilizada nesse tempo;
  • a burguesia que tinha dinheiro suficiente para financiar as fábricas e contratar empregados.

No século XVIII houve um grande salto tecnológico. As máquinas a vapor, principalmente os gigantes teares, mas o problema era que as máquinas substituíam o homem fazendo assim milhares de desempregados; mas, por outro lado, o preço das mercadorias baixou e o ritmo da produção acelerou.

Nas fábricas, o ambiente de trabalho era mau e as condições também . Os salários recebidos pelos trabalhadores eram muito baixos e estes trabalhavam 18 horas e levavam castigo dos patrões.

Alícia, 6.º 10

18 de março de 2011

"Aquele gajo" está com vírus!

Há umas aulas atrás, a propósito da Regeneração, o Bruno D. (6.º 6) referiu-se ao Marechal Saldanha como "o gajo". Não é muito apropriado, não é o termo mais adequado (ironizemos um pouco), foi um deslize de linguagem. Deu para brincar um pouco na aula, mas o que é certo é que, para o 6.º 6, o Marechal Saldanha, agora, é... "Aquele gajo".
Vantagem desta situação: toda a turma não se esquecerá do Marechal Saldanha.
Aproveitei para pedir ao Bruno que fizesse uma pequena biografia dessa figura importante do liberalismo português.
O Bruno veio com o texto, satisfeito. Deu-me a pen para passar o ficheiro e... eis que a pen estava com um vírus que apaga ou esconde os ficheiros que se encontram dentro de pastas. Azar!
Agora, para o 6.º 6, o Marechal Saldanha, "Aquele gajo", está com vírus!

17 de março de 2011

Fontes Pereira de Melo - Biografia

António Maria de Fontes Pereira de Melo nasceu em Lisboa, a 8 de Setembro de 1819, e morreu na mesma cidade, em 22 de Janeiro de 1887.

Foi um dos principais políticos portugueses da segunda metade do século XIX. Era filho de João de Fontes Pereira de Melo, governador de Cabo Verde por duas vezes. António Maria foi eleito deputado pelas ilhas de Cabo Verde, o início de uma brilhante carreira política.
Depois de um período de agitação política que marcou a primeira metade do século XIX, teve início, em 1851, uma nova etapa da monarquia constitucional portuguesa. Esse período foi chamado de Regeneração, pois os governos tentaram recuperar o atraso em que Portugal vivia relativamente a outros países da Europa, modernizando o governo e desenvolvendo as actividades económicas.

No primeiro governo da Regeneração foi criado o Ministério das Obras Públicas, do qual Fontes Pereira Melo se encarregou.
Com Fontes Pereira de Melo aumentou o número de estradas, construiu-se o primeiro troço dos caminhos-de-ferro, que ligava Lisboa ao Carregado, iniciou-se a construção de outras duas linhas (Vendas Novas e Sintra) e montou-se a primeira linha telegráfica.
Além dessas obras, iniciou a revolução dos transportes e das comunicações, inaugurando carreiras regulares de barcos a vapor, os serviços postais e as redes telefónicas.
A sua política de promoção das obras públicas ficou conhecida como o fontismo.

Tiago Nuno (6.º 6)

D. Fernando II

O seu nome completo era Fernando Augusto Francisco António de Saxe-Coburgo-Gota-Koháry. Nasceu a 29 de Outubro de 1816, em Viena, na Áustria.

Foi Príncipe e mais tarde o Rei Consorte de Portugal pelo seu casamento com a Rainha D. Maria II, em 1836.
De acordo com as leis portuguesas, D. Fernando tornou-se Rei de Portugal após o nascimento do primeiro Príncipe, mais tarde designado por D. Pedro V.
D. Fernando foi regente do reino por quatro vezes: durante as gravidezes de D. Maria II, depois da morte de sua esposa em 1853 e quando o seu segundo filho, o rei D. Luís I, e a rainha D. Maria Pia de Sabóia se ausentaram de Portugal para assistirem à Exposição de Paris, em 1867.
D. Fernando II faleceu a 15 de Dezembro de 1885, com 69 anos de idade e ficou conhecido na História de Portugal como “O Rei - Artista” porque sempre que podia, evitava a política e dedicava-se às artes, de que tanto gostava.




Foi D. Fernando que mandou construir o Palácio da Pena, em Sintra, de acordo com o estilo romântico dos palácios alemães.

Catarina (6.º 6)

Desafio n.º 2 - Análise da árvore genealógica de D. Maria II a D. Manuel II

Respostas do Triângulo A do 6.º 10 (Alícia, Ana Carolina e Ana Rita) ao desafio n.º 2:

1 - Quantos filhos tiveram D. Maria II?
D. Maria teve onze filhos.
2 - Quantos morreram sem terem chegado a completar um ano de vida?
Sem completarem um ano de vida, morreram quatro filhos.
3 - Sabendo que em 1861 alguns dos seus filhos foram vitimados por uma tifóide, quantos morreram dessa epidemia?
Em 1861, morreram três filhos vitimados por uma tifóide.
4 - Do conjunto dos filhos de D. Maria II, quais foram reis?
Do conjunto dos filhos de D. Maria II, os que foram reis foram D. Pedro V e D. Luís.
5 - Quantos dos seus filhos (ou filhas) chegaram a viver no século XX?
Dos seus filhos (ou filhas) chegaram a viver no século XX, uma filha (D.Antónia).
6 - Quantos filhos teve D. Pedro V?
D. Pedro V não teve filhos.
7 - Em que ano D. Luís começou a governar?
D. Luís começou a governar no ano 1861.
8 - O erro que a árvore apresentava falseou a resposta.
9 - Escreve, por ordem, os últimos 5 reis de Portugal.
D. Maria II, D. Pedro V, D. Luís, D. Carlos e D. Manuel II.
10 - O erro assinalado em 8 não permitia que a resposta fosse correcta.

O erro era a data do nascimento e da morte de D. Augusta Vitória, tendo sido corrigido depois de ter recebido as respostas ao desafio n.º 2.

O coração de D. Pedro IV

Respostas da Ana Rita (6.º 10) ao desafio n.º 1:

3 - D. Pedro IV morreu, foi sepultado no panteão dos monarcas da dinastia de Bragança, em S. Vicente de Fora (Lisboa), mas, onde está o seu coração?

O coração de Pedro IV situa-se na Igreja da Lapa no Porto. Na capela-mor da Igreja da Lapa encontra-se, por trás duma pesada porta de bronze, o coração de D. Pedro IV oferecido à cidade pela viúva a Imperatriz D. Amélia de Beauharnais, cumprindo o desejo do marido. De 4 em 4 anos a porta é aberta, por funcionários da Câmara Municipal do Porto, de modo a poder substituir o líquido na jarra em que o coração está inserido.

D. Miguel - o exílio e a pensão

Respostas da Ana Rita (6.º 10) ao desafio n.º 1:

2 - D. Miguel ficou com direito a uma pensão. Chegou a recebê-la?

Parte para o exílio, em Julho de 1834, tendo pernoitado pela última vez em solo português na vila alentejana de Alvalade. Já ao largo da Baía de Cascais, D. Miguel denuncia a Concessão, afirmando que também esta fora firmada sob coacção. Ao fazê-lo, perde voluntariamente o direito à pensão vitalícia que Portugal ficara obrigado a pagar-lhe nos termos daquele acordo, não lhe restando, a partir de então, qualquer fortuna pessoal, visto que já mandara entregar as suas jóias ao irmão, como contribuição para o esforço de reconstrução do País após a guerra. Passou a viver da boa vontade do Papa e dos seus partidários.
A oferta do seu tesouro pessoal para ajudar na reconstrução de Portugal suscitou a D. Pedro IV o comentário emocionado: "Isto são mesmo coisas do mano Miguel".

D. Miguel - exílio e descendência

Respostas da Ana Rita (6.º 10) ao desafio n.º 1:

1 - Para onde seguiu D. Miguel no seu exílio?

D. Miguel viveu o resto de sua vida na Alemanha, onde casou e constituiu família. A sua esposa foi a Princesa Adelaide de Löwenstein-Wertheim-Rosenberg, que lhe deu seis filhas e um filho, Miguel, Duque de Bragança. O actual pretendente ao trono português, D. Duarte Pio, Duque de Bragança, é bisneto, por legítima varonia, de D. Miguel I.

Comunicações - Telefone

Regra geral, considera-se Alexander Graham Bell como o inventor do telefone, mas uma pesquisa mais atenta deixa-nos perceber que Antonio Meucci é, muito possivelmente, o seu verdadeiro inventor.

Mas isso são outras histórias. Aqui, interessa-nos o início do seu uso em Portugal.

As primeiras experiências de telefone, em Portugal, iniciaram-se em 1877. As linhas telegráficas foram aproveitadas para a montagem do serviço de telefone.
A primeira rede pública foi inaugurada a 26 de Abril de 1882, em Lisboa.

Conta-se que, em Março de 1884, estando de luto pela morte da sua irmã D. Maria Ana, o rei D. Luís não quis deixar de ouvir a ópera Lauriane, do compositor português Augusto Machado, que dedicara essa obra ao rei. A companhia de telefones montou uma linha entre o Teatro Nacional de São Carlos e o Palácio da Ajuda. Assim, o rei D. Luís terá ouvido a ópera... por telefone!

No fim, o rei enviou ao compositor a seguinte mensagem: "Parabéns pelo seu triunfo. Assim que puder ir ao teatro, irei aplaudi-lo!".

Na margem esquerda, telefone de parede (1888-89). Ao centro, telefone de mesa (1892).

 
A primeira lista telefónica da cidade de Lisboa teria... 23 números. Mas o tempo se encarregaria, rapidamente, de fazer aumentar esse número.

16 de março de 2011

Comunicações - Telégrafo

Os telégrafos são aparelhos usados na transmissão de mensagens a partir de códigos. Foram muito importantes na modernização das comunicações.
O primeiro protótipo funcional de um telégrafo foi construído em 1835, por Samuel Morse. O código de sinais que tem o nome do seu inventor – código Morse – baseava-se num sistema de pontos e traços, ficou pronto a ser utilizado em 1838.

A primeira linha telegráfica, entre as cidades de Baltimore e Washington (EUA), foi terminada em 1844. A partir dessa data as linhas telegráficas espalharam-se pelo mundo.

(Se clicarem sobre a imagem, poderão ver o telégrafo a funcionar. Que mensagem chegou?)











Telégrafos que os alunos do 6.º 6 tiveram oportunidade de observar na visita de estudo a Palmela

A inauguração das primeiras linhas em Portugal aconteceu em 1856, entre o Terreiro do Paço e as Cortes (Parlamento) e entre o Palácio das Necessidades (residência real) e Sintra (onde a família real passava férias). No ano seguinte foram abertos ao público os serviços telegráficos.


Em 1878 todo o território português estava coberto por uma rede telegráfica.

Comunicações - Correio

Ainda sobre as comunicações, há algumas curiosidades que serão de referir.

No início do século XIX já era entregue correio em todas as capitais de distrito de Portugal. As viagens demoravam:
  • Lisboa a Coimbra - 1 dia e 23 horas
  • Lisboa a Faro - 2 dias e 3 horas
  • Lisboa ao Porto - 3 dias
  • Lisboa a Bragança - 4 dias e 2 horas
À chegada da mala-posta com o correio, era afixada uma lista dos destinatários das cartas ou encomendas postais.

A partir de 1805, é aos correios que se deve o início da afixação de nomes nas ruas e de números nas portas das casas.

No início deste século XIX, inicia-se a distribuição domiciliária de correio em Lisboa e arredores, pelos “Carteiros”.

Em 1821 foram implantados os primeiros marcos de correio na via pública.

Em 1853 apareceu o primeiro selo de correio, no valor de 5 Reis.


Foi com Fontes Pereira de Melo que se efectuou uma grande reforma no serviço dos correios.

Sobre os correios em Portugal, encontramos muitas informações, no site da Fundação Portuguesa das Comunicações, nomeadamente muitas imagens curiosas.
Quem visitou o Museu das Comunicações há pouco tempo foi o Pedro (6.º 10). E teve a amabilidade de me trazer folhetos.

Pôr "isto" em dia

"Isto" está um pouco atrasado!

Já passámos, na segunda metade do século XIX, pelas mudanças nos transportes, nas comunicações e no ensino.
Falámos mais dos transportes.
O Daniel (6.º 6) quis falar nos novos meios de comunicação (telégrafo e telefone) e na modernização dos correios. Fez uma pequena apresentação sobre eles.
Ficarão mais umas “dicas” na próxima mensagem.
Passámos pela modernização da agricultura, pelo aumento de população e pelo fenómeno do êxodo rural. A propósito da população falámos nos censos, o que está muito actual.
Partiremos para o arranque industrial, tema do nosso novo cabeçalho.


Por lapso, não referi o texto que a Catarina (6.º 6) já tem sobre D. Fernando II, tal como não referi as biografias que o José Paulo está (estará mesmo?) a preparar sobre Columbano e Rafael Bordalo Pinheiro.

Entretanto, fomos objecto de referência: a Sebenta Editora, que tem o projecto de construir manuais escolares online e deu conta da existência do Historiando (v. comentário na mensagem anterior).
Obrigado pela atenção.
Também aqui fica um link, pois parece-me haver motivos bastantes de interesse para esta linkação.

9 de março de 2011

José Relvas - Desafio

O Pedro (6.º 6), mesmo em férias, estava atento. Já respondeu ao desafio sobre José Relvas.
Vamos ver se há mais atentos!

Não estão esquecidos:
- Um texto sobre a Revolução Industrial, da Alícia (6.º 10).
- Uma biografia de Fontes Pereira de Melo, do Tiago Nuno (6.º 6) - é preciso trabalhar o texto.
- As respostas aos desafios anteriores: Alícia, Ana Carolina e Ana Rita (6.º 10)

Está atrasado:
- Uma biografia do marechal Saldanha, do Bruno Daniel (6.º 6).
Qualquer dia estamos na República, e ainda anda o fantasma do Marechal a pairar por aqui.

8 de março de 2011

Era uma vez um Rei...

Deram-me a conhecer há pouco um site em que podem encontrar contada a história de alguns reis de Portugal. Neste momento será mais interessante o que tem a ver com os reinados de D. Maria II e D. Carlos. Pena que D. Pedro V e D. Luís não estejam contemplados.

Era uma vez um Rei...
História de Portugal para crianças – livros digitais:

http://cvc.instituto-camoes.pt/aprender-portugues/a-ler/era-uma-vez-um-rei.html
 


Dia Internacional da Mulher

Na primeira conferência internacional de mulheres, organizada pela Internacional Socialista, em 1910, na cidade de Copenhaga (Dinamarca), foi aprovada a proposta de instituição de um Dia Internacional da Mulher. 1911 terá sido o primeiro ano em que essa celebração teve lugar, embora a 19 de Março.


Há também referências a um primeiro Dia Internacional da Mulher celebrado a 28 de Fevereiro de 1909, nos Estados Unidos da América, em memória de uma greve de operárias da indústria têxtil contra as más condições de trabalho.


A data de 8 de Março aparece associada, erradamente ou não, a vários acontecimentos que poderiam justificar esta data como a mais significativa para comemorar o Dia da Mulher.
8 de Março foi, então, a data escolhida pelas Nações Unidas, em 1975 (Ano Internacional da Mulher), para se celebrar o Dia Internacional da Mulher.



É possível que venhamos a falar desses acontecimentos, uma vez que a celebração do Dia da Mulher está associada a uma maior participação da mulher na vida económica, nomeadamente com o trabalho fabril nas cidades, e às reivindicações pelos seus direitos e por melhores condições de trabalho, numa época em que os salários das mulheres era bem inferiores aos dos homens. 

Dia de Carnaval e Dia Internacional da Mulher

Por coincidência de calendário, comemora-se hoje o Carnaval e o Dia Internacional da Mulher.


A origem do Carnaval perde-se no tempo. A comemoração do Dia da Mulher tem 100 anos, mas a sua origem também tem várias versões.

Do Carnaval se diz que épocas houve em que as partidas chegavam a ser violentas e "pouco higiénicas", como quando os baldes de água (nem sempre limpa) se despejavam sobre quem passava e se atirava sobre os transeuntes tudo o que encontrava no caixote do lixo: folhas de couve, cascas de batata, ossos, espinhas, etc..


O uso de máscaras, por sua vez, remonta pelo menos à primeira metade do século XVII, mas D. João II (2.ª metade do séc. XV) terá aparecido mascarado para comemorar o casamento do seu filho. Um alvará de 20 de Agosto de 1649 proibia o uso das máscaras nas igrejas. Antes, o seu uso fora objecto de perseguição por parte do Tribunal da Inquisição.  

5 de março de 2011

A 5 de Março aconteceu

A 5 de Março de 1858, nasceu José Relvas.
Para ver se estão atentos, mesmo em férias de Carnaval, espero que um de vocês me diga quem foi José Relvas.



No mesmo dia, mas em 1974, reuniram em Cascais, 200 oficiais dos três ramos das Forças Armadas Portuguesas (exército, marinha e força aérea), os quais aprovaram os objectivos gerais do que viria a ser o programa do Movimento das Forças Armadas.
O 25 de Abril estava a ser preparado.

Placa que assinala a casa onde se reuniram os oficiais,
a 5 de Março de 1974, em Cascais


1 de março de 2011

Aniversário do Benfica

Tenho andado com o tempo tão ocupado nestes dias que nem assinalei o aniversário do Benfica.
Foi ontem e foram 107 anos.

Fica aqui uma fotografia "actual" da equipa... de 1908. Ainda Portugal era uma monarquia... Constitucional.



HGP - 6.º 10 - Aulas

Hoje, a aula do 6.º 10 foi diferente (para melhor), relativamente ao comportamento. A última (6.ª feira) tinha sido francamente má.
Foi uma aula em grande parte de conversa sobre questões de comportamento, do relacionamento com os outros e das atitudes perante o trabalho.
Não bastam os bons resultados das fichas. É preciso que os alunos cresçam como pessoas. E isso não se está a revelar fácil para alguns.
Que a meia hora de conversa de hoje represente um ganho de tempo no futuro. Ou foi tempo perdido...

O papel do ensino da História (ou o problema de satisfazer gregos e a troianos)

Na turma do 6.º 6 há um conjunto de alunos que gosta de abordar questões da actualidade: a partir de conteúdos do programa de HGP, questiona a realidade, fazendo a ponte entre o passado e o presente.
Gosto que isso aconteça e sou tentado a entrar em diálogo com eles. É uma forma de estimular o pensamento e o interesse desses alunos. Nós, professores, que tanto nos queixamos que os alunos são desinteressados e não gostam de pensar... porque devemos desperdiçar uma oportunidade destas?

O problema é o resto da turma. Na última aula, a Daniela M. foi sincera: para ela, essas conversas são uma "seca". Outros pensarão o mesmo, mas não o dizem.
Como explicar a estes alunos que a disciplina de HGP pode ser importante para os ajudar a compreender o mundo dos nossos dias? Será esse o seu maior contributo para a formação dos jovens.
Muitos nomes, muitas datas, muitos acontecimentos serão esquecidos (sem grandes perdas, acrescente-se), mas aquilo que for "incorporado" na capacidade de ler a vida... é ganho.

Ainda bem que há alunos curiosos, que interrogam o quotidiano, que se interessam pelo que os rodeia, que não se satisfazem com o manual da disciplina.
Mas também tenho de compreender que outros não têm as mesmas características e que nessas conversas se sentem perdidos, por falta de referências, de links entre os assuntos, de interesse por essas questões. O programa e o manual é que os orienta.
Não posso perder uns nem os outros. Às vezes, tentar manter este equilíbrio não é fácil.