25 de Abril de 1974

28 de novembro de 2010

Lisboa antes do terramoto de 1755

Duas recriações virtuais mostram como era Lisboa antes do terramoto de 1755: uma em filme 3D, com locução em inglês e música da ópera composta para a estreia da Real Ópera do Tejo - http://lisbon-pre-1755-earthquake.org/ (procura na coluna da direita Virtual Archaeology - The Lisbon Royal Opera House) – outra, sobretudo com imagens fixas, a partir de um trabalho do Museu da Cidade (Lisboa) - http://videos.publico.pt/Default.aspx?Id=93cdb214-9f5a-4773-8836-02673710874f  .

Podemos ver como eram edifícios importantes da cidade e do reino: o Paço da Ribeira, onde viviam o rei e a corte, a Igreja da Patriarcal, a recém-construída Ópera do Tejo, a Ribeira das Naus, onde ficavam estaleiros de construção naval, o Palácio dos Estaus (depois sede do tribunal da Inquisição), o Convento de São Domingos, o Hospital Real de Todos-os-Santos (um dos equipamentos públicos mais importantes), etc.

As imagens destes edifícios podem ser vistas no site do Museu da Cidade: http://www.museudacidade.pt/Lisboa/3D-lisboa1755/Paginas/default.aspx

27 de novembro de 2010

A reconstrução de Lisboa


A Baixa pombalina é um conjunto arquitectónico de grande valor patrimonial. Construída após a destruição da cidade pelo terramoto de 1755, foi, em meados do século XVIII, o primeiro grande exemplo da aplicação das ideias iluministas à renovação urbana.


A Baixa foi planeada para ser o centro de Lisboa, uma grande capital europeia.


Se é destacado o papel do Marquês de Pombal, enquanto político responsável pela reconstrução - toma as decisões - não pode ser esquecido o papel dos técnicos responsáveis pelo plano da Baixa: Eugénio dos Santos e Manuel da Maia.
Manuel da Maia (1677 - 1768), engenheiro militar, esteve envolvido nos trabalhos do Aqueduto das Águas Livres, construção que resistiu ao terramoto de 1755. Engenheiro-mor do Reino, foi dos principais participantes nos estudos para a reconstrução de Lisboa.

Busto de Manuel da Maia

Eugénio dos Santos (1711 - 1760), arquitecto, foi chamado pelo Marquês de Pombal para participar nas obras de reconstrução de Lisboa. É o principal autor do traçado geométrico da baixa pombalina, nomeadamente do Terreiro do Paço.

Eugénio dos Santos


Projecto de Eugénio dos Santos para a Baixa de Lisboa


O Marquês de Pombal - reinou sem ser rei

O Diogo G. (6.º 10) enviou este texto sobre o Marquês de Pombal.

Era sábado, dia de Todos os Santos, mais precisamente 1 de Novembro de 1755. A terra começou a tremer entre as nove e as dez da manhã e, pouco tempo depois, o mar entrou Lisboa adentro levando tudo à sua frente.


O terramoto durou apenas 7 minutos, mas quando finalmente o mar recua e a terra pára de tremer, tudo era destruição, caos e desespero.


O rei estava em choque e não sabia o que fazer. Valeu-lhe um dos seus homens de confiança. Chamava-se Sebastião José de Carvalho e Melo e era o secretário dos Negócios Estrangeiros.
Foi ele que criou e estudou a nova reconstrução de Lisboa.
Foi desta forma que se transformou numa das pessoas mais importantes do país, sendo, às vezes, até
mais valorizado do que o próprio rei.
Com o passar do tempo, o prestígio de Sebastião José foi aumentando, tendo-lhe sido concedido, o título de conde de Oeiras. Mas foi com outro título que ficou conhecido: o de Marquês de Pombal.

A acção do Marquês de Pombal

Este sítio esteve parado durante uns dias - fichas de avaliação e outros afazeres - e atrasámo-nos um bocadinho.

Aí está a imagem do Marquês de Pombal no cabeçalho, porque o reinado de D. João V já passou e o Convento de Mafra ficou "fora de época".


Goa

Não vem a propósito do nosso programa de História, mas é de realçar os 500 anos da conquista da cidade de Goa, por Afonso de Albuquerque ao comando de uma armada.

Foi a 25 de Novembro de 1510, reinava D. Manuel I.


Portugal estava num processo de expansão dos seus territórios, construindo o Império que se estendeu por quase todos os continentes.

Império português no século XVI

A cidade de Goa só deixaria de ser território português em 1961, passando a pertencer à Índia.

12 de novembro de 2010

11 Mulheres na República

Esta semana tivemos na Biblioteca da escola a exposição 11 Mulheres na República, cedida pelo Sindicato dos Professores da Grande Lisboa.


Foi relativamente pouco tempo e não houve oportunidade de organizar visitas das turmas. O acesso, no entanto, foi livre.
E o 6.º 6, organizado em pequenos grupos, durante a aula de Área de Projecto, pôde deslocar-se à Biblioteca e fazer um pequeno trabalho: 11 pares de alunos da turma retiraram as principais informações sobre cada uma das Mulheres republicanas.


Brevemente publicaremos aqui esses trabalhos.


7 de novembro de 2010

S. Martinho no Moinho

O título rima


Entre os dias 11 e 14 de Novembro (5.ª feira e Domingo), o Ecomuseu Municipal do Seixal convida-nos a celebrar o S. Martinho no Moinho de Maré de Corroios, com a realização de diversas actividades.

No fim-de-semana, para além das castanhas assadas, prevê-se a realização de um ateliê de reciclagem, de uma visita comentada com a participação do antigo moleiro, de um concerto, de leituras encenadas, bem como a apresentação de um teatro de fantoches

Encontram o programa completo e inscrições disponíveis através do endereço www.cm-seixal.pt/comuseu



Aproveitem o fim-de-semana - vão ao Moinho de Maré de Corroios, aprendam e divirtam-se. Convençam os vossos pais.

Palácio e Convento de Mafra

O Pedro (6.º 10) escreveu este texto sobre o Palácio e Convento de Mafra, uma das grandes obras do reinado de D. João V.


O Convento – Palácio de Mafra foi mandado construir pelo rei D. João V na primeira metade do século XVIII.
Foi construído para cumprir a promessa do rei caso tivesse um descendente para ocupar o trono.

 Sala da Benção

Este monumento, de estilo barroco, integra um Paço Real (palácio), uma basílica e um convento, incluindo este uma biblioteca com cerca de 40 mil livros de séculos passados. [A Biblioteca, à qual se destinou a maior sala, considera-se hoje parte integrante do Palácio.] 



Biblioteca

A direcção da obra foi de João Frederico Ludovice, ourives alemão, com formação de arquitectura em Itália.

As obras começaram em 1717 e em 1730 procedeu-se à sagração da Basílica, embora as obras tenham continuado até 1775.

Quarto das Rainhas


6 de novembro de 2010

D. João IV

Em 6 de Novembro de 1656, faleceu na cidade de Lisboa o rei D. João IV.


D. João, 8.º duque de Bragança, começou a reinar em Dezembro de 1640, na sequência da conspiração contra o domínio filipino - Restauração da Independência a 1 de Dezembro de 1640.
Com a sua morte, de acordo com o testamento que deixou, a regência do país foi confiada à rainha D. Luísa de Gusmão.

Túmulo de D. João IV, no Mosteiro de S. Vicente de Fora (Lisboa)

A D. João IV sucedeu D. Afonso VI.

Concelho do Seixal - 174 anos

No dia 6 de Novembro de 1836, reinava D. Maria II, foi criado o concelho do Seixal.

Inicialmente, as freguesias eram 4: Amora, Arrentela, Seixal e Paio Pires.

3 de novembro de 2010

O Café

Porque falámos das principais produções agrícolas do Brasil do século XVIII, o José pesquisou informação sobre o café. Trabalhámos o texto - descobrimos significados, sublinhámos as ideias principais e ficou o que apresentamos.


O café é originário da Etiópia (leste de África). É conhecido há mais de mil anos na região de Kafa, de onde poderá vir o nome "café".
Foi descoberto casualmente por pastores de cabras. As cabras, ao comerem o pequeno fruto do café, tornavam-se mais espertas e resistentes.

Fruto do café ainda no cafeeiro

Um desses pastores passou a colher os frutos do café e a preparar uma pasta com os os frutos esmagados e manteiga, sentindo maior vivacidade. Um monge da região, tomando conhecimento disso, começou a utilizar uma infusão de frutos para resistir ao sono enquanto orava.
Na Arábia, onde o café começou a ser plantado e consumido, aquela bebida recebeu o nome de kahwah ou cahue, de onde deverá vir o nome de "café".

Grãos de café já torrados

O café chegou à Europa trazido por navegantes e aventureiros holandeses, alemães e italianos.
A partir do século XVII, o café tornou-se uma das bebidas mais consumidas na Europa, passando a fazer parte dos hábitos da burguesia ou das cortes europeias.

Os holandeses e os franceses levaram a planta do café para as suas colónias americanas, para aproveitar o clima apropriado ao seu cultivo.

Cafezal

No Brasil, então dominado por Portugal, o Governador do Pará mandou Francisco Mello Palheta, um oficial aventureiro, ir ao território da Guiana francesa trazer algumas sementes de café (o que na época era proibido porque quem o produzia não queria que fosse plantado noutro sítio).
Assim, em 1727, aquele oficial conseguiu contrabandear as primeiras sementes de café que viriam a dar origem a uma importante produção no Brasil.
Em pouco tempo o café tornou-se o mais importante produto brasileiro.

Lavrador de café

José Caramelo (6.º 4), (com adaptações)


Monarquia absoluta

Monarquia absoluta ou absolutista é a forma de governo onde o Monarca ou Rei exerce o poder absoluto, isto é, independente e superior ao de outros órgãos do Estado.

A principal característica é o poder do rei estar acima de todos os outros poderes ou de concentrar em si os três poderes: legislativo, executivo e judicial.


O absolutismo, foi fortalecido pelo desenvolvimento da teoria do "direito divino dos Reis" – o direito divino dos reis é baseado na crença de que o monarca tem o direito de governar por vontade de Deus e não devido aos seus súbditos.
Este tipo de governo foi muito comum na Europa ocidental entre o século XVII e meados do Século XIX.

     Texto de Ana Rita Antão (6.º 10)
 
Em Portugal, o reinado de D. João V é um óptimo exemplo desta forma de governo aqui descrita pela Ana Rita.



1 de novembro de 2010

A editar

Estão à espera de edição textos sobre o Padre Bartolomeu de Gusmão (Débora e Inês - 6.º 10), o café (José - 6.º 4), a monarquia absoluta e Alexandre de Gusmão (ambos da Ana Rita - 6.º 10).

Identificámos a nossa seguidora Annie Rose (Ana Rita) e hoje surgiu um 6.º - o Hugo Pereira (6.º 10).

A nova imagem do cabeçalho

Conforme o tema a tratar nas aulas assim vai mudando a imagem que identifica o blogue.

Deixámo-nos de centrar no Brasil, para abordarmos a sociedade portuguesa no reinado de D. João V - a primeira metade do século XVIII.
É evidente que a vida na época de D. João V, nomeadamente a vida da corte, é marcada pelo ouro que nos chegava do Brasil. Mas agora centramos a nossa atenção na forma como o rei exerce o seu poder e nas suas manifestações de luxo.
O Convento de Mafra é uma das "marcas" do reinado de D. João V. Por isso escolhi uma imagem do convento para ser a imagem deste blogue, enquanto andarmos à volta deste assunto.

Podia ter sido o Aqueduto das Águas Livres...

O terramoto de 1 de Novembro de 1755

No dia 1 de Novembro de 1755, cerca das 9.30 h, um sismo de grande magnitude destruiu quase completamente a cidade de Lisboa, para além de ter atingido outras zonas do país, como o Algarve.
O terramoto foi seguido de um tsunami e de vários incêndios na cidade. Não se sabe ao certo o número de mortos.


O Palácio Real – o Paço da Ribeira – situado na margem do rio Tejo, foi destruído. Na sua biblioteca perderam-se cerca de 70 mil volumes e centenas de obras de arte. O Arquivo Real, que continha muitos documentos antigos, incluindo os que diziam respeito às viagens dos descobrimentos, também se perdeu.
Na zona central de Lisboa – a Baixa – ficaram destruídas as maiores igrejas, assim como o Hospital Real de Todos os Santos, consumido pelos fogos, tendo morrido queimados os doentes que aí se encontravam. A Casa da Ópera, inaugurada seis meses antes [ver texto do Pedro Melo (6.º 6)], foi totalmente consumida pelo fogo.

Ainda hoje podem ser vistos e visitados vestígios do terramoto, como as ruínas do Convento do Carmo.
A família real escapou à catástrofe, pois o rei D. José I, que governava desde 1750, juntamente com muitas pessoas da corte, tinha-se deslocado para Belém (na época, arredores da cidade), pois as princesas teriam manifestado vontade de passar o feriado de Todos-os-Santos fora da cidade.

Convento do Carmo

O terramoto de Lisboa teve um enorme impacto na vida do país, destacando-se o papel que teve Sebastião José Carvalho e Melo (futuro Marquês de Pombal), na reconstrução da cidade e na forma como governou o reino enquanto Ministro de D. José I.
O rei, com o susto, ganhou receio a viver em edifícios de construção sólida (pedra) e passou a viver em tendas, primeiro, e depois na denominada Real Barraca da Ajuda, de que falaremos daqui a uns dias.

A Real Barraca

Este terramoto terá dado origem aos primeiros estudos científicos sobre os sismos, originando o nascimento da moderna sismologia.