25 de Abril de 1974
9 de setembro de 2023
Há 50 anos - O nascimento do Movimento das Forças Armadas (MFA)
4 de fevereiro de 2023
A conquista da Península Ibérica pelos Romanos
A propósito da conquista da Península Ibérica pelos Romanos, remeto para um vídeo meu no YouTube:
A conquista romana da Península Ibérica
30 de dezembro de 2022
A vigília pela Paz na Capela do Rato
Em 1972, Portugal continuava mergulhado numa guerra em 3 frentes –
Angola, Guiné e Moçambique – pela manutenção do Império Colonial.
A data de 1 de janeiro de cada ano fora escolhida pelo Papa Paulo VI
como dia dedicado à Paz. Paulo VI consignara como lema das celebrações desse
ano “A Paz é possível, a Paz é obrigatória”.
O padre que celebrara a missa deixou à consciência de cada um dos presentes a posição a tomar.
Informado posteriormente, o padre responsável pela capela (padre
Alberto Neto), que não fora o celebrante por motivos de saúde, não se opôs à
iniciativa.
Nas missas de domingo de manhã, os padres oficiantes leram um texto
redigido em conjunto com o padre Alberto Neto, onde afirmavam “Seja qual for a
nossa posição diante deste gesto, ele tem um sentido interpelativo de tal
densidade que não o podemos ignorar.”
No grupo de católicos organizador havia algumas pessoas com ligações às Brigadas Revolucionárias (PRP-BR) e que informaram este grupo político da preparação da vigília. As BR ajudaram à sua divulgação: organizaram a distribuição de panfletos a anunciar a vigília, convocando quem quisesse aparecer. Em Lisboa, petardos espalharam panfletos! A informação seria depois transmitida pela Rádio Voz da Liberdade, em Argel.
O apelo à participação de mais pessoas (católicas ou não) também foi
feita à porta de várias Igrejas. “Ainda hoje me espanta como conseguimos, sem
telemóveis, avisar tanta gente”. (Jorge Wemans, à data estudante universitário).
No domingo, os participantes aprovaram uma moção onde se repudiava a
política do Governo de “prosseguir uma guerra criminosa com a qual tenta
aniquilar movimentos de libertação das colónias” e denunciava a “cumplicidade
da hierarquia da Igreja Católica face a esta guerra”.
Pouco antes das 21 horas do dia 31, a vigília seria interrompida pelas forças policiais, incluindo agentes da PIDE-DGS, que invadiram a capela, antecipando o fim previsto para o dia seguinte. Os cerca de 90 presentes foram levados pelas autoridades à esquadra local para identificação, tendo 14 deles sido conduzidos a Caxias, onde ficaram incomunicáveis na prisão por vários dias.
Os 12 funcionários públicos presentes na vigília viriam de ser alvo de
processos disciplinares e demitidos, conforme decisão do Conselho de Ministros
(9 de janeiro de 1973).
O Padre Alberto Neto foi destituído do seu cargo e os dois padres que foram celebrar missa na capela no dia 1 chegaram a ser levados para a sede da PIDE-DGS, pois tinha sido ordenado o encerramento do espaço, e só saíram por intervenção direta do Cardeal-Patriarca, D. Manuel Ribeiro.
![]() |
As detenções feitas pelas forças de segurança Desenho de Sofia Cavaleiro (app.parlamento) |
A vigília da Capela do Rato é considerada “um dos momentos mais emblemáticos – porventura, o mais emblemático – da oposição de matriz católica ao Estado Novo e, em particular, ao marcelismo. Tal significa que foi alcançado plenamente o principal objetivo dos promotores da vigília: garantir que o seu gesto tivesse grande visibilidade e impacto, para o que muito contribuíram dois fatores – a colaboração de uma organização de luta armadas, as Brigadas Revolucionárias, e a reação das autoridades civis.” (António Araújo, A oposição católica no marcelismo: o caso da Capela do Rato)
O que poderia não passar de mais um “breve episódio da luta de uma
minoria de católicos de elite contra o regime autoritário” acabou por ter
repercussões que superaram o que os próprios organizadores previram.
As prisões e a posterior expulsão da Universidade do conceituado economista
português Pereira de Moura provocaram uma onda de protesto internacional. Rui
Patrício, Ministro dos Negócios Estrangeiros, terá chegado a pedir a libertação
imediata dos presos, para evitar mais uma campanha contra a ditadura, mas sem
sucesso.
O Chefe do Governo foi levado a intervir em público, através de uma
comunicação ao país pela rádio e pela televisão (15 de janeiro) . O assunto chegaria
também à Assembleia Nacional, que o debateu ao longo de várias sessões (entre
16 e 23 de janeiro). A intervenção do deputado João Pedro Miller Guerra,
defendendo que a legitimidade da presença de Portugal no Ultramar podia ser
discutida em qualquer parte, foi impedida, pela Comissão de Exame Prémio
(censura), de ser divulgada. Na sequência desse debate, dois deputados da
chamada Ala Liberal – Francisco Sá Carneiro e o referido Miller Guerra –
renunciaram ao mandato.
A reação do regime virou-se contra o próprio regime.
Três anos antes, depois de uma missa celebrada pelo Cardeal Cerejeira, uma ação semelhante na igreja de S. Domingos, em Lisboa, passara quase despercebida. Para esta primeira iniciativa dos chamados “católicos progressistas”, Sophia de Mello Breyner Andresen compusera o poema “Vemos, ouvimos e lemos”.
29 de outubro de 2022
Estado do tempo (hoje de manhã)
E hoje de manhã, em Lisboa, o estado do tempo era este:
Nebulosidade (nuvens) que trazia precipitação:
Humidade:
Temperatura:
14 de junho de 2022
Galeria Real - Dinastia de Bragança
Trabalho realizado pelos alunos do 6.º E.
O D. João IV
Foi o primeiro rei da quarta dinastia com o cognome de "O
Restaurador".
Ele nasceu no dia 19 de março de 1604, em Vila Viçosa, e começou a governar Portugal em 1640, depois de restaurar a independência do Reino, acabando com o domínio filipino em Portugal.
D. João IV morreu dia 6 novembro de 1656. Ele teve 7 filhos. O filho que ficou com o trono depois de sua morte foi o D. Afonso VI.
Diogo e Leonor
O D.Afonso VI nasceu em Lisboa a 21 de agosto de 1643.
Os seus ascendentes são D. João IV e D. Luísa de Gusmão.
D.Afonso VI casou com a Maria
Francisca Isabel de Saboia.
O irmão de Afonso VI era D.Pedro
II, que foi o sucessor do trono.
No reinado de D. Afonso VI foi importante
o final da Guerra da Restauração.
A 23 de
novembro de 1667, D. Afonso VI abdicou do poder a favor do irmão, D. Pedro II.
A 24 de
março de 1668, o seu casamento foi anulado e D. Afonso foi desterrado para Angra do
Heroísmo.
Joel
D. Pedro II (Lisboa, 26 de abril de
1648 – Alcântara, 9 de dezembro de 1706), apelidado de "O Pacífico",
foi o Rei de Portugal e Algarves de 1683 até à sua morte, anteriormente
servindo como regente de seu irmão, o rei Afonso VI, a partir de 1668 até sua
ascensão ao trono.
Artur

D. João V nasceu no dia 22 de outubro de 1689, no Paço da Ribeira, em Lisboa.
O pai de D. João V é D. Pedro II e a mãe, Maria Sofia Isabel de Neuburgo.
D. João casou com a Maria Ana de Áustria, filha do imperador Leopoldo da Áustria, e tiveram 6 filhos: José I, Pedro III, Maria Bárbara, Pedro de Bragança, Príncipe do Brasil, Carlos e Alexandre Francisco.
Como rei, João V empenhou-se em projetar Portugal como uma potência internacional. Ele ordenou as faustosas embaixadas que enviou ao imperador Leopoldo I, em 1708, ao rei Luís XIV de França, em 1715, e ao papa Clemente XI, em 1716.
Também foi um grande edificador, sendo os principais testemunhos materiais do seu tempo: o Palácio Nacional de Mafra, a Biblioteca Joanina da Universidade de Coimbra, o Aqueduto das Águas Livres em Lisboa, e a maior parte dos coches da coleção do Museu Nacional dos Coches.
D. João V morreu a 31 de julho de 1750, com 60 anos, no Paço da Ribeira (onde nascera) e é conhecido como "O Magnânimo”.
Vasco
D. José I (em falta)

D. João VI, também chamado de
“O Clemente”, nasceu em 13/05/1767, em Lisboa, filho do rei D. Pedro III e da
rainha D. Maria I.
Ele casou-se no dia 8 de maio de 1785 com D. Carlota e teve nove filhos.
Um dos principais acontecimentos do seu reinado foi a Revolução Liberal (1820), que aconteceu enquanto estava no Brasil.
Ele jurou a constituição
liberal – a Constituição de 1822 -, sendo o primeiro monarca liberal em Portugal.
O seu falecimento foi a 10 de março de 1826, por envenenamento.
Santiago

D. Luís nasceu em 31 de outubro
de 1838, em Lisboa.
O ascendente de D. Luís era Pedro V.
D. Luís casou com D. Maria Pia de Saboia.
Renato
O rei D. Manuel II nasceu no dia 15 de novembro de 1889, no Palácio de Belém, Lisboa. O pai era Carlos I de Portugal e a mãe Amélia de Orleães.
Foi o último rei de Portugal, tendo saído do país para o exílio, em Inglaterra, a 5 de Outubro de 1910.
O rei D. Manuel II casou-se com D. Augusta Vitória de Hohenzollern-Sigmaringen e não tiveram filhos
D.Manuel II faleceu inesperadamente na sua residência, em 2 de julho de 1932, sufocado por um edema da glote. O Governo português, chefiado por António de Oliveira Salazar, autorizou a sua sepultura em Lisboa, organizando o funeral com honras de Estado. Os seus restos mortais chegaram a Portugal, em 2 de agosto, sendo sepultados no Panteão Real da Dinastia de Bragança, no Mosteiro de São Vicente de Fora, em Lisboa.
Danilo
------------
Meios de comunicação - Telemóvel
O primeiro telemóvel foi inventado em 1970, por Martin Cooper, que assumiu o cargo de responsável pela equipa de desenvolvimento do primeiro telemóvel do mundo. O primeiro protótipo que efetivamente funcionou, levou apenas 90 dias para ficar pronto. Pesava 793 gramas.
Danilo, 6.º E
Meios de comunicação - Telégrafo

Ele construiu o seu primeiro protótipo
de telégrafo em 1835 e, em 1838, estabeleceu o primeiro código morse.
A primeira mensagem transmitida pelo
telégrafo foi What hath God wrought! (Que obra fez Deus!)
Renato, Santiago e Vasco, 6.º E
Meios de comunicação - A Carta de Pero Vaz de Caminha
A comunicação da descoberta do Brasil ao rei D. Manuel I

Pero Vaz de Caminha era o escrivão da
armada comandada por Pedro Álvares Cabral que se dirigia para a Índia.
A Carta de Pero Vaz de Caminha é o documento em que Pero Vaz de Caminha conta muito da história do descobrimento do Brasil, descrevendo as suas impressões sobre o território e os seus nativos. É considerado o primeiro documento escrito da história do Brasil.
Depois de ter descoberto oficialmente o
Brasil em abril de 1500, a armada prosseguiu o seu caminho para a Índia, mas
era necessário comunicar ao rei D. Manuel I a novidade da descoberta do Brasil.
Uma nau retornou a Portugal trazendo a Carta de Pero Vaz de Caminha.
Diogo, Lara, Leonor, Phellype
e Renata, 6.º E
Meios de comunicação - Pombos-correio
Sabe-se que os pombos-correio já eram usados para
trocar mensagens por volta de 3.000 a.C., no Antigo Egito.
No século XIX os pombos-correio eram utilizados para
comunicações militares. Foram ainda muito usados na I Guerra Mundial.
Artur, 6.º E
23 de outubro de 2021
18 de maio de 2021
Portugal nos séculos XIII e XIV - Recursos naturais e atividades económicas
A apresentação que vimos na aula (em formato um pouco diferente).
Recursos naturais e atividades económicas
25 de abril de 2021
25 de Abril de 1974
Maria Inácia Rezola, 25 de Abril - Mitos de uma revolução
26 de março de 2021
A doação do Condado Portucalense - redação de um texto
Resultado de um trabalho realizado pelas turmas do 5.º ano, de redação de um texto sobre a doação do Condado Portucalense.
Tópicos obrigatórios do texto:
- Quem fez a doação do Condado Portucalense;
- A quem foi doado;
- Quando foi doado;
- Por que motivo foi doado;
- Quais as condições impostas por quem o doou.
Texto final do Romeu (5.º B), depois de corrigido.
«O Condado Portucalense foi doado no ano de 1096. Quem fez a doação do condado foi D. Afonso VI e foi doado a D. Henrique e a D. Teresa.
O condado foi doado a D. Henrique pelos serviços prestados por este a D. Afonso VI no combate contra os muçulmanos.
As condições impostas pelo rei D. Afonso VI foram as seguintes: D. Henrique tinha de prestar auxílio militar quando o rei pedisse, tinha de ir às suas cortes, defender o Condado Portucalense dos ataques dos inimigos e alargar as fronteiras do Condado a sul, através da conquista de terras em posse dos muçulmanos.»
14 de março de 2021
Se D. Afonso Henriques tivesse BI...
... em tempos de República.
A Alice (5.º B) privilegiou o texto manuscrito e o preto e branco.
Ambas apontam 5 de agosto de 1109 como sendo a data de nascimento e Guimarães como o local.28 de fevereiro de 2021
História do azulejo
Uma breve história do azulejo português, contada a partir da exposição permanente do Museu Nacional do Azulejo.
27 de fevereiro de 2021
As medidas de comprimento
Já falámos aqui da variedade de pesos e de medidas nos primeiros séculos da monarquia portuguesa.
As antigas medidas de comprimento apresentam uma particularidade curiosa.
Quando ainda não existia o metro, nem as outras medidas baseadas no metro, para medir o comprimento usavam-se medidas baseadas no corpo humano. O padrão de medida usado em Portugal era o palmo.
Nem todas as pessoas tinham palmos iguais, mas estava estabelecido que o palmo tinha um tamanho relativamente definido que media (nas unidades atuais) cerca de 22 cm.
- A vara, que media 5 palmos.
- O côvado, que media 3 palmos.
A vara e o côvado nas portas da vila de Sortelha e na vila do Redondo |
26 de fevereiro de 2021
Os pesos e as medidas
O ato de medir faz parte da vida humana desde as primeiras civilizações.
É preciso medir ou pesar os produtos que se compram, trocam e vendem ou com os quais se pagavam impostos. É preciso medir as distâncias entre locais ou as superfícies dos terrenos. É preciso definir as medidas dos edifícios que se constroem. É preciso medir o tempo...

As medidas que usamos em Portugal estão definidas no Sistema Internacional de Unidades (SI).
Para o comprimento, a medida principal é o metro (m).
Nas medidas de volume ou de capacidade, usamos o litro (l).
Na medição da massa (na linguagem comum às vezes chamamos "peso"), o padrão de medida é o quilograma (kg).
Mas nem sempre foi assim...
No tempo de D. Afonso Henriques e durante vários séculos, os pesos e as medidas eram muito diferentes dos que usamos agora e tinham outros nomes: não havia metro, nem litro, nem quilograma.
![]() |
Pesos antigos, em granito |
![]() |
Medidas de capacidade: chamadas "medidas de pão" - alqueire, meio alqueire e quarta de alqueire |
![]() |
Nas pedras das portas dos castelos ou das igrejas estavam marcadas as medidas de comprimento, para que os comerciantes pudessem saber o seu valor nessa localidade. |
![]() |
No chão, em primeiro plano, caixa de pesos. |