25 de Abril de 1974

29 de julho de 2011

O Chalet romântico da Condessa de Edla

Em 1861, oito anos depois de ficar viúvo de D. Maria II, D. Fernando II conheceu a cantora americana de origem alemã Elise Hensler, quando esta veio interpretar no Teatro de São Carlos um papel na ópera Um Baile de Máscaras, de Verdi.

Apaixonaram-se e acabariam por casar em 1869, o que foi provocou muitas discussões na época.
A cantora recebeu o título de Condessa de Edla, concedido pelo Duque Ernesto II de Saxónia-Coburgo-Gota por ocasião do casamento.
D. Fernando e a Condessa de Edla escolheram um sítio no Parque da Pena para construírem um chalet no estilo alpino.
O chalet e o jardim sofreram um incêndio em 1999, mas foram agora recuperados e abertos ao público.
A abertura oficial do chalet celebra-se hoje, com um concerto, onde serão cantadas músicas que a Condessa de Edla cantou na época.


Num programa televisivo foi abordada a reconstrução do chalet:



24 de julho de 2011

24 de Julho de 1833 - Lisboa tomada pelos liberais


Estátua do Duque da Terceira na praça do mesmo nome
 (mais conhecida por Cais do Sodré),
próximo do local onde os liberais desembarcaram.
Após a vitória liberal na batalha da Cova da Piedade, já não havia qualquer obstáculo à entrada na cidade de Lisboa das tropas comandadas pelo Duque da Terceira. O Duque de Cadaval, comandante absolutista, ordenou a evacuação da cidade, sem dar combate. A confiança dos chefes miguelistas nas tropas da guarnição da capital não era grande...
Os liberais entraram e tomaram Lisboa no dia 24 de Julho de 1833.
A perda de Lisboa desmoralizou os absolutistas e obrigou à alteração dos seus planos. Até à derrota final e à assinatura da Convenção de Évora-Monte, reconhecimento dessa derrota.

23 de julho de 2011

Batalha da Cova da Piedade - uma batalha ao pé da porta

A 23 de Julho de 1833, em plena Guerra Civil entre liberais e absolutistas, as tropas liberais comandadas pelo Duque da Terceira derrotaram as tropas absolutistas na batalha da Cova da Piedade.
Mapa com os movimentos das forças liberais
Os liberais tencionavam avançar para Lisboa, depois de uma campanha vitoriosa iniciada no Algarve e que os trouxera do Sul em direcção à capital.
Os absolutistas, comandados pelo general Teles Jordão, governador do Forte de S. Julião da Barra pretendiam conter o avanço dos liberais. A batalha prolongou-se até à beira rio, em Cacilhas, onde os liberais procuraram dispor de barcos em que pudessem atravessar o rio Tejo.
O general Teles Jordão, morto na batalha, terá sido enterrado já na praia, com um braço de fora.
Esta vitória foi decisiva para os liberais conseguirem atingir os seus objectivos. No dia seguinte Lisboa seria tomada.
Amanhã cá estaremos.


Caricatura dos dois irmãos - D. Pedro IV (liberal) e D. Miguel (absolutista) - em luta pelo trono

14 de julho de 2011

A tomada da Bastilha

No final do século XVIII, a monarquia francesa passava por uma fase conturbada.
Em meados de Julho de 1789, o boato de que as tropas reais se preparavam para reprimir duramente a população da cidade de Paris fez com que o povo, para se defender, se procurasse armar.
Na fortaleza da Bastilha, que funcionava também como prisão, estaria armazenada a pólvora necessária para as espingardas e canhões de que, entretanto, já se tinha apropriado.
No dia 14 de Julho de 1789, ao fim de algumas horas de combate, a Bastilha foi invadida e tomada pelo povo revoltado de Paris.
A tomada da Bastilha foi um acontecimento marcante na história da Revolução Francesa – tornou-se o acontecimento simbólico que assinala o início dessa revolução.
A data tornou-se feriado nacional em França, a sua Festa Nacional.

Pintura símbolo do espírito revolucionário francês
A Liberdade guiando o povo, da autoria de Eugène Delacroix

A partir da tomada da Bastilha, em França e na Europa, nada ficará como antes.
Considera-se que a Revolução Francesa, proclamando os princípios universais de Liberdade, Igualdade e Fraternidade, deu início a um novo período da História: a Idade Contemporânea.

11 de julho de 2011

Aljube - A Voz das Vítimas

No Aljube – antiga cadeia do Aljube (Lisboa) – está uma exposição intitulada A Voz das Vítimas.
Esta cadeia foi um dos símbolos da ditadura que nos governou de 1926 a 1974.

Já no período do domínio muçulmano ali funcionaria uma prisão, o que se manteve com a conquista de Lisboa por D. Afonso Henriques.
Só em finais do século XVI, sob o domínio dos Filipes, o edifício então existente passaria a ter outras funções. Com o terramoto de 1755, o edifício sofreu grandes transformações e, após a revolução liberal de 1820, voltou a funcionar como prisão, sendo considerada como uma das que tinha piores condições. Em 1845 tornou-se uma prisão para mulheres.
O edifício teve obras no início da 1.ª República e, a partir de 1928, já em plena ditadura militar, tornou-se uma cadeia para os presos políticos masculinos, que haveria de ser gerida pela polícia política (PVDE, depois PIDE).
A cadeia do Aljube foi encerrada em 1965, na sequência de muitos protestos nacionais e internacionais, e porque a PIDE também considerava que a prisão apresentava problemas de segurança (na perspectiva de quem prendia, claro).
Ainda voltaria a funcionar para presos de delito comum (1969-197...).


Pelo Aljube passaram, entre 1928 e 1965, milhares de presos políticos, sujeitos à repressão do regime ditatorial e da sua polícia política. Aí sofreram as duras condições prisionais por terem a coragem de resistir.

A exposição A Voz das Vítimas é uma homenagem a essas pessoas, recordando o que ali sofreram, para que a memória não se perca e para que tenhamos mais presente o que representam a liberdade e os nossos direitos de cidadãos.
O Aljube fica junto à Sé de Lisboa e a entrada na exposição é gratuita.

E falo agora para os meus ex-alunos: peçam aos vossos pais para fazerem convosco essa visita, aproveitando o período de férias. Podem visitar também a Sé, ali bem perto. Será um óptimo (e educativo) passeio.


2 de julho de 2011

Vendedora de figos


Varina

Tanoeiro


Taberneiro


Limpa-chaminés


Leiteira


Guarda-Nocturno


Fotógrafo "à la minute"

Ferreiro


Carvoeiro



1 de julho de 2011

Calceteiro


Ardina


Amolador


Acendedor de candeeiros (lampiões)

Profissões de finais do séc. XIX / início do séc. XX

Em AP, a turma do 6.º 10, com as professoras Antonieta Miranda e Valentina Batista, trabalhou o tema das profissões urbanas de finais do século XIX e início do século XX.
Como o tema se relaciona com a História, nomeadamente com os conteúdos sobre a alteração da vida nas cidades na 2.ª metade do século XIX, e há desenhos muito bonitos, serão aqui apresentados alguns desses trabalhos (aqueles que tive oportunidade de digitalizar).

Para facilitar a sua pesquisa/observação, os desenhos serão organizados pelas respectivas profissões.

Fim de Ano - Um balanço

O ano lectivo chegou ao fim.
Parámos há já alguns dias - foram as últimas fichas, as últimas aulas (a correr para o 25 de Abril, que aqui pouco se viu!), as avaliações, outras tarefas para os professores (preferia estar a blogar!...)...
As visitas ao Historiando diminuíram, naturalmente.

Chegámos ao fim de um ciclo, chegaram vocês ao fim do 2.º Ciclo.
Ficam sempre saudades. Verdade, Ana Carolina, menina que me perguntou por elas.

Acho que o blog foi uma boa experiência. Uma experiência que pode ser melhorada e complementada com outros recursos...
Mas penso que para isso contribuiu o facto de ter boas turmas, cada uma à sua maneira:
- o 6.º 4 revelou-se uma surpresa positiva do ponto de vista do comportamento/forma de estar, mas pouco contribuiu com o seu trabalho. Os interesses da maioria dos alunos são outros...
- o 6.º 10 foi a turma com melhores resultados nas provas de avaliação, mas a sua forma de estar era, no geral, demasiado agitada para que se "estivesse (mesmo) bem". Havia comportamentos infantis de alguns alunos que prejudicavam o ambiente de trabalho e não facilitaram outras formas de trabalhar. Fica-me essa pena, porque tinha alunos com grandes capacidades.
- o 6.º 6 foi a turma mais equilibrada entre trabalho/participação e comportamento. Era uma turma no verdadeiro sentido do termo, um grupo unido, com quem dava gosto estar (embora às vezes também houvesse um pouco de conversa a mais). Tinha um grupo de alunos que suscitava conversas que achei muito interessantes.

O interesse e a atitude de alguns alunos destas duas últimas turmas foram o melhor estímulo para o que fui/fomos aqui fazendo. E o tempo não chegou para tudo o que tinha pensado (ter este espacinho arranjado dá trabalho!...).
O Historiando chegou a ultrapassar as 1000 visitas diárias, teve no mês de Maio uma média diária de 450 visitas e, no total do ano lectivo, ultrapassou as 35 mil. Nem todas eram vossas, claro (foi surpreendente, para mim, o elevado número de visitas a partir do Brasil), mas em altura de fichas de avaliação notava-se um aumento significativo, o que quer dizer alguma coisa.

Espero que, de alguma forma, este espaço tenha sido útil para vocês e que para o ano, apesar de estarem quase todos no 7.º ano, continuem a passar por aqui e a acompanhar o Historiando, deixando as vossas opiniões, podendo colocar dúvidas e dando o vosso contributo. Acharia muito interessante.
O e-mail também é vosso conhecido: carloscarrasco9@gmail.com

Penso continuar a escrever algumas mensagens durante estes meses de paragem de aulas... Por estes dias irei colocar desenhos que o 6.º 10 fez em AP sobre profissões do final do século XIX/princípio do século XX.

Apareçam sempre.
Boas férias
Felicidades para todos

Um abraço
O vosso prof. de HGP
Carlos Carrasco