25 de Abril de 1974

2 de maio de 2011

A revolução republicana e a não interferência inglesa

Na aula do 6.º 6 de hoje, o Bruno Daniel perguntou, inteligentemente, qual a atitude da Inglaterra - a velha aliada - perante a revolução republicana. A conversa estava a seguir outro rumo e eu não respondi.

Segundo o que já li - professor também estuda - o rei, na altura de deixar o Palácio das Necessidades e seguir para Mafra, terá dado ordem para que algum destroyer inglês que pudesse estar no Tejo afundasse os navios da marinha portuguesa controlados pelos republicanos. Essa ordem nunca terá sido transmitida, por mau funcionamento das comunicações ou porque quem a recebeu não lhe deu seguimento.

Caricatura da fuga da família real

Será interessante que saibam que, já no mês de Abril de 1910, o Partido Republicano nomeara uma comissão encarregada de ir ao estrangeiro, com o objectivo de dar a conhecer o programa do partido e de manifestar a vontade de manter as boas relações com esses países quando o regime passasse a ser republicano.
O primeiro desses países foi a Inglaterra. Também se pretendia que a Inglaterra não interferisse no caso de uma mudança de regime.
O político republicano que chefiou essa comissão foi José Relvas, o mesmo que proclamou a República da varanda da Câmara Municipal de Lisboa, no dia 5 de Outubro de 1910.


A Inglaterra também não estava interessada em interferir na vida política interna de Portugal, como os governantes ingleses da época explicaram.


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