25 de Abril de 1974

9 de novembro de 2011

A Inquisição em Portugal - antecedentes

A Inquisição (ou Tribunal do Santo Ofício) foi criada no século XIII, pelo papa Gregório IX.
Destinava-se a perseguir e castigar aqueles que não seguissem a religião Católica.

Figura alusiva ao casamento de
D. Manuel I com D. Isabel de Aragão

O pedido para instauração do Tribunal da Inquisição em Portugal começou por ser feito pelo rei D. Manuel I, por pressão dos reis de Espanha.
D. Manuel I, que iniciou o seu reinado em 1496, quis casar com D. Isabel de Aragão, filha dos reis de Espanha (Isabel e Fernando, os chamados Reis Católicos). Uma das obrigações do contrato de casamento era a expulsão dos judeus e dos muçulmanos de Portugal. D. Isabel só viria para Portugal se o reino fosse habitado exclusivamente por Católicos.
A perseguição aos judeus foi, então, mais forte entre os anos de 1496 e 1498.
Havia muitos preconceitos relativamente aos judeus… e alguma inveja.

Figura de judeu
D. Manuel sabia que a saída dos judeus teria consequências negativas para o reino do ponto de vista financeiro e científico, pela riqueza de alguns judeus e pelos grandes conhecimentos de matemática, astronomia e cartografia de outros, dinheiro e saberes que eram fundamentais para as viagens marítimas da época.
Procurou, portanto, atrasar as medidas de expulsão que ele próprio tomara e procurou a conversão ao Catolicismo, mesmo que forçada, de milhares de judeus – os chamados Cristãos-Novos.
A sua ideia seria a de que, com o tempo, estes novos convertidos se iriam inserindo na sociedade católica. Por isso, nem autorizava os Cristãos-Novos a casarem entre si.

Houve judeus que saíram do país, outros aceitaram a nova religião, outros aceitaram apenas aparentemente o catolicismo mas mantiveram secretamente os seus cultos e tradições, outros foram mortos.

D. Manuel I
Os reis de Espanha insistiram na instauração da Inquisição quando D. Isabel de Aragão morreu do 1.º parto, em 1498, e D. Manuel I casou com a cunhada, a princesa D. Maria, também filha dos Reis Católicos. Mas o Papa só viria a aceitar o pedido de D. João III, cerca de 15 anos depois da morte de D. Manuel I.

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