25 de Abril de 1974

28 de junho de 2014

Em 28 de Junho - o atentado que levaria à I Guerra Mundial

No dia 28 de junho de 1914, em Sarajevo, foi assassinado o arquiduque Francisco Fernando, herdeiro do trono do Império Austro-Húngaro.

O arquiduque Francisco Fernando e a esposa momentos antes do atentado
O assassinato - um acontecimento que tem semelhanças com o regicídio
de D. Carlos e do príncipe D. Luís Filipe

A cidade de Sarajevo é a capital da Bósnia-Herzegovina. A Bósnia, em 1914, era um território que tinha sido anexado pelo Império Austro-Húngaro.
O atentado foi cometido por um estudante sérvio, membro de uma organização secreta que pretendia que a Bósnia-Herzegovina se libertasse do domínio austro-húngaro e se juntasse à Sérvia, constituindo um outro país - a Grande Sérvia.

Prisão do autor do atentado

As relações entre muitos países europeus andavam tensas...
O Império Austro-Húngaro culpou a Sérvia pelo sucedido, a Alemanha estava ao lado dos austro-húngaros, a Rússia ao lado da Sérvia, a França ao lado da Rússia...
E um mês depois, em julho de 1914, teria início a I Guerra Mundial.


27 de junho de 2014

Língua Portuguesa - 800 anos

27 de junho de 1214 é a data registada no testamento de D. Afonso II, o terceiro rei de Portugal.

Por se tratar do mais antigo documento régio escrito em português, um conjunto de pessoas e de entidades resolveram assinalar o dia como sendo o do aniversário da Língua Portuguesa - o dia em que o português faz 800 anos.

Testamento de D. Afonso II

Há documentos mais antigos escritos em português, como o da imagem imediatamente abaixo, mas sem o valor oficial que tem o testamento do rei.

Notícia de Fiadores (1175)

Notícia de torto (entre 1210 e 1216),
outro dos documentos mais antigos

Uma língua não nasce de um momento para o outro, num dia certo. Uma língua é o resultado de um processo lento.
Antes de ser escrita, a língua é oral, tal como as crianças começam a falar antes de saberem escrever.
O português já tinha uma existência oral de séculos, mas os documentos, nomeadamente os documentos oficiais, eram escritos em latim.

Seria o rei D. Dinis a declarar o português como língua oficial do reino, na última década do século XIII, embora no reinado do seu pai, D. Afonso III, a partir de 1255, já houvesse vários documentos escritos em português.

O testamento de D. Afonso II começa assim:
“Em nome de Deus. Eu, rei D. Afonso, pela graça de Deus rei de Portugal, estando são e salvo, temendo o dia da minha morte, para a salvação da minha alma e para proveito de minha mulher, a rainha D. Urraca e de meus filhos e de meus vassalos (…)”


Testamento de D. Afonso II (pormenor)

Do testamento foram feitas 13 cópias, mas só se sabe onde se encontram dois exemplares, os que foram enviados aos arcebispos de Braga e de Santiago, um guardado no grande arquivo nacional, que é a Torre do Tombo, outro nos arquivos da Catedral de Toledo (Espanha).

Sobre os primeiros documentos em português e a comemoração dos 800 anos da Língua Portuguesa, podemos ouvir a chefe de Divisão de Tratamento Técnico Documental e Aquisições da Torre do Tombo, Fátima Ó Ramos.