25 de Abril de 1974
31 de dezembro de 2010
30 de dezembro de 2010
A fuga da família real para o Brasil (5)
«(...) na manhã de 27 de Novembro, o próprio D. João chegou às docas (...). [Dizia-se que o príncipe "enjoava de morte e que estava em pânico diante da perspectiva de uma travessia do Atlântico."] Por recomendação dos seus conselheiros, que receavam actos de violência, o príncipe regente deslocara-se para o porto numa carruagem não identificada, com o cocheiro vestido à paisana.
(...) o príncipe regente deixou instruções escritas sobre o tratamento a dar aos franceses quando chegassem à cidade. Deviam ser recebidos por uma assembleia de regência - o conselho de governadores - nomeada por D. João, que tinha ordens estritas para cooperar com Junot e aquartelar as suas tropas. (...)
A mulher de D. João, D. Carlota, chegou pouco depois numa carruagem menos discreta, de oito lugares, com os seus dois filhos, Pedro e Miguel, que tinha então seis anos, juntamente com criados e uma ama de leite para a Infanta Ana de Jesus, de onze meses. Chegaram depois mais coches com as suas outras cinco filhas (...)
A seguir chegou a mãe de D. João, a rainha D. Maria I, de setenta e três anos, que estava louca há mais de dez anos, e que era dada a ataques súbitos e irracionais. Quando o seu coche se aproximava das docas, diz-se que gritou: "Não vão tão depressa! Eles vão pensar que estamos a fugir!" Ao chegar ao porto, recusou-se a deixar a carruagem, forçando o capitão da frota real a tirá-la à força da cabina, levá-la ao colo pelo cais e depositá-la a bordo da galera que a esperava.»
Para o Brasil embarcavam 3 gerações da dinastia de Bragança.
Atenção: fixem os nomes dos dois filhos de D. João e de D. Carlota: Pedro e Miguel.
(...) o príncipe regente deixou instruções escritas sobre o tratamento a dar aos franceses quando chegassem à cidade. Deviam ser recebidos por uma assembleia de regência - o conselho de governadores - nomeada por D. João, que tinha ordens estritas para cooperar com Junot e aquartelar as suas tropas. (...)
A mulher de D. João, D. Carlota, chegou pouco depois numa carruagem menos discreta, de oito lugares, com os seus dois filhos, Pedro e Miguel, que tinha então seis anos, juntamente com criados e uma ama de leite para a Infanta Ana de Jesus, de onze meses. Chegaram depois mais coches com as suas outras cinco filhas (...)
A seguir chegou a mãe de D. João, a rainha D. Maria I, de setenta e três anos, que estava louca há mais de dez anos, e que era dada a ataques súbitos e irracionais. Quando o seu coche se aproximava das docas, diz-se que gritou: "Não vão tão depressa! Eles vão pensar que estamos a fugir!" Ao chegar ao porto, recusou-se a deixar a carruagem, forçando o capitão da frota real a tirá-la à força da cabina, levá-la ao colo pelo cais e depositá-la a bordo da galera que a esperava.»
Patrick Wilcken, Império à deriva
Para o Brasil embarcavam 3 gerações da dinastia de Bragança.
Atenção: fixem os nomes dos dois filhos de D. João e de D. Carlota: Pedro e Miguel.
29 de dezembro de 2010
A fuga da família real para o Brasil (4)
À meia-noite de 24 de Novembro de 1807, o oficial de diligências do príncipe D. João recebeu ordens deste «para começar a organizar o embarque da família real e dos dignatários do Estado. (...)
Quando chegou ao porto, descobriu que estava a fervilhar de funcionários públicos, trabalhadores das docas e uma multidão de mirones. Debaixo dos chuviscos daquela madrugada, chegavam agora carruagens de todos os cantos da cidade, abrindo caminho entre os caixotes, as bagagens e as barricas de água que enchiam o cais. (...)
Entretanto, as residências reais de Queluz e Mafra eram evacuadas. Os corredores de Mafra fervilhavam com criadas de copa, pagens e valetes que trabalharam toda a noite a desmantelar ornamentos do palácio, a despir a basílica de todo o ouro e prata e a carregar pinturas a óleo para o exterior sob a chuva de Outono. Daí, o recheio do mosteiro foi carregado em centenas de carruagens e transportado para o cais. O pessoal do palácio desfez a segunda residência principal da família real, Queluz, enfiando antiguidades, porcelanas, pratas e todos os valores móveis numa série ainda maior de coches.
Foi aqui que os outros membros da família real, D. Maria I, mãe de D. João, D. Carlota, e os seus oito filhos, se juntaram ao êxodo para o porto.
Embora os planos tenham sido pensados ao longo de vários meses, a evacuação rapidamente se desorganizou (...)»
Quando chegou ao porto, descobriu que estava a fervilhar de funcionários públicos, trabalhadores das docas e uma multidão de mirones. Debaixo dos chuviscos daquela madrugada, chegavam agora carruagens de todos os cantos da cidade, abrindo caminho entre os caixotes, as bagagens e as barricas de água que enchiam o cais. (...)
Entretanto, as residências reais de Queluz e Mafra eram evacuadas. Os corredores de Mafra fervilhavam com criadas de copa, pagens e valetes que trabalharam toda a noite a desmantelar ornamentos do palácio, a despir a basílica de todo o ouro e prata e a carregar pinturas a óleo para o exterior sob a chuva de Outono. Daí, o recheio do mosteiro foi carregado em centenas de carruagens e transportado para o cais. O pessoal do palácio desfez a segunda residência principal da família real, Queluz, enfiando antiguidades, porcelanas, pratas e todos os valores móveis numa série ainda maior de coches.
Foi aqui que os outros membros da família real, D. Maria I, mãe de D. João, D. Carlota, e os seus oito filhos, se juntaram ao êxodo para o porto.
Embora os planos tenham sido pensados ao longo de vários meses, a evacuação rapidamente se desorganizou (...)»
Patrick Wilcken, Império à deriva
Ano Novo, imagem nova
A preparar o novo período, coincidindo com o novo ano, procurei melhorar a imagem do blogue.
Penso que está mais arejado e limpinho.
As previsões meteorológicas que procurei inserir é que nem sempre têm estado a funcionar. Estão como o tempo: de chuva.
Fico à espera das vossas visitas.
Aproveitem bem os últimos dias de férias.
Penso que está mais arejado e limpinho.
As previsões meteorológicas que procurei inserir é que nem sempre têm estado a funcionar. Estão como o tempo: de chuva.
Fico à espera das vossas visitas.
Aproveitem bem os últimos dias de férias.
27 de dezembro de 2010
A fuga da família real para o Brasil (3)
A primeira invasão, comandada por Junot
«Em meados de Outubro [de 1807] chegaram mais más notícias: Junot (...) estava agora a dirigir-se a bom ritmo, através de Espanha, para Portugal.»
Mas como recorda o Barão de Marbot (do exército de Napoleão): «Junot entrou na Espanha a 17 de Outubro e mandou avançar as suas colunas por estradas que não tinham sido preparadas para as receber. Os nossos homens dormiam ao ar livre e só recebiam metade da ração. O Outono estava a chegar ao fim, as tropas atravessavam os Pirinéus, onde o clima é rigoroso e cedo a estrada ficou coberta de homens doentes e retardatários.»
«Sob um tempo atroz, Junot forçou o resto do exército a prosseguir a sua marcha através da península.»
Quando as tropas francesas passaram a fronteira de Portugal, foi enviado um emissário para tentar convencer Junot de que os ingleses estavam a ser expulsos de Portugal. O encontro foi junto ao rio Zêzere. O emissário «encontrou o exército invasor num estado deplorável, "miserável, com falta de tudo" e Junot atarefado a tentar requisitar calçado para os seus homens nas terras em volta. (...) Junot disse que tinha chegado para libertar Portugal dos britânicos.»
«Em meados de Outubro [de 1807] chegaram mais más notícias: Junot (...) estava agora a dirigir-se a bom ritmo, através de Espanha, para Portugal.»
Mas como recorda o Barão de Marbot (do exército de Napoleão): «Junot entrou na Espanha a 17 de Outubro e mandou avançar as suas colunas por estradas que não tinham sido preparadas para as receber. Os nossos homens dormiam ao ar livre e só recebiam metade da ração. O Outono estava a chegar ao fim, as tropas atravessavam os Pirinéus, onde o clima é rigoroso e cedo a estrada ficou coberta de homens doentes e retardatários.»
«Sob um tempo atroz, Junot forçou o resto do exército a prosseguir a sua marcha através da península.»
Quando as tropas francesas passaram a fronteira de Portugal, foi enviado um emissário para tentar convencer Junot de que os ingleses estavam a ser expulsos de Portugal. O encontro foi junto ao rio Zêzere. O emissário «encontrou o exército invasor num estado deplorável, "miserável, com falta de tudo" e Junot atarefado a tentar requisitar calçado para os seus homens nas terras em volta. (...) Junot disse que tinha chegado para libertar Portugal dos britânicos.»
Patrick Wilcken, Império à deriva
26 de dezembro de 2010
O Bolo Rei
Nesta época do ano, há um bolo que é muito popular em Portugal e está presente em quase todas as mesas de Natal – o Bolo Rei.
Ao pesquisar informações sobre o Bolo Rei, encontrei referências a um bolo idêntico que remontaria já à época do Império Romano.
Mas a maioria dos autores defende que o Bolo Rei terá surgido em França, no tempo de Luis XIV, para as festas do Ano Novo e do dia de Reis.
Na simbologia cristã, o Bolo Rei passou a significar os presentes dos Reis Magos ao Menino Jesus.
Em 1789, quando da Revolução Francesa, este bolo chegou a ser proibido, tendo mudado o nome por se viver um período em que os reis não eram bem queridos.
Em Portugal, foi na Confeitaria Nacional que se começou a confeccionar o Bolo Rei. Baltazar Rodrigues Castanheiro Filho, proprietário desta Confeitaria, fundada em 1829, na Praça da Figueira (Lisboa), trouxe de França a receita e, também, mestres confeiteiros que inovaram o fabrico dos bolos.
Cerca de 1870 ter-se-á começado a vender o Bolo Rei. Progressivamente, a sua moda difundiu-se por outras confeitarias lisboetas e pelo país.
Inicialmente, o Bolo Rei destinava-se à celebração dos Reis e, por isso, era confeccionado apenas na véspera do Dia de Reis, mas o êxito levou a que o seu consumo se estendesse a toda a quadra natalícia.
Com a Implantação da República em Portugal (1910), para não lembrar o regime monárquico, ainda passou a ter a designação de Bolo Nacional, Bolo de Natal ou Bolo de Ano Novo.
O Parlamento chegou a propor a alteração do nome do Bolo Rei para Bolo República. Também havia quem o quisesse designar por “Bolo Presidente” ou “Bolo Arriaga”(referência a Manuel de Arriaga, primeiro Presidente da República).
Com o tempo, a tradição prevaleceu e o Bolo Rei continua a ser... Bolo Rei.
Ao pesquisar informações sobre o Bolo Rei, encontrei referências a um bolo idêntico que remontaria já à época do Império Romano.
Mas a maioria dos autores defende que o Bolo Rei terá surgido em França, no tempo de Luis XIV, para as festas do Ano Novo e do dia de Reis.
Luís XIV, o "Rei Sol"
Na simbologia cristã, o Bolo Rei passou a significar os presentes dos Reis Magos ao Menino Jesus.
Em 1789, quando da Revolução Francesa, este bolo chegou a ser proibido, tendo mudado o nome por se viver um período em que os reis não eram bem queridos.
Em Portugal, foi na Confeitaria Nacional que se começou a confeccionar o Bolo Rei. Baltazar Rodrigues Castanheiro Filho, proprietário desta Confeitaria, fundada em 1829, na Praça da Figueira (Lisboa), trouxe de França a receita e, também, mestres confeiteiros que inovaram o fabrico dos bolos.
Cerca de 1870 ter-se-á começado a vender o Bolo Rei. Progressivamente, a sua moda difundiu-se por outras confeitarias lisboetas e pelo país.
Inicialmente, o Bolo Rei destinava-se à celebração dos Reis e, por isso, era confeccionado apenas na véspera do Dia de Reis, mas o êxito levou a que o seu consumo se estendesse a toda a quadra natalícia.
Com a Implantação da República em Portugal (1910), para não lembrar o regime monárquico, ainda passou a ter a designação de Bolo Nacional, Bolo de Natal ou Bolo de Ano Novo.
O Parlamento chegou a propor a alteração do nome do Bolo Rei para Bolo República. Também havia quem o quisesse designar por “Bolo Presidente” ou “Bolo Arriaga”(referência a Manuel de Arriaga, primeiro Presidente da República).
Com o tempo, a tradição prevaleceu e o Bolo Rei continua a ser... Bolo Rei.
23 de dezembro de 2010
22 de dezembro de 2010
A fuga da família real para o Brasil (2)
«Em 1807, no auge das guerras napoleónicas, o príncipe regente português, D. João, tomou uma decisão extraordinária. Apesar de horrorizado com a ideia de uma viagem marítima, optou por transferir toda a corte e o governo para a maior colónia de Portugal, o Brasil.
Com as tropas francesas a apertarem o cerco a Lisboa, um total de 10.000 aristocratas, ministros, sacerdotes e criados sobe a bordo das frágeis embarcações da frota portuguesa. Após uma difícil viagem transatlântica sob escolta britânica, desembarcam imundos, cheios de piolhos e esfarrapados, para grande surpresa dos súbditos do Novo Mundo.»
Com as tropas francesas a apertarem o cerco a Lisboa, um total de 10.000 aristocratas, ministros, sacerdotes e criados sobe a bordo das frágeis embarcações da frota portuguesa. Após uma difícil viagem transatlântica sob escolta britânica, desembarcam imundos, cheios de piolhos e esfarrapados, para grande surpresa dos súbditos do Novo Mundo.»
Da apresentação do livro de Patrick Wilcken, Império à deriva
17 de dezembro de 2010
Férias do Natal
O 1.º Período chegou ao fim.
Os alunos entraram de férias.
E todos entrámos noutro período: o do Natal.
As invasões franceses ficam em suspenso. Aliás, nas nossas aulas já corremos com o Massena.
Mas fica o convite para frequentarem este sítio, aproveitando o facto de estarem com mais tempo livre. Irei procurar pôr aqui algumas "coisinhas" leves.
Para todos...
Os alunos entraram de férias.
E todos entrámos noutro período: o do Natal.
As invasões franceses ficam em suspenso. Aliás, nas nossas aulas já corremos com o Massena.
Mas fica o convite para frequentarem este sítio, aproveitando o facto de estarem com mais tempo livre. Irei procurar pôr aqui algumas "coisinhas" leves.
Para todos...
BOAS FÉRIAS E BOAS FESTAS
14 de dezembro de 2010
A fuga da família real para o Brasil (1)
Despachada a Ficha de Avaliação - ainda falta saber os resultados! - temos o exército francês a regressar a casa, como disse o Moisés (6.º 10) numa das respostas, e a corte portuguesa no Brasil.
Há um livro interessante sobre a viagem da família real para o Brasil e a sua estada aí. Ainda é um bocadinho "pesado" para vocês, mas tem passagens curiosas. Chama-se Um Império à deriva e foi escrito por Patrick Wilcken, um australiano.
Há um livro interessante sobre a viagem da família real para o Brasil e a sua estada aí. Ainda é um bocadinho "pesado" para vocês, mas tem passagens curiosas. Chama-se Um Império à deriva e foi escrito por Patrick Wilcken, um australiano.
Depois, eu transcrevo umas passagens.
7 de dezembro de 2010
Ficha de Avaliação (1.º Período - 2.ª ficha)
Conforme disse na aula, poderão ver aqui os objectivos da próxima ficha de avaliação - aquilo que devem saber
Este documento poderá servir de guião ao vosso estudo, isto é, poderá orientá-lo.
Podem imprimi-lo e ir registando o que já estudaram e/ou o que já sabem.
Espero que vos seja útil.
Fico à espera de bons resultados.
Bons estudos e bom feriado.
Este documento poderá servir de guião ao vosso estudo, isto é, poderá orientá-lo.
Podem imprimi-lo e ir registando o que já estudaram e/ou o que já sabem.
Espero que vos seja útil.
Fico à espera de bons resultados.
Bons estudos e bom feriado.
5 de dezembro de 2010
Curiosidades - Exposição “Membros Portugueses da Royal Society"
Na Biblioteca Joanina da Universidade de Coimbra está patente, até ao 28 de Fevereiro de 2011, a exposição “Membros Portugueses da Royal Society".
A Royal Society é a mais antiga sociedade científica do mundo ainda em actividade, tendo sido criada há 350 anos – em Novembro de 1660, na cidade de Londres. Foram seus criadores 12 homens que pretendiam aprofundar o estudo experimental da Natureza.
Em 1662, o rei inglês Charles II, casado com D. Catarina de Bragança (filha do rei D. João IV) decidiu que a sociedade se tornasse Sociedade Real.
Dela fizeram parte cientistas como Isaac Newton e Darwin, mas também cientistas portugueses (25 no total, o último dos quais um matemático do princípio do século XIX). E são esses portugueses que a exposição destaca.
A carta foi escrita pela mão da rainha, em português, porque ela não sabia inglês, assim como D. Carlos não sabia português.
D. Catarina iria para Inglaterra num navio da armada inglesa - na exposição há, também, uma gravura que mostra a grandiosidade do cortejo - mas D. Carlos II nem sequer foi recebê-la à chegada, mandando o irmão.
O casamento correu mal...
Como sei que na turma do 6.º 10 a Ana Carolina é uma fã de D. Catarina, esta é uma mensagem quase personalizada.
Mas é válida para todos os curiosos
Ana: o texto da carta está parcialmente transcrito no livro que andas a ler.
4 de dezembro de 2010
As invasões francesas no cabeçalho
Novo tema, nova imagem no cabeçalho...
A propósito das invasões francesas, a imagem que representa momentos da batalha do Buçaco, disputada a 27 de Setembro de 1810. Fez 200 anos.
O centenário da República ofuscou o 2.º centenário de batalhas decisivas travadas com os franceses, quando da 3.ª e última invasão, comandada por Massena, em 1810.
No Slideshow sucedem-se imagens de 6 batalhas travadas entre o exército luso-inglês e o exército francês.
Estas batalhas integram-se no que se chamou Guerra Peninsular.
3 de dezembro de 2010
Invasões Francesas - Apresentação e Jogos
Novidades!
Sobre as Invasões Francesas:
1 - Disponibilizo aqui a apresentação passada na aula
2 - Encontram jogos aqui - procurem o tema As Invasões Francesas
Espero que vos seja útil.
É possível que possam aparecer informações sobre a ficha de avaliação nos dias mais próximos. Estejam atentos.
Bom fim-de-semana...
1 de dezembro de 2010
1 de Dezembro - Dia da Restauração
Estava-se em 1640 e a Espanha dominava Portugal.
Reinava Filipe IV de Espanha (Filipe III de Portugal).
Mas desde finais de 1638 que parte da nobreza portuguesa começou a organizar uma conspiração.
D. João, duque de Bragança, devia ser o seu chefe, mas hesitava em assumir essa liderança.
Finalmente, em Novembro de 1640, D. João deu o seu apoio aos conspiradores.
Na manhã do dia 1 de Dezembro um grupo de nobres atacou o palácio real de Lisboa e prendeu a duquesa de Mântua (nomeada vice-rainha de Portugal por Filipe IV, seu avô).
Reinava Filipe IV de Espanha (Filipe III de Portugal).
Mas desde finais de 1638 que parte da nobreza portuguesa começou a organizar uma conspiração.
D. João, duque de Bragança, devia ser o seu chefe, mas hesitava em assumir essa liderança.
Finalmente, em Novembro de 1640, D. João deu o seu apoio aos conspiradores.
Na manhã do dia 1 de Dezembro um grupo de nobres atacou o palácio real de Lisboa e prendeu a duquesa de Mântua (nomeada vice-rainha de Portugal por Filipe IV, seu avô).
Palácio Real - em 1.º plano a torre mandada construir por D. Filipe I (imagem virtual)
D. João foi aclamado como rei - D. João IV - mas só alguns dias mais tarde entrou em Lisboa, fazendo o juramento solene como rei a 15 de Dezembro de 1640.
Seguiram-se 28 anos de guerra com Espanha - a Guerra da Restauração - para assegurar a independência.
Em 1668 foi finalmente assinado o Tratado de Madrid, reconhecendo a Espanha a legitimidade da monarquia portuguesa.
O apoio a D. João IV não foi unânime. Havia quem preferisse ficar sob o domínio espanhol.
Mas isso são outras histórias, mais complexas, que não vêm agora a propósito.
28 de novembro de 2010
Lisboa antes do terramoto de 1755
Duas recriações virtuais mostram como era Lisboa antes do terramoto de 1755: uma em filme 3D, com locução em inglês e música da ópera composta para a estreia da Real Ópera do Tejo - http://lisbon-pre-1755-earthquake.org/ (procura na coluna da direita Virtual Archaeology - The Lisbon Royal Opera House) – outra, sobretudo com imagens fixas, a partir de um trabalho do Museu da Cidade (Lisboa) - http://videos.publico.pt/Default.aspx?Id=93cdb214-9f5a-4773-8836-02673710874f .
Podemos ver como eram edifícios importantes da cidade e do reino: o Paço da Ribeira, onde viviam o rei e a corte, a Igreja da Patriarcal, a recém-construída Ópera do Tejo, a Ribeira das Naus, onde ficavam estaleiros de construção naval, o Palácio dos Estaus (depois sede do tribunal da Inquisição), o Convento de São Domingos, o Hospital Real de Todos-os-Santos (um dos equipamentos públicos mais importantes), etc.
As imagens destes edifícios podem ser vistas no site do Museu da Cidade: http://www.museudacidade.pt/Lisboa/3D-lisboa1755/Paginas/default.aspx
Podemos ver como eram edifícios importantes da cidade e do reino: o Paço da Ribeira, onde viviam o rei e a corte, a Igreja da Patriarcal, a recém-construída Ópera do Tejo, a Ribeira das Naus, onde ficavam estaleiros de construção naval, o Palácio dos Estaus (depois sede do tribunal da Inquisição), o Convento de São Domingos, o Hospital Real de Todos-os-Santos (um dos equipamentos públicos mais importantes), etc.
As imagens destes edifícios podem ser vistas no site do Museu da Cidade: http://www.museudacidade.pt/Lisboa/3D-lisboa1755/Paginas/default.aspx
27 de novembro de 2010
A reconstrução de Lisboa
A Baixa pombalina é um conjunto arquitectónico de grande valor patrimonial. Construída após a destruição da cidade pelo terramoto de 1755, foi, em meados do século XVIII, o primeiro grande exemplo da aplicação das ideias iluministas à renovação urbana.
A Baixa foi planeada para ser o centro de Lisboa, uma grande capital europeia.
Se é destacado o papel do Marquês de Pombal, enquanto político responsável pela reconstrução - toma as decisões - não pode ser esquecido o papel dos técnicos responsáveis pelo plano da Baixa: Eugénio dos Santos e Manuel da Maia.
Manuel da Maia (1677 - 1768), engenheiro militar, esteve envolvido nos trabalhos do Aqueduto das Águas Livres, construção que resistiu ao terramoto de 1755. Engenheiro-mor do Reino, foi dos principais participantes nos estudos para a reconstrução de Lisboa.
Busto de Manuel da Maia
Eugénio dos Santos (1711 - 1760), arquitecto, foi chamado pelo Marquês de Pombal para participar nas obras de reconstrução de Lisboa. É o principal autor do traçado geométrico da baixa pombalina, nomeadamente do Terreiro do Paço.
Eugénio dos Santos
O Marquês de Pombal - reinou sem ser rei
O Diogo G. (6.º 10) enviou este texto sobre o Marquês de Pombal.
Era sábado, dia de Todos os Santos, mais precisamente 1 de Novembro de 1755. A terra começou a tremer entre as nove e as dez da manhã e, pouco tempo depois, o mar entrou Lisboa adentro levando tudo à sua frente.
O terramoto durou apenas 7 minutos, mas quando finalmente o mar recua e a terra pára de tremer, tudo era destruição, caos e desespero.
O rei estava em choque e não sabia o que fazer. Valeu-lhe um dos seus homens de confiança. Chamava-se Sebastião José de Carvalho e Melo e era o secretário dos Negócios Estrangeiros.
Foi ele que criou e estudou a nova reconstrução de Lisboa.
Foi desta forma que se transformou numa das pessoas mais importantes do país, sendo, às vezes, até
mais valorizado do que o próprio rei.
Com o passar do tempo, o prestígio de Sebastião José foi aumentando, tendo-lhe sido concedido, o título de conde de Oeiras. Mas foi com outro título que ficou conhecido: o de Marquês de Pombal.
Era sábado, dia de Todos os Santos, mais precisamente 1 de Novembro de 1755. A terra começou a tremer entre as nove e as dez da manhã e, pouco tempo depois, o mar entrou Lisboa adentro levando tudo à sua frente.
O terramoto durou apenas 7 minutos, mas quando finalmente o mar recua e a terra pára de tremer, tudo era destruição, caos e desespero.
O rei estava em choque e não sabia o que fazer. Valeu-lhe um dos seus homens de confiança. Chamava-se Sebastião José de Carvalho e Melo e era o secretário dos Negócios Estrangeiros.
Foi ele que criou e estudou a nova reconstrução de Lisboa.
Foi desta forma que se transformou numa das pessoas mais importantes do país, sendo, às vezes, até
mais valorizado do que o próprio rei.
Com o passar do tempo, o prestígio de Sebastião José foi aumentando, tendo-lhe sido concedido, o título de conde de Oeiras. Mas foi com outro título que ficou conhecido: o de Marquês de Pombal.
A acção do Marquês de Pombal
Este sítio esteve parado durante uns dias - fichas de avaliação e outros afazeres - e atrasámo-nos um bocadinho.
Aí está a imagem do Marquês de Pombal no cabeçalho, porque o reinado de D. João V já passou e o Convento de Mafra ficou "fora de época".
Aí está a imagem do Marquês de Pombal no cabeçalho, porque o reinado de D. João V já passou e o Convento de Mafra ficou "fora de época".
Goa
Não vem a propósito do nosso programa de História, mas é de realçar os 500 anos da conquista da cidade de Goa, por Afonso de Albuquerque ao comando de uma armada.
Foi a 25 de Novembro de 1510, reinava D. Manuel I.
Portugal estava num processo de expansão dos seus territórios, construindo o Império que se estendeu por quase todos os continentes.
A cidade de Goa só deixaria de ser território português em 1961, passando a pertencer à Índia.
Foi a 25 de Novembro de 1510, reinava D. Manuel I.
Portugal estava num processo de expansão dos seus territórios, construindo o Império que se estendeu por quase todos os continentes.
Império português no século XVI
A cidade de Goa só deixaria de ser território português em 1961, passando a pertencer à Índia.
12 de novembro de 2010
11 Mulheres na República
Esta semana tivemos na Biblioteca da escola a exposição 11 Mulheres na República, cedida pelo Sindicato dos Professores da Grande Lisboa.
E o 6.º 6, organizado em pequenos grupos, durante a aula de Área de Projecto, pôde deslocar-se à Biblioteca e fazer um pequeno trabalho: 11 pares de alunos da turma retiraram as principais informações sobre cada uma das Mulheres republicanas.
Brevemente publicaremos aqui esses trabalhos.
7 de novembro de 2010
S. Martinho no Moinho
O título rima
Entre os dias 11 e 14 de Novembro (5.ª feira e Domingo), o Ecomuseu Municipal do Seixal convida-nos a celebrar o S. Martinho no Moinho de Maré de Corroios, com a realização de diversas actividades.
No fim-de-semana, para além das castanhas assadas, prevê-se a realização de um ateliê de reciclagem, de uma visita comentada com a participação do antigo moleiro, de um concerto, de leituras encenadas, bem como a apresentação de um teatro de fantoches
Encontram o programa completo e inscrições disponíveis através do endereço www.cm-seixal.pt/comuseu
Aproveitem o fim-de-semana - vão ao Moinho de Maré de Corroios, aprendam e divirtam-se. Convençam os vossos pais.
Entre os dias 11 e 14 de Novembro (5.ª feira e Domingo), o Ecomuseu Municipal do Seixal convida-nos a celebrar o S. Martinho no Moinho de Maré de Corroios, com a realização de diversas actividades.
No fim-de-semana, para além das castanhas assadas, prevê-se a realização de um ateliê de reciclagem, de uma visita comentada com a participação do antigo moleiro, de um concerto, de leituras encenadas, bem como a apresentação de um teatro de fantoches
Encontram o programa completo e inscrições disponíveis através do endereço www.cm-seixal.pt/comuseu
Aproveitem o fim-de-semana - vão ao Moinho de Maré de Corroios, aprendam e divirtam-se. Convençam os vossos pais.
Palácio e Convento de Mafra
O Pedro (6.º 10) escreveu este texto sobre o Palácio e Convento de Mafra, uma das grandes obras do reinado de D. João V.
O Convento – Palácio de Mafra foi mandado construir pelo rei D. João V na primeira metade do século XVIII.
Foi construído para cumprir a promessa do rei caso tivesse um descendente para ocupar o trono.
O Convento – Palácio de Mafra foi mandado construir pelo rei D. João V na primeira metade do século XVIII.
Foi construído para cumprir a promessa do rei caso tivesse um descendente para ocupar o trono.
Sala da Benção
Este monumento, de estilo barroco, integra um Paço Real (palácio), uma basílica e um convento, incluindo este uma biblioteca com cerca de 40 mil livros de séculos passados. [A Biblioteca, à qual se destinou a maior sala, considera-se hoje parte integrante do Palácio.]
Biblioteca
A direcção da obra foi de João Frederico Ludovice, ourives alemão, com formação de arquitectura em Itália.
As obras começaram em 1717 e em 1730 procedeu-se à sagração da Basílica, embora as obras tenham continuado até 1775.
Quarto das Rainhas
6 de novembro de 2010
D. João IV
Em 6 de Novembro de 1656, faleceu na cidade de Lisboa o rei D. João IV.
A D. João IV sucedeu D. Afonso VI.
D. João, 8.º duque de Bragança, começou a reinar em Dezembro de 1640, na sequência da conspiração contra o domínio filipino - Restauração da Independência a 1 de Dezembro de 1640.
Com a sua morte, de acordo com o testamento que deixou, a regência do país foi confiada à rainha D. Luísa de Gusmão.
Túmulo de D. João IV, no Mosteiro de S. Vicente de Fora (Lisboa)
A D. João IV sucedeu D. Afonso VI.
Concelho do Seixal - 174 anos
No dia 6 de Novembro de 1836, reinava D. Maria II, foi criado o concelho do Seixal.
Inicialmente, as freguesias eram 4: Amora, Arrentela, Seixal e Paio Pires.
Inicialmente, as freguesias eram 4: Amora, Arrentela, Seixal e Paio Pires.
3 de novembro de 2010
O Café
Porque falámos das principais produções agrícolas do Brasil do século XVIII, o José pesquisou informação sobre o café. Trabalhámos o texto - descobrimos significados, sublinhámos as ideias principais e ficou o que apresentamos.
O café é originário da Etiópia (leste de África). É conhecido há mais de mil anos na região de Kafa, de onde poderá vir o nome "café".
Foi descoberto casualmente por pastores de cabras. As cabras, ao comerem o pequeno fruto do café, tornavam-se mais espertas e resistentes.
O café chegou à Europa trazido por navegantes e aventureiros holandeses, alemães e italianos.
A partir do século XVII, o café tornou-se uma das bebidas mais consumidas na Europa, passando a fazer parte dos hábitos da burguesia ou das cortes europeias.
O café é originário da Etiópia (leste de África). É conhecido há mais de mil anos na região de Kafa, de onde poderá vir o nome "café".
Foi descoberto casualmente por pastores de cabras. As cabras, ao comerem o pequeno fruto do café, tornavam-se mais espertas e resistentes.
Fruto do café ainda no cafeeiro
Um desses pastores passou a colher os frutos do café e a preparar uma pasta com os os frutos esmagados e manteiga, sentindo maior vivacidade. Um monge da região, tomando conhecimento disso, começou a utilizar uma infusão de frutos para resistir ao sono enquanto orava.
Na Arábia, onde o café começou a ser plantado e consumido, aquela bebida recebeu o nome de kahwah ou cahue, de onde deverá vir o nome de "café".
Grãos de café já torrados
A partir do século XVII, o café tornou-se uma das bebidas mais consumidas na Europa, passando a fazer parte dos hábitos da burguesia ou das cortes europeias.
Os holandeses e os franceses levaram a planta do café para as suas colónias americanas, para aproveitar o clima apropriado ao seu cultivo.
Cafezal
No Brasil, então dominado por Portugal, o Governador do Pará mandou Francisco Mello Palheta, um oficial aventureiro, ir ao território da Guiana francesa trazer algumas sementes de café (o que na época era proibido porque quem o produzia não queria que fosse plantado noutro sítio).
Assim, em 1727, aquele oficial conseguiu contrabandear as primeiras sementes de café que viriam a dar origem a uma importante produção no Brasil.
Em pouco tempo o café tornou-se o mais importante produto brasileiro.
Lavrador de café
José Caramelo (6.º 4), (com adaptações)
Monarquia absoluta
Monarquia absoluta ou absolutista é a forma de governo onde o Monarca ou Rei exerce o poder absoluto, isto é, independente e superior ao de outros órgãos do Estado.
A principal característica é o poder do rei estar acima de todos os outros poderes ou de concentrar em si os três poderes: legislativo, executivo e judicial.
O absolutismo, foi fortalecido pelo desenvolvimento da teoria do "direito divino dos Reis" – o direito divino dos reis é baseado na crença de que o monarca tem o direito de governar por vontade de Deus e não devido aos seus súbditos.
Este tipo de governo foi muito comum na Europa ocidental entre o século XVII e meados do Século XIX.
Em Portugal, o reinado de D. João V é um óptimo exemplo desta forma de governo aqui descrita pela Ana Rita.
A principal característica é o poder do rei estar acima de todos os outros poderes ou de concentrar em si os três poderes: legislativo, executivo e judicial.
O absolutismo, foi fortalecido pelo desenvolvimento da teoria do "direito divino dos Reis" – o direito divino dos reis é baseado na crença de que o monarca tem o direito de governar por vontade de Deus e não devido aos seus súbditos.
Este tipo de governo foi muito comum na Europa ocidental entre o século XVII e meados do Século XIX.
Texto de Ana Rita Antão (6.º 10)
Em Portugal, o reinado de D. João V é um óptimo exemplo desta forma de governo aqui descrita pela Ana Rita.
1 de novembro de 2010
A editar
Estão à espera de edição textos sobre o Padre Bartolomeu de Gusmão (Débora e Inês - 6.º 10), o café (José - 6.º 4), a monarquia absoluta e Alexandre de Gusmão (ambos da Ana Rita - 6.º 10).
Identificámos a nossa seguidora Annie Rose (Ana Rita) e hoje surgiu um 6.º - o Hugo Pereira (6.º 10).
Identificámos a nossa seguidora Annie Rose (Ana Rita) e hoje surgiu um 6.º - o Hugo Pereira (6.º 10).
A nova imagem do cabeçalho
Conforme o tema a tratar nas aulas assim vai mudando a imagem que identifica o blogue.
Deixámo-nos de centrar no Brasil, para abordarmos a sociedade portuguesa no reinado de D. João V - a primeira metade do século XVIII.
É evidente que a vida na época de D. João V, nomeadamente a vida da corte, é marcada pelo ouro que nos chegava do Brasil. Mas agora centramos a nossa atenção na forma como o rei exerce o seu poder e nas suas manifestações de luxo.
O Convento de Mafra é uma das "marcas" do reinado de D. João V. Por isso escolhi uma imagem do convento para ser a imagem deste blogue, enquanto andarmos à volta deste assunto.
Podia ter sido o Aqueduto das Águas Livres...
Deixámo-nos de centrar no Brasil, para abordarmos a sociedade portuguesa no reinado de D. João V - a primeira metade do século XVIII.
É evidente que a vida na época de D. João V, nomeadamente a vida da corte, é marcada pelo ouro que nos chegava do Brasil. Mas agora centramos a nossa atenção na forma como o rei exerce o seu poder e nas suas manifestações de luxo.
O Convento de Mafra é uma das "marcas" do reinado de D. João V. Por isso escolhi uma imagem do convento para ser a imagem deste blogue, enquanto andarmos à volta deste assunto.
Podia ter sido o Aqueduto das Águas Livres...
O terramoto de 1 de Novembro de 1755
No dia 1 de Novembro de 1755, cerca das 9.30 h, um sismo de grande magnitude destruiu quase completamente a cidade de Lisboa, para além de ter atingido outras zonas do país, como o Algarve.
O terramoto foi seguido de um tsunami e de vários incêndios na cidade. Não se sabe ao certo o número de mortos.
O Palácio Real – o Paço da Ribeira – situado na margem do rio Tejo, foi destruído. Na sua biblioteca perderam-se cerca de 70 mil volumes e centenas de obras de arte. O Arquivo Real, que continha muitos documentos antigos, incluindo os que diziam respeito às viagens dos descobrimentos, também se perdeu.
Na zona central de Lisboa – a Baixa – ficaram destruídas as maiores igrejas, assim como o Hospital Real de Todos os Santos, consumido pelos fogos, tendo morrido queimados os doentes que aí se encontravam. A Casa da Ópera, inaugurada seis meses antes [ver texto do Pedro Melo (6.º 6)], foi totalmente consumida pelo fogo.
Este terramoto terá dado origem aos primeiros estudos científicos sobre os sismos, originando o nascimento da moderna sismologia.
O terramoto foi seguido de um tsunami e de vários incêndios na cidade. Não se sabe ao certo o número de mortos.
O Palácio Real – o Paço da Ribeira – situado na margem do rio Tejo, foi destruído. Na sua biblioteca perderam-se cerca de 70 mil volumes e centenas de obras de arte. O Arquivo Real, que continha muitos documentos antigos, incluindo os que diziam respeito às viagens dos descobrimentos, também se perdeu.
Na zona central de Lisboa – a Baixa – ficaram destruídas as maiores igrejas, assim como o Hospital Real de Todos os Santos, consumido pelos fogos, tendo morrido queimados os doentes que aí se encontravam. A Casa da Ópera, inaugurada seis meses antes [ver texto do Pedro Melo (6.º 6)], foi totalmente consumida pelo fogo.
Ainda hoje podem ser vistos e visitados vestígios do terramoto, como as ruínas do Convento do Carmo.
A família real escapou à catástrofe, pois o rei D. José I, que governava desde 1750, juntamente com muitas pessoas da corte, tinha-se deslocado para Belém (na época, arredores da cidade), pois as princesas teriam manifestado vontade de passar o feriado de Todos-os-Santos fora da cidade.
Convento do Carmo
O terramoto de Lisboa teve um enorme impacto na vida do país, destacando-se o papel que teve Sebastião José Carvalho e Melo (futuro Marquês de Pombal), na reconstrução da cidade e na forma como governou o reino enquanto Ministro de D. José I.
O rei, com o susto, ganhou receio a viver em edifícios de construção sólida (pedra) e passou a viver em tendas, primeiro, e depois na denominada Real Barraca da Ajuda, de que falaremos daqui a uns dias.
A Real Barraca
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