25 de Abril de 1974

30 de novembro de 2016

Caçadores-recoletores / Agropastoris - o vestuário

Vestuário


Caçadores-recoletores



Cobriam-se com peles de animais.

Agropastoris


Já vestiam peças de roupa feitas com tecidos de lã e de plantas, como o linho.
Essas Esses tecidos eram obtidos pelo processo de tecelagem.


Caçadores-recoletores / Agropastoris - a alimentação

Alimentação


Caçadores-recoletores


















Alimentavam-se da carne dos animais que caçavam, dos peixes que pescavam e de outros alimentos que recolhiam da natureza.

Agropastoris




Alimentavam-se, sobretudo, dos produtos agrícolas que cultivavam, da carne dos animais que criavam.

Depois, houve os produtos derivados:
Dos cereais (e de bolotas) aprenderam a fazer pão, o qual se tornou central na alimentação.
Do leite podiam fabricar queijo e manteiga.
Das uvas aprenderam a fazer vinho e da fermentação de cereais a cerveja.

As transformações provocadas pela transição de uma economia recoletora para uma economia produtora levaram a uma alteração importante do modo de vida do Homem: as comunidades de caçadores-recoletores eram nómadas, as comunidades agropastoris eram sedentárias.


25 de novembro de 2016

Viver na Pré-História...

Hoje, desenvolvemos várias sessões sobre o modo de vida numa aldeia pré-histórica, atividade dinamizada por técnicos do Centro de Arqueologia de Almada.

Grupos de alunos do 5.º ano passaram pela experiência de serem... pré~históricos: fizeram lanças, caçaram com arco e flecha, fizeram tecelagem, tentaram fazer fogo e outras ações que os nossos antepassados longínquos desenvolviam.

Divertiram-se - pena que não pudesse ter sido para todos! - e aprenderam (estamos nós convencidos!).







No final, saíram satisfeitos e a quererem repetir. Mas isso... Temos de sair da pré-história!

Houve quem dissesse, referindo-se à vida dos nossos antepassados, "Não era assim tão fácil, stôr!"
Também houve quem dissesse "Esta vida é tão boa!". Mas penso que se estava a referir a esta atividade!


Está montada a gruta!

Num trabalho conjunto HGP/Ed. Visual/Ed. Tecnológica, o 5.º A montou a tenda gruta!

Qual Altamira ou Lascaux!...
Se o Ministério da Cultura sabe, ainda nos vamos candidatar a ser Património da Humanidade!
As pinturas rupestres são de primeira qualidade, como já vimos.




21 de novembro de 2016

O regresso dos pintores rupestres!...

Na Paulo da Gama, artistas de palmo e meio mas de mão cheia fazem-nos regressar ao tempo das cavernas!
Os alunos da turma do 5.º A, num trabalho interdisciplinar - HGP e Ed. Visual -, fluíram "através da arte primitiva... felizes por conseguirem reproduzir o que, durante milhares de anos, o tempo não destruiu... voltar às raízes... da garatuja do desenho..." (M.ª Cristina Araújo).










19 de novembro de 2016

Museu do Ouro de Sabará (Minas Gerais)

No final do século XVII, o açúcar brasileiro começou a ter a forte concorrência do açúcar produzido nas colónias holandesas.
Pela mesma época, com as expedições dos chamados "bandeirantes" começaram a ser encontradas minas de ouro no interior do território brasileiro - Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás.

Essa descoberta provocou a "corrida ao ouro" - todos queriam partir para as regiões auríferas, com o sonho de enriquecerem - o que não aconteceu com muitos!
Mas o ouro tornou-se, na primeira metade do século XVIII, a mais importante fonte de rendimento da coroa portuguesa.


No Brasil, numa das zonas onde o ouro foi mais explorado, foi criado o Museu do Ouro de Sabará (Minas Gerais). 

Este Museu disponibiliza um vídeo muito interessante em que se aborda essa exploração e a forma como os reis de Portugal, sobretudo D. João V, a procuraram controlar, com o objetivo de cobrar o imposto - o quinto - sobre o ouro extraído.


O ouro do Brasil e a cobrança do quinto do rei



Geralmente, refere-se a chegada do ouro do Brasil aos cofres de D. João V e destaca-se aquilo que esse ouro permitiu: uma série de empreendimentos grandiosos e o apoio à produção de obras de arte de uma forma que para os outros reis de Portugal foi impossível.

Palácio e Convento de Mafra
Capela Real de S. João Batista - Igreja de S. Roque (Lisboa)

Uma historiadora brasileira chama a atenção para um problema que se levantava: como é que o rei podia cobrar o quinto - imposto de 20% sobre o ouro descoberto - que lhe era devido pelas regras definidas?

«É preciso lembrar que a política colonial em relação ao Brasil neste reinado foi dominada por uma questão: como cobrar os quintos do ouro e das pedras preciosas, nomeadamente dos diamantes, da maneira mais eficaz, sem permitir os descaminhos que desfalcavam a Fazenda Real de grande parte da riqueza que lhe era devida? Esta questão foi objecto de inúmeros pareceres e discussões, ocupou constantemente o Conselho Ultramarino, até o rei se decidir a adoptar um sistema de cobrança que se propunha diminuir as fraudes e permitir-lhe um rendimento de acordo com a riqueza tirada das áreas de mineração (...)»


Brasil - Áreas em que foram descobertas minas de ouro



Este problema foi motivo de discussão e de várias reformas durante todo o período de exploração do ouro brasileiro.
«D. João V continuava achando que a crescente produção mineira daria maior contribuição aos seus cofres e, pela lei de 11 de Fevereiro de 1719, determinou que (...) para a arrecadação dos seus quintos se erguessem Casas de Fundição nas Minas, nas quais seria reduzido a barras todo o ouro extraído, cobrando-se nelas o que se lhe devia.»
Os mineiros reclamavam contra as Casas de Fundição e o pagamento do quinto, argumentando que o trabalho de extracção era difícil e que a aquisição de escravos era muito dispendiosa. Houve várias revoltas contra o chamado "quinto dos infernos".



«Ouro clandestino era escondido em caixas de açúcar e no próprio navio, a ponto do governador do Rio de Janeiro escrever ao rei em Julho de 1730: “Se Vossa Majestade pagasse os navios e a carga para descobrir o ouro, desfazendo os navios e abrindo a carga, lucraria a sua Real Fazenda 500%”.»
Maria Beatriz Nizza da Silva, 

D. João V e a cobrança dos quintos do ouro em Minas Gerais

E por muito que o rei fizesse ou quisesse fazer, muito ouro fugiu ao seu controlo.


12 de novembro de 2016

Historiando no facebook

Nem sempre é possível partilhar aqui algumas notícias, filmes e outras "novidades" que vão surgindo na net.
Essa partilha é, frequentemente, mais fácil no facebook.
Por isso, foi criada uma conta do Historiando - Paulo da Gama no fb.

Visitem-nos!



7 de novembro de 2016

300 anos do Patriarcado de Lisboa

A 7 de novembro de 1716, uma bula do Papa Clemente XI criou o Patriarcado de Lisboa.

Papa Clemente XI

O título era uma honra para o clero português e para o rei D. João V, que há muito procurava essa distinção, querendo transformar Lisboa numa nova Roma.

D. João V

No século XVIII, Portugal era importante para a Cristandade, pois o território português estendia-se pelo Brasil, pela costa africana e, ainda, pelo Oriente, onde o Papa tinha confiado a evangelização aos reis de Portugal (e, por isso, aos missionários portugueses).
O ouro que, no início desse século, chegava do Brasil permitia ao rei D. João V sonhar com projetos e obras grandiosos.

Um dos coches da embaixada ao Papa (Museu dos Coches)

Em julho de 1716, D. João V enviou uma grande embaixada a Roma, uma das mais faustosas de todos os tempos, que incluía cinco grandes coches temáticos, para obter algumas prerrogativas para a Igreja Portuguesa, nomeadamente, a elevação da capela real do Paço da Ribeira à categoria de igreja patriarcal.
Foi nessa ocasião que D. João V prometeu o envio de uma armada portuguesa para suster o avanço do Império Otomano no Mar Mediterrâneo, o que se confirmou em 1717*.
Era uma ação política com o objetivo de prestigiar Lisboa.

D. Tomás de Almeida, 1.º Cardeal Patriarca de Lisboa
Com tamanho empenho e persistência do monarca português, o Papa iria satisfazer a sua vontade: Lisboa ganhou um patriarcado e uma igreja patriarcal - a antiga capela do Paço Real, que seria posteriormente transformada por obras monumentais.
Na Ribeira concentrava-se o poder político e o poder religioso.

Igreja Patriarcal (reconstrução virtual)

O terramoto de 1 de novembro de 1755 deitaria por terra o Paço Real e a Igreja Patriarcal.

Ruínas da Praça da Patriarcal


* Batalha de Matapão, perto da costa grega, em que a armada portuguesa teve um papel decisivo na derrota dos turcos, travando a pressão destes no Mar Mediterrâneo.


27 de outubro de 2016

Ficha de Avaliação - Turmas 5.º D, 5.º E e 5.º H

Os alunos das turmas 5.º D, 5.º E e 5.º H encontram aqui os objetivos da primeira ficha de avaliação de História e Geografia de Portugal.

A forma como são apresentados pretende ser uma ajuda de orientação do estudo.
Se os alunos imprimirem as folhas do documento, têm um quadrado antes de cada objetivo. Nesse quadrado pode ser assinalado se o aluno pensa já ter adquirido esse conhecimento.
Em relação aos objetivos não assinalados - aqueles que ainda não estarão adquiridos -, os alunos poderão colocar as dúvidas nas aulas antes da ficha.
Caso já não tenham mais aulas até ao dia da ficha, podem colocar as dúvidas por mail - carloscarrasco9@gmail.com

Bom estudo!


26 de outubro de 2016

Exercícios aconselhados para as turmas do 5.º ano

Agora que se aproxima a primeira ficha de avaliação, e porque será muito útil a realização destes exercícios, deixo aqui o conselho aos meus alunos do 5.º ano: façam-nos!
Qualquer dúvida pode ser enviada para: carloscarrasco9@gmail.com

Ficha 2 - 1 - pág. 9

Ficha 2 - 2 - pág. 10

Ficha 3 - 1 - pág. 11

Ficha 3 - 2 - pág. 12

Ficha 4 - 1 - pág. 13


25 de outubro de 2016

A chegada das armas de fogo ao Japão

Nas primeiras aulas do 6.º ano, recuperando temas do 5.º ano, falei da chegada dos portugueses ao Japão e da história da introdução das armas de fogo nesse arquipélago.

O Francisco achou interessante e quis contar essa história.

«A chegada dos Portugueses ao Japão terá acontecido de forma ocasional. 
Três portugueses (um deles de nome António Mota) terão chegado num junco à praia de Tanegashima em 1542 ou 1543.
Até então, apenas se tinha conhecimento do Japão através das descrições de Marco Polo, um mercador, embaixador e explorador Veneziano (1254-1324).

O encontro destas duas diferentes culturas foi marcado por um intercâmbio de objetos, conhecimentos, hábitos e palavras.
Os portugueses que c
hegaram ao Japão levavam armas de fogo – espingardas chamadas "de fecho de mecha" - que os japoneses desconheciam. 
O chefe da ilha japonesa, Tanegashima Tokitaka (1528-1579), comprou duas espingardas aos Portugueses e contratou um fabricante de espadas, um artesão chamado Yaita, para copiar o sistema de disparo.
Como o artesão teve dificuldades em copiar esse sistema, os Portugueses ficaram na ilha durante cerca de um ano, e chamaram um ferreiro para resolver aquele problema. 
Em dez anos, terão sido fabricadas mais de 300 armas. 
A espingarda mudou a história do Japão.»
Francisco Moreira (6.º D)



25 de outubro na História de Portugal

Em 1147, foi o dia da entrada solene de D. Afonso Henriques na cidade de Lisboa, depois da conquista desta cidade.


Em 1495, neste mesmo dia, morreu o rei D. João II.
Tendo falecido já o seu filho, o príncipe D. Afonso, sucedeu-lhe no trono o cunhado e primo (conseguia ser as duas coisas em simultâneo!), D. Manuel I.



23 de outubro de 2016

A vegetação natural da Península Ibérica/de Portugal Continental

O relevo, o clima e o tipo de solo influenciam o tipo de vegetação natural.

«Antes das devastações produzidas pelo ser humano, estava o território português coberto de densas matas. Ao norte do Mondego e nas montanhas da Beira, predominavam as árvores de folha caduca (...). No Sul havia bosques mediterrâneos de folhas sempre verdes. (...) Esta vegetação não desapareceu por completo (...).»

A ação humana tem alterado a cobertura vegetal.
Na Península Ibérica, quanto à distribuição da vegetação, podem distinguir-se duas áreas: a Ibéria húmida (norte, noroeste) e a Ibéria seca (sul, este e sudeste).

«(...) marcaram-se as grandes áreas de dominância das espécies mais importantes. O pinheiro bravo cobre todo o Oeste atlântico até ao Sado; arvoredos de folha caduca, especialmente carvalhais e soutos, predominam nas terras altas e interiores (...). O domínio contínuo de espécies de folha perene - sobreiro e azinheira - começa um pouco ao sul do Tejo, a oeste, e ao norte dele, a leste.
O pinheiro manso não se afasta muito do litoral; os seus povoamentos (...) adquirem grande importância na Península da Arrábida, no baixo Tejo e vale do Sado e na costa algarvia.»

Orlando Ribeiro, Portugal, o Mediterrâneo e o Atlântico (adaptado)

carvalhais - conjuntos de carvalhos; soutos - conjuntos de castanheiros.

Fiz uma tentativa de transposição (simplificada) da informação consultada para um mapa.
Não desgostei do resultado...



A vegetação natural de Portugal

A informação disponível sobre o tema da vegetação natural da Península Ibérica (e de Portugal, em especial), nos manuais escolares de HGP, é muito díspar.
Dos mapas apresentados com a distribuição das espécies... há grande variedade (e algumas incoerências, parece-me).

Também é verdade que "vegetação natural" não inclui aquela que foi introduzida por mão humana, pelo que a distribuição original das espécies pode não estar de acordo com os nossos mapas mentais de distribuição das espécies que conhecemos na atualidade.

O tema ocupa um espaço mínimo no programa - é quase irrelevante - e o nosso fraco conhecimento sobre ele ainda o remete mais para uma zona sombria.

Mas, procurando informação fidedigna (e com alguma coerência) descobrem-se coisas interessantes, como este trabalho do jornal Público on-line, de 2013.
Quem estiver interessado em aprofundar um pouco o seu conhecimento, encontra aqui informações fornecidas de uma forma simples e atrativa.
No ponto "Uma floresta sempre em mutação", encontra-se um quadro com a representação das principais espécies florestais de Portugal Continental.


Nesse artigo, se clicarmos em cima da imagem das árvores, encontramos um conjunto de dados sobre a espécie que selecionámos.

Foi desse trabalho que copiei as imagens que apresento a seguir.




A curiosidade de ver a evolução da ocupação do espaço florestal entre 1995 e 2010. O mais significativo, à primeira vista, é a perda de terreno por parte do pinheiro-bravo e a progressão da área ocupada pelo eucalipto (espécie que foi introduzida em Portugal ainda não há 200 anos).