25 de Abril de 1974

25 de agosto de 2015

Batalha de Alcântara (25 de agosto de 1580)

A 25 de agosto de 1580, deu-se a Batalha de Alcântara, nos arrabaldes da cidade de Lisboa.
De um lado, D. António, Prior do Crato, à frente de um pequeno e fraco exército; do outro, o forte exército comandado pelo Duque de Alba, um dos generais de Filipe II de Espanha.

D. António procurava opor-se às pretensões do rei espanhol ao trono português, após a morte do Cardeal-Rei D. Henrique, mas foi facilmente derrotado.
D. Filipe II iniciaria a 3.ª dinastia da monarquia portuguesa, a dinastia filipina.



24 de agosto de 2015

A 24 de agosto de 1820, a Revolução Liberal

Campo de Santo Ovídio, actual Praça da República, na cidade do Porto

«Raiou finalmente o dia 24 de Agosto. Ao amanhecer o coronel Cabreira reuniu a artilharia no campo de Santo Ovídio, fez dizer uma missa, a que ele assistiu com os soldados e no fim dela, uma salva de artilharia de 21 tiros, anunciou aos habitantes do Porto que um grande feito estava começando.»
Xavier de Araújo, A Revolução de 1820 - Memórias

Era o início da revolução liberal.


21 de agosto de 2015

600 anos da conquista de Ceuta

Conquista de Ceuta
painel de azulejos da autoria de Jorge Colaço (Estação de S. Bento - Porto)

Foi a 21 de agosto de 1415 que as forças portuguesas entraram em Ceuta.
A conquista desta cidade, localizada na costa marroquina (norte de África) e de onde se podia controlar o estreito de Gibraltar, foi o ponto de partida da expansão portuguesa.
A sua tomada aos mouros por D. João I culminou uma expedição militar longamente preparada. O assalto da cidade, em si, deu-se num só dia, pois a resistência foi fraca (a estratégia seguida teria facilitado a conquista, embora os desenhos e pinturas dêem a ideia de bravos combates).


A ação militar permitia expandir o cristianismo em território muçulmano - em 1413 já havia sido nomeado um bispo de Ceuta - e oferecia à nobreza a possibilidade de manter o exercício das armas, desempenhar cargos militares e administrativos e alcançar títulos e rendas.
Dominando o estreito de Gibraltar, Portugal diminuía o perigo da pirataria na costa sul do reino.

Por outro lado, Ceuta possuía um importante porto de passagem de duas grandes rotas comerciais no norte de África: a que era proveniente do interior do continente, pela qual afluíam ao Mediterrâneo o ouro, os escravos e os produtos tintureiros, e a rota com origem no Egipto e que trazia os produtos orientais que chegavam àquele país: as especiarias e as sedas. Atrair o comércio destes produtos para Lisboa era o objetivo dos mercadores das maiores cidades portuguesas - Lisboa e Porto.
Acresce que Ceuta se localizava a norte de ricas regiões produtoras de trigo, cereal necessário ao reino de Portugal.
A burguesia estava, por estes motivos, muita interessada na conquista e importante terá sido no caso o papel de João Afonso, Vedor da Fazenda Régia (1) e burguês abastado.

A frota reuniu-se em Lisboa e seguiu para Lagos, tendo partido desta cidade (ou de Faro) para Ceuta com cerca de 19 mil homens.



Atualmente, Ceuta pertence a Espanha, situação que tem origem na perda da independência de Portugal, em 1580. Mesmo com a Restauração da independência, em 1640, a cidade permaneceu fiel a Filipe IV de Espanha, situação reconhecida no tratado de paz assinado com a Espanha, em 1668.

Ceuta na atualidade

(1) - De uma forma simples, podemos dizer que os Vedores da Fazenda surgiram em 1370, no reinado de D. Fernando I, com a missão de fiscalizarem receitas e despesas do reino e da Casa Real. Sendo Vedor da Fazenda Régia, João Afonso teria por função verificar as despesas e receitas da Casa Real.


16 de junho de 2015

A vida quotidiana nos séculos XIII-XIV - trabalhos de alunos

Dos trabalhos sobre a vida quotidiana nos séculos XIII-XIV que foram apresentados nas aulas, gostaria de destacar o trabalho da Maria Melo (5.º E), sobre a vida nas terras senhoriais (os camponeses), e o do David Fernandes (5.º F), sobre a vida nos mosteiros - é clicar nos links.






P.S. - Já verifiquei que alguns slides do trabalho sobre a vida quotidiana nas terras senhoriais ficam desconfigurados. Vou tentar resolver o problema.


7 de junho de 2015

Tratado de Tordesilhas

Em 7 de junho de 1494, era assinado o Tratado de Tordesilhas.



Portugal e Espanha dividiam o Mundo em dois hemisférios: o português e o espanhol, mesmo não tendo uma ideia exata das dimensões da Terra.
Procuravam-se evitar conflitos por causa das novas terras descobertas.




4 de junho de 2015

Ficha de Avaliação - 5.º D

Encontram aqui os objetivos da próxima ficha de avaliação para as turmas do 5.º E e 5.º F.

Na ficha, como disse na aula, irão interpretar e/ou utilizar informações contidas numa cronologia como esta, numa árvore genealógica como esta e em documentos que até poderão estar aqui (clica em excertos das suas crónicas).

Bom estudo.

Qualquer dúvida (após as aulas) pode ser colocada por mail: carloscarrasco9@gmail.com


23 de maio de 2015

O reconhecimento da independência de Portugal pelo Papa (há 836 anos)

ALEXANDRE, BISPO, SERVO DOS SERVOS DE DEUS, AO CARÍSSIMO FILHO EM CRISTO, AFONSO, ILUSTRE REI DOS PORTUGUESES, E A SEUS HERDEIROS, IN PERPETUUM. 

Está claramente demonstrado que, como bom filho e príncipe católico, prestaste inumeráveis serviços a tua mãe, a Santa Igreja, exterminando intrepidamente em porfiados trabalhos e proezas militares os inimigos do nome cristão e propagando diligentemente a fé cristã, assim deixaste aos vindouros nome digno de memória e exemplo merecedor de imitação. (...)

Assim começa a bula Manifestis probatum, de 23 de maio de 1179, concedida pelo Papa Alexandre III a D. Afonso Henriques.
Desta forma, aquele que já era, de facto, rei de Portugal, vê reconhecida a independência do reino pela mais importante autoridade da Europa Cristã, naquela época.
Ficava expressamente confirmada a soberania de D. Afonso Henriques e a dos seus sucessores.




Inauguração do novo Museu dos Coches

Foi hoje aberto ao público o novo Museu dos Coches, 110 anos após a inauguração do "velho" museu, no edifício do antigo Picadeiro Real, pela rainha D. Amélia (23 de maio de 1905).



19 de maio de 2015

Ficha de Avaliação - 5.º E e 5.º F

Encontram aqui os objetivos da próxima ficha de avaliação para as turmas do 5.º E e 5.º F.

Na ficha, como disse na aula, irão interpretar e/ou utilizar informações contidas numa cronologia como esta, numa árvore genealógica como esta e em documentos que até poderão estar aqui (clica em excertos das suas crónicas).

Bom estudo.

Qualquer dúvida (após as aulas) pode ser colocada por mail: carloscarrasco9@gmail.com


7 de maio de 2015

O fim da II Guerra Mundial - a assinatura da capitulação alemã

Há 70 anos, foi assinada a capitulação da Alemanha.

O desenvolvimento final da II Guerra Mundial na Europa levou ao suicídio de Hitler (30 de abril de 1945).
Uma semana depois, no dia 7 de maio de 1945, o general alemão Alfred Jodl assinou, na cidade francesa de Reims, na presença de generais aliados (americanos, soviéticos e franceses), o reconhecimento da derrota por parte da Alemanha. Os alemães rendiam-se e ficou decidido que os combates terminariam no dia seguinte.
E foi no dia 8 de maio que se anunciou oficialmente a paz na Europa.



2 de maio de 2015

O 1.º de maio há 100 anos

Um comício operário na Rotunda da Avenida da Liberdade, no mesmo local onde os republicanos, em 1910, tinham combatido as forças monárquicas.

1 de maio de 1915


1 de maio de 2015

1 de Maio - Dia do Trabalhador

A 1 de maio de 1886, na cidade de Chicago - à data, a maior cidade dos Estados Unidos da América - os trabalhadores revoltados com os seus horários de trabalho (que chegavam às 18 horas diárias) manifestaram-se a favor de jornadas de trabalho de 8 horas e anunciaram uma greve para os dias seguintes, em defesa dos seus direitos.
Nos dias seguintes houve novas manifestações e a intervenção da polícia provocou 10 mortos, para além dos feridos.
A concentração de trabalhadores, no dia 4 de maio, sofreu uma ação ainda mais repressiva por parte da polícia. Seguiram-se prisões e alguns dos detidos foram condenados à morte.


Para homenagear os trabalhadores que lutaram pelos seus direitos, comemora-se nesta data o Dia do Trabalhador.

Por 8 horas de trabalho, 8 horas de descanso e 8 horas de lazer
Em Portugal, após o 25 de abril de 1974


19 de abril de 2015

Setúbal elevada a cidade

A Câmara Municipal de Setúbal tinha feito uma petição ao rei D. Pedro V, para que tivesse em consideração o crescimento da importância económica e social de Setúbal no século XIX e o que seria expectável quanto ao seu crescimento.
Em 19 de abril de 1860, por decreto de D. Pedro V, Setúbal passou a ter o estatuto de cidade.

Setúbal - Praça de Bocage (ainda antes da implantação da República)


12 de abril de 2015

Lisboa - O terramoto de 1755 (vídeo)

Este vídeo surgiu hoje no YouTube.
É muito interessante: dá, em breves segundos, uma perspetiva do que aconteceu na zona ribeirinha na manhã do dia 1 de novembro de 1755. O terramoto, a onda gigante, os incêndios, a destruição da cidade...




10 de abril de 2015

5.º E - Temas para os trabalhos de pesquisa

Deixo aqui os 4 temas que poderão ser escolhidos e algumas orientações para a concretização do trabalho (se clicarem sobre as imagens elas são ampliadas).
Os grupos e os alunos que estão a fazer os trabalhos individualmente deverão escolher o tema até 3.ª feira.
Na aula de 3.ª feira darei mais indicações sobre os trabalhos.
Qualquer questão poderá ser colocada através dos comentários do blog ou por mail.







16 de março de 2015

D. Pedro V e família real



A família real em 1858/59. 
Esta imagem resulta de uma montagem de mais do que uma fotografia original 
(e nem todas da mesma data - a de D. Luís é mais tardia).

Do lado esquerdo - rainha D. Estefânia e rei D. Pedro V.
Do lado direito, as 7 outras personagens (da esquerda para a direita) - infante D. Augusto, infante D. Fernando, infanta D. Maria Ana, D. Fernando II (rei consorte, viúvo de D. Maria II), infanta D. Antónia, infante D. João e infante (futuro rei) D. Luís.


10 de março de 2015

2 de março de 2015

1 de março de 2015

13 de fevereiro de 2015

Duque de Saldanha

Personagem polémica do liberalismo português - mudou várias vezes de posição, dizem as más línguas que "mudava de acordo com os seus interesses e as suas vaidades" - liderou a revolta que, em 1851, iria dar início a um período de maior tranquilidade política e de maior desenvolvimento do país.
Esse período é conhecido pelo nome de Regeneração.
Falámos disso hoje, no final das aulas do 6.º C e do 6.º D.

Mas lembro, agora, o Duque de Saldanha, porque foi no dia 13 de fevereiro de 1909 que a sua estátua foi inaugurada em Lisboa, na praça que tem o seu nome.



Humberto Delgado - 50 anos do seu assassinato

Há 50 anos atrás - 13 de fevereiro de 1965 - foi assassinado o General Humberto Delgado.

Humberto Delgado tinha sido candidato, pela chamada oposição democrática, às eleições presidenciais de 1958.
Em resposta à pergunta de um jornalista sobre o destino político de Oliveira Salazar, caso ganhasse essas eleições, afirmou: "Obviamente demito-o".
Foi enorme a adesão popular à sua candidatura, sendo apelidado de "General sem medo".


Oficialmente, Humberto Delgado teve perto de 25% dos votos, perdendo as eleições.
Na realidade, nunca se saberá o verdadeiro resultado, porque foram muitas as fraudes eleitorais.

Posteriormente, foi perseguido pela PIDE. Atraído para uma cilada perto de Badajoz, foi assassinado pela PIDE em território espanhol.


8 de fevereiro de 2015

Fichas de Avaliação do 5.º ano

Os alunos das turmas do 5.º D, 5.º E e 5.º F encontram aqui as informações relativas à próxima ficha de avaliação, entretanto já fornecidas nas aulas.

As dúvidas que vos possam surgir podem ser dirigidas para carloscarrasco9@gmail.com

Bom estudo.


4 de fevereiro de 2015

Linhas de Torres Vedras

Podemos sintetizar dizendo que as Linhas de Torres eram conjuntos de fortes dispostos de forma a constituir linhas, guarnecidos de militares e equipados com canhões, que tinham por objetivo impedir que as tropas francesas (na 3.ª invasão) chegassem a Lisboa.
E cumpriram plenamente o objetivo.



Resumidamente, a sua história é a que se segue:
Depois de falhada a segunda invasão, era lógico que os franceses tentassem uma nova invasão militar.
O comandante-chefe do exército inglês, Duque de Wellington, imaginou uma linha de fortes que se estenderia do rio Tejo ao oceano Atlântico. Acabaram por ser 3 linhas, as quais vieram a ser conhecidas por Linhas de Torres Vedras e que seriam um dos mais importantes e bem sucedidos sistemas de defesa jamais construídos.
De acordo com a estratégia de Wellington, “O grande objetivo em Portugal é a posse de Lisboa e do Tejo (…)”
Ainda havia outro objetivo: assegurar que as tropas inglesas pudessem embarcar em Lisboa… caso a defesa corresse mal.


Mapa das Linhas de Torres

As Linhas de Torres Vedras começaram a ser construídas ainda em 1809, sob a supervisão de engenheiros portugueses e britânicos. Trabalharam na sua construção cerca de 7000 trabalhadores, juntamente com um grande número de militares, no maior segredo e no mais curto espaço de tempo possíveis.
Cada forte estava adaptado ao tipo de terreno e diferenciava-se no tamanho, na forma e no poder de fogo. Fizeram-se ainda outras obras e adaptações nas áreas à volta.


Forte de S. Vicente

Quando o exército francês, comandado por Massena, já se dirigia para Coimbra, travou-se a batalha do Buçaco, vencida pelas tropas comandadas por Wellington (27 de Setembro de 1810). Depois, o exército aliado retirou-se em direção a Lisboa, atraindo a perseguição do exército francês até junto das Linhas de Torres Vedras.


Batalha do Buçaco

Nas linhas existiam 247 canhões entrincheirados e encontravam-se 30.000 defensores, número que aumentou com a chegada dos militares que vinham com Wellington desde o Buçaco (60 mil?). Além disso, a esquadra inglesa permanecia no porto de Lisboa.
Quando os franceses chegaram a essa região de montes a norte de Lisboa, foram impossibilitados de avançar devido ao fogo da artilharia aliada. Depois de alguns confrontos (meados de outubro), Massena fez vários reconhecimentos das Linhas, procurando pontos fracos que permitissem um ataque.
Alguns ataques frustrados revelaram que era muito difícil, se não mesmo impossível, forçar as Linhas sem perder um enorme número de soldados.
O exército francês instalou-se em frente às Linhas durante alguns meses. Atrás das Linhas chegaram reforços vindos de Inglaterra.


Forte de S. Vicente

A 5 de Março de 1811, o exército francês, a sofrer de fome, sem reforços e reduzido a aproximadamente 42.000 soldados, começou a sua retirada para a fronteira espanhola. 


Retirada das tropas de Massena

Podem ver um divertido vídeo que já foi publicado aqui (e de que já não me lembrava).


1 de fevereiro de 2015

A expansão mulçumana




Maomé conseguiu unir, pela conversão ao Islamismo ou pela guerra, as tribos da Arábia.
Depois da sua morte, em 1632, os califas - os líderes políticos e religiosos dos Muçulmanos - iniciaram uma guerra religiosa para construir um imenso império muçulmano.
No espaço de 100 anos, esse império estendeu-se ao Médio Oriente e zonas da Ásia Central, ao Norte de África e à Península Ibérica.


As principais obrigações dos Muçulmanos


Há 5 obrigações principais para os Muçulmanos, também chamadas "os 5 pilares do Islão", são:

- Adorar um único Deus, Alá, de quem Maomé foi mensageiro.

- Rezar cinco vezes por dia, orações que devem ser feitas com os crentes voltados na direção de Meca (da Caaba, o santuário sagrado no centro da mesquita, em Meca).

- Fazer jejum no mês do Ramadão (o 9.º mês do calendário muçulmano), desde o nascer ao pôr do sol.

- Dar esmola, contribuindo para os pobres e causas de beneficência.

- (Tentar) Ir em peregrinação a Meca, pelo menos uma vez na vida, no 12.º mês islâmico.

Peregrinos na grande mesquita de Meca, em redor da Caaba


As mesquitas

Mesquita (modelo)
A mesquita é um local de culto para os muçulmanos - o "local de reunião dos fiéis" - que podem fazer as suas orações, no entanto, em qualquer local, voltados em direção a Meca (a principal cidade sagrada para os muçulmanos).

Momento de oração numa mesquita

Tapete de oração

Só se entra descalço e em estado de pureza ritual, pelo que, antes, se devem fazer as abluções (lavagem da cara, das mãos e dos pés) numa sala anexa à mesquita.



As mesquitas, tal como foram os conventos cristãos, também são um centro de ensino e de abrigo aos viajantes.

As mesquitas possuem espaços separados para as mulheres.


O calendário muçulmano (a era muçulmana)

Maomé e Abu Bakr a caminho de Yathrib (medina),
fugindo dos seus perseguidores
A data da chegada de Maomé a Yathrib, em 622 (da era cristã), é a data inicial da era muçulmana.

O calendário muçulmano baseia-se nos ciclos lunares, compondo-se de 12 meses de 29 ou 30 dias. O ano tem 354 ou 355 dias.
A lua, com uma estrela, é o símbolo do Islão.