Na turma do 6.º 6 há um conjunto de alunos que gosta de abordar questões da actualidade: a partir de conteúdos do programa de HGP, questiona a realidade, fazendo a ponte entre o passado e o presente.
Gosto que isso aconteça e sou tentado a entrar em diálogo com eles. É uma forma de estimular o pensamento e o interesse desses alunos. Nós, professores, que tanto nos queixamos que os alunos são desinteressados e não gostam de pensar... porque devemos desperdiçar uma oportunidade destas?
O problema é o resto da turma. Na última aula, a Daniela M. foi sincera: para ela, essas conversas são uma "seca". Outros pensarão o mesmo, mas não o dizem.
Como explicar a estes alunos que a disciplina de HGP pode ser importante para os ajudar a compreender o mundo dos nossos dias? Será esse o seu maior contributo para a formação dos jovens.
Muitos nomes, muitas datas, muitos acontecimentos serão esquecidos (sem grandes perdas, acrescente-se), mas aquilo que for "incorporado" na capacidade de ler a vida... é ganho.
Ainda bem que há alunos curiosos, que interrogam o quotidiano, que se interessam pelo que os rodeia, que não se satisfazem com o manual da disciplina.
Mas também tenho de compreender que outros não têm as mesmas características e que nessas conversas se sentem perdidos, por falta de referências, de links entre os assuntos, de interesse por essas questões. O programa e o manual é que os orienta.
Não posso perder uns nem os outros. Às vezes, tentar manter este equilíbrio não é fácil.
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