25 de Abril de 1974

2 de dezembro de 2012

Olaria romana da Quinta do Rouxinol (2)

Nas escavações da olaria foi recolhida uma importante coleção de cerâmica romana: fragmentos e peças de loiça doméstica e de ânforas, que eram a principal produção da olaria.
 
 
A loiça doméstica (pratos, tigelas, jarros, potes, tachos, etc.)
seria destinada às populações locais, para a
preparação, consumo e acondicionamento de alimentos
 
Desenho do que seria a cozinha de uma casa romana
 
 
As ânforas destinavam-se a ser enchidas com conservas de peixe
e, provavelmente, vinho.
 
Na época romana, as ânforas eram o que se pode chamar o melhor contentor para transportar, a longa distância, as conservas e outros preparados de peixe, vinho, azeite, frutos secos, mel, cereais, etc.
Pelas suas formas, acondicionavam-se bem nas embarcações que as transportavam.
 
Carregamento de mercadorias, incluindo ânforas

Forma de transportar ânforas
 
Na olaria da Quinta do Rouxinol também foram encontrados suportes
(n.ºs 1 a 5 da última figura) onde encaixavam os pés (bicos do fundo) das ânforas,
ajudando a mantê-las direitas durante as viagens.
 
 

 
Na olaria da Quinta do Rouxinol seriam, igualmente, produzidas lucernas, os utensílios mais comuns para iluminação, utilizando azeite ou outro tipo de óleo.
 
 

1 de dezembro de 2012

Olaria romana da Quinta do Rouxinol (1)

Na próxima 2.ª feira, o 5.º 8 vai participar numa sessão de arqueologia experimental dinamizada pelo Centro de Arqueologia de Almada.

Na conversa preparatória da atividade, falei dos fornos romanos da Quinta do Rouxinol, em Corroios.
Os fornos faziam parte de uma olaria da época romana, classificada como Monumento Nacional.
Essa olaria terá funcionado desde finais do século II até ao início do século V.

Nessa época, os objetos de cerâmica eram de grande utilização.
Existiam muitas olarias, as quais fabricavam uma grande variedade de objetos: loiça de cozinha, recipientes para armazenagem, candeias (lucernas), ânforas para transporte de produtos líquidos ou sólidos, etc.



Em 1986 iniciaram-se as escavações arqueológicas, as quais permitiram encontrar os vestígios dos fornos (3 no total) e uma grande quantidade de peças de loiça e de ânforas, que ali teriam sido produzidas.

















 Um dos fornos encontrado e os muitos "cacos".



As imagens são do Ecomuseu Municipal do Seixal/Centro de Documentação e Informação e Centro de Arqueologia de Almada.
Podem ser vistas no livro Quinta do Rouxinol: uma olaria romana no estuário do Tejo, publicado em 2009, quando da inauguração da exposição Olaria Romana da Quinta do Rouxinol (Correios/Seixal), no Museu Nacional de Arqueologia

Achados arqueológicos

Ontem, na aula do 5.º 8, a partir de uma pergunta da Fafá sobre o valor dos achados arqueológicos, a conversa foi parar (já não me lembro como) ao achado recente de vestígios de um antigo estaleiro e de um navio na zona ribeirinha de Lisboa, quando se faziam obras para um parque de estacionamento subterrâneo.


 
 
Li a notícia no jornal Público do dia 27 de Abril deste ano. As fotografias são do Público on-line.
 
Há anos, numa visita de estudo a Mértola, tivemos a sorte de ver arqueólogos procurando "salvar" um esqueleto antigo, encontrado pouco tempo antes.
 

 
 

Os Romanos na nossa Biblioteca

Existem na Biblioteca Escolar da Paulo da Gama alguns livros bem interessantes sobre os Romanos.

 
 
Este último não fala só do Império Romano, mas tem muita informação sobre os Romanos.

30 de novembro de 2012

Império Romano - Cronologia

753 a.C. – Data da fundação de Roma.
 
Séc. IV a.C. – Através de guerras contra outros povos, os Romanos passam a controlar a zona centro e o Sul da Península Itálica.

290 a.C. – Os Romanos controlam toda a Península Itálica.



Batalha entre Romanos e Cartagineses
Meados do século III a.C. – Início das guerras entre os Romanos e os Cartagineses; o objetivo principal era o domínio do Mediterrâneo Ocidental e as suas costas.
 
218 a.C. – Durante essas guerras, os Romanos desembarcam em Ampúrias (costa leste da Península Ibérica), obrigando os Cartagineses a abandonarem as feitorias que aqui tinham estabelecido.

 202 a.C. – Os Romanos dominam todo o litoral da Península Ibérica, dos Pirenéus até à Foz do rio Guadalquivir.
 
Viriato - estátua
194 a.C. – Primeiro conflito armado entre Lusitanos e Romanos. Os Romanos saem vencedores.

154 a.C. a 138 a.C. – Os Lusitanos, comandados por Viriato, fazem guerra aos Romanos. Viriato seria assassinado.

82 a.C. a 72 a.C. – O general romano Quinto Sertório, chefiando os Lusitanos, inflige várias derrotas às legiões romanas. Mas os Lusitanos acabam por ser derrotados.


Imperador Octávio
Durante todo este período, os Romanos foram alargando o seu domínio sobre outros territórios em redor do Mar Mediterrâneo, construindo um império.

27 a.C. – Octávio torna-se imperador de Roma.

19 a.C. – Roma consegue o domínio sobre toda a Península Ibérica.

96 a 180 – Será o período mais estável e de maior desenvolvimento do Império Romano.

Império Romano no séc. II (território de cor verde)
257 – Iniciam-se as invasões bárbaras.

303 – O imperador Diocleciano ordena uma grande perseguição e repressão dos cristãos.

312 – O imperador Constantino põe fim à perseguição dos cristãos e converte-se ao cristianismo.

380 – O imperador Teodósio torna o cristianismo a religião oficial do Império.

395 – Divisão definitiva do Império Romano em Império do Ocidente e Império do Oriente (também chamado Império Bizantino, com capital em Constantinopla, cidade que já se tinha chamado Bizâncio).

Império do Ocidente e Império do Oriente
476 – Fim do Império do Ocidente: o imperador Rómulo Augústulo é deposto após a invasão da Península Itálica e de vários ataques a Roma.  

1453 – Fim do Império Romano do Oriente: os Turcos Otomanos conquistam Constantinopla.

25 de novembro de 2012

A construção do Império Romano

Ao longo de séculos (ver cronologia), os Romanos foram expandindo o seu território até que este se tornou um grande e poderoso império.

Império Romano em 241 a.C.

Império Romano em 197 a.C.

Império Romano em 133 a.C.

Império Romano em 27 a.C.
Octávio Augusto foi o seu primeiro imperador (27 a.C.).

Os objetivos dos Romanos eram:
  • aumentar os seus territórios
  • encontrar riquezas
  • encontrar terras férteis
  • encontrar novos mercados
  • garantir a sua segurança (por vezes também atacavam para assegurar a sua defesa face a povos vizinhos)
No século II o Império Romano estendia-se por três continentes, abrangendo toda a bacia do Mar Mediterrâneo, e contava cerca de 70 milhões de habitantes.

O Mediterrâneo era um mar interior do Império, a sua principal via de comércio entre províncias, sendo designado pelos próprios romanos como Mare Nostrum.


O Império Romano na sua extensão máxima (século II)
A Península Ibérica foi um dos territórios dominado pelos Romanos, fazendo parte do Império. Os Romanos dominaram a Península Ibérica durante mais de 600 anos. A sua presença mudou o modo de vida dos povos peninsulares.

A Península Ibérica dividida nas suas 3 províncias romanas

5 de novembro de 2012

Limites naturais da Península Ibérica

Como prometi, aqui está o mapa da Península Ibérica com os seus limites naturais, incluindo os Pirenéus (a Nordeste)

Limites naturais da Península Ibérica

Mensagem escrita com a presença do Celso, Daniel e João Rafael, do 5.º 8.

2 de novembro de 2012

Correção da Ficha n.º 3 do Caderno de Atividades

Encontra-se aqui a correção da Ficha n.º 3 do Caderno de Atividades.


 

Correção da Ficha n.º 1 do Caderno de Atividades

Os alunos interessados podem encontrar aqui a correção da Ficha n.º 1 do Caderno de Atividades.

Hoje, na aula, recolhi os cadernos de atividades para corrigir e avaliar.
Os mesmos serão entregues na aula de Português de 2.ª feira.

Na aula de hoje só tivemos oportunidade de fazer a correção oral. A correção que aqui se apresenta permitirá estudar para a ficha de avaliação do próximo dia 6.

Mais logo apresentarei a correção da 2.ª parte da Ficha n.º 3.

Bom estudo.


P.S. - Atenção que, na correção da pergunta 3.5, o Mar Mediterrâneo está um bocadinho mais a Norte do que devia e a indicação dos Montes Pirenéus fugiu. Apresentarei um mapa com o Mar e os Montes no lugar certo.

Recomeço com o 5.º ano

Havia já 3 meses que o blog estava parado.

Originalmente, o Historiando foi criado a pensar nas minhas turmas do 6.º ano.
Andou mais animado no ano letivo de 2010/2011 com as turmas 6.º 6 e 6.º 10.

Este ano, não tendo turmas de 6.º ano de HGP, repensei o objetivo inicial e decidi começar a trabalhar com o 5.º ano.
Informei hoje os alunos do 5.º 8 e aguardo que os novos aprendizes de historiador me possam fazer companhia aqui.
E que o blog vos seja útil.

28 de julho de 2012

A participação portuguesa no Jogos de 1912

Para participar nos Jogos Olímpicos de Estocolmo (1912), a representação portuguesa, com 6 atletas, saiu de Lisboa no dia 26 de Junho, num barco a vapor inglês. No dia 29 chegou a Southampton (Inglaterra), atravessou o Sul de Inglaterra de comboio e usou de novo um barco para chegar à Dinamarca. Da Dinamarca à Suécia, a comitiva portuguesa voltou a alternar o comboio e o barco. Finalmente, 5 dias depois da partida, os atletas chegaram a Estocolmo.

Os 6 atletas portugueses que participaram nos
Jogos Olímpicos de 1912, em Estocolmo (Suécia)

Na cerimónia de abertura, o maratonista Francisco Lázaro desfilou com a nova bandeira nacional, adotada pelo regime republicano, vencedor da revolução de 5 de Outubro de 1910. Mas o hino que tocou no estádio ainda foi o Hino da Carta, do tempo da monarquia.
Nestas olimpíadas, António Pereira, praticante de halterofilismo, participou na luta greco-romana, porque não houve provas de halterofilismo. Também na luta participou Joaquim Vital, jornalista de O Século. Na modalidade de esgrima participou Fernando Correia, chefe da missão portuguesa e que também foi júri na sua modalidade. No Atletismo, António Stromp (um dos fundadores do Sporting) competiu nos 100 e nos 200 metros, Armando Cortesão nos 400 e nos 800 metros e Francisco Lázaro na Maratona.

Nenhum dos portugueses passou às finais – Armando Cortesão ainda ficou apurado para as meias-finais dos 800 metros, mas não completou a prova por lesão. As queixas dos júris, nas várias modalidades, foram muitas.
Na Maratona foi a tragédia: Francisco Lázaro caiu inanimado durante a prova. Conduzido ao hospital, viria a falecer.

27 de julho de 2012

Jogos Olímpicos... há 100 anos

Está a terminar a cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de 2012.
São os 30.ºs Jogos Olímpicos da era moderna e realizam-se em Londres pela 3.ª vez.

Falamos em Jogos Olímpicos da era moderna porque esta competição desportiva voltou a realizar-se a partir de 1896, tendo como exemplo os Jogos Olímpicos que, muitos séculos antes, tinham lugar na Grécia.

Portugal não participou nos Jogos até 1912.
Há 100 anos, nos Jogos Olímpicos de Estocolmo, Portugal fez-se representar com 6 atletas, nas modalidades de Atletismo, Esgrima e Lutas Amadoras.


Voltaremos a falar destes Jogos de 1912.

30 de maio de 2012

Ficha de Avaliação - 6.º 7 e 6.º 9

A turma do 6.º 9 e os alunos do 6.º 7 que vão fazer a ficha de avaliação encontram aqui a informação sobre os conteúdos e os objetivos da ficha.

Em caso de dúvida o procedimento do costume - carloscarrasco9@gmail.com

Bom trabalho.

 

29 de maio de 2012

Ficha de Avaliação - 6.º 1 e 6.º 5

Encontram aqui os conteúdos e objetivos da ficha de avaliação. 

Aconselho para preparação, a realização dos Guias de Estudo n.º 11 e 12.

Questões mais importantes:
Ficha 11
Perguntas 2, 4, 5 e 6.

Ficha 12
Perguntas 2.1, 3, 6 e 7

Em caso de dúvidas (fora do espaço da aula) - os comentários aqui no Historiando ou através de carloscarrasco9@gmail.com

Bom estudo

Ficha de Avaliação - 6.º 5

Trabalho para o Sérgio:
Guias de Estudo n.º 11 e 12, do Caderno das Perguntas.


11 de maio de 2012

Guia de Estudo n.º 10 - última pergunta

O fim da 1.ª República:

Instabilidade governativa ou política - A maioria dos Presidentes da República não cumpria o mandato de 4 anos. Por isso os Governos eram substituídos constantemente.
Durante a 1.ª República houve 8 Presidentes da República e 45 Governos.

Desorganização geral - Os operários, trabalhadores e camponeses tinham uma vida miserável porque:
- os preços subiam;
- havia falta de alimentos;
- o desemprego aumentou.
Os burgueses das grandes cidades ficaram ainda mais endinheirados ou ricos. Até eram chamados de "novos ricos".

6 de maio de 2012

Ficha de avaliação - 6.º 7

Encontram aqui a informação sobre os conteúdos da ficha de avaliação do dia 9 e a listagem do que devem saber para essa ficha.

Bom estudo.
Qualquer dúvida pode ser colocada pelos comentários ou pelo mail carloscarrasco9@gmail.com

5 de maio de 2012

Ficha de Avaliação - 6.º 9

Aquilo que os alunos devem saber para a ficha de avaliação de dia 7 de Maio (2.ª feira) encontra-se aqui.

Os alunos do 6.º 9 que tiverem dúvidas no seu estudo ou quiserem ter acesso à correção dos Guias de Estudo, podem usar o meu mail carloscarrasco9@gmail.com .
Não publico aqui as correções porque ainda há turmas que estão a realizar esses trabalhos.

A ficha que os alunos do 6.º 7 irão fazer tem os mesmos objetivos e mais alguns, respeitantes às restrições à liberdade (pág. 112 a 115 do manual), que o 6.º 9 ainda não trabalhou.
Ainda hoje deixarei aqui essas informações para os alunos do 6.º 7.

23 de abril de 2012

Golpe militar de 28 de Maio de 1926 e ditadura militar

Como as turmas do 6.º 7 e 6.º 9 já entraram no Subtema 2, está aqui disponível a apresentação sobre o golpe militar de 28 de Maio de 1926, a ditadura militar e o início do regime do Estado Novo.

Já verifiquei que existem alguns problemas no visionamento de 2 ou 3 slides. Vou procurar corrigir logo que tenha oportunidade.

18 de abril de 2012

Regicídio - apresentação

Quem estiver interessado em saber mais sobre o regicídio, nomeadamente as razões mais próximas por que se deu esse dramático acontecimento da História de Portugal, encontram aqui uma apresentação que lhes poderá ser útil.

16 de abril de 2012

31 de Janeiro de 1891 - apresentação

Para quem quiser saber mais sobre aquela que foi a primeira tentativa de revolução republicana em Portugal.
Aconteceu na cidade do Porto, a 31 de Janeiro de 1891, e é conhecida pela data em que se ocorreu.

O 31 de Janeiro de 1891

13 de abril de 2012

Pedro, volta para as aulas!

Pedro L. (6.º 5), lá porque tiveste 5 no 2.º período não quer dizer que já não tens de fazer mais nada.
Deixa-te de desculpas com a doença e volta para as aulas.

P.S. - As melhoras.

A questão africana e o Ultimato inglês (apresentação)

É importante saber o que era, no final do século XIX, a chamada questão africana - os interesses que os países europeus tinham em África e as rivalidades que existiam entre os países europeus - para se compreender o Ultimato feito pela Inglaterra, em 1890.

A questão africana e o Ultimato inglês

17 de março de 2012

Ficha de Avaliação - Turmas 6.º 7 e 6.º 9 - Último esclarecimento

Como disse na última aula de cada uma destas turmas, por não terem sido abordados nas aulas, não são conteúdos da ficha de avaliação a participação de Portugal na 1.ª Guerra Mundial e os problemas que levaram ao fim da 1.ª República, pelo que na listagem do que devem saber, deixam de constar os últimos 3 pontos:
- Referir o envio de tropas portuguesas para África (Angola e Moçambique – 1914) e para França (1917).
- Reconhecer a importância da defesa dos territórios portugueses em África para a política colonial portuguesa.
- Caracterizar os problemas que conduziram ao final da 1ª República.

Esta será a última informação relativamente às fichas de avaliação.
A não ser que haja alunos que coloquem dúvidas.

Bom trabalho - o Dia Mundial do Sono foi ontem!

Correção do Guia de Estudo n.º 10

Apesar de não ter havido tempo das turmas (6.º 7 e 6.º 9) terem realizado a Ficha/Guia de Estudo n.º 10, como disse nas aulas, é bom que passem os olhos por estas questões e pela sua correção.
Um bom exercício é tentar responder e, depois, verificar se as respostas estão certas.
A correção do Guia de Estudo n.º 10 está aqui.

Nota: A correção foi retirada em 29 de Março, porque há turmas que ainda irão realizar estes exercícios.