25 de Abril de 1974

1 de novembro de 2010

O terramoto de 1 de Novembro de 1755

No dia 1 de Novembro de 1755, cerca das 9.30 h, um sismo de grande magnitude destruiu quase completamente a cidade de Lisboa, para além de ter atingido outras zonas do país, como o Algarve.
O terramoto foi seguido de um tsunami e de vários incêndios na cidade. Não se sabe ao certo o número de mortos.


O Palácio Real – o Paço da Ribeira – situado na margem do rio Tejo, foi destruído. Na sua biblioteca perderam-se cerca de 70 mil volumes e centenas de obras de arte. O Arquivo Real, que continha muitos documentos antigos, incluindo os que diziam respeito às viagens dos descobrimentos, também se perdeu.
Na zona central de Lisboa – a Baixa – ficaram destruídas as maiores igrejas, assim como o Hospital Real de Todos os Santos, consumido pelos fogos, tendo morrido queimados os doentes que aí se encontravam. A Casa da Ópera, inaugurada seis meses antes [ver texto do Pedro Melo (6.º 6)], foi totalmente consumida pelo fogo.

Ainda hoje podem ser vistos e visitados vestígios do terramoto, como as ruínas do Convento do Carmo.
A família real escapou à catástrofe, pois o rei D. José I, que governava desde 1750, juntamente com muitas pessoas da corte, tinha-se deslocado para Belém (na época, arredores da cidade), pois as princesas teriam manifestado vontade de passar o feriado de Todos-os-Santos fora da cidade.

Convento do Carmo

O terramoto de Lisboa teve um enorme impacto na vida do país, destacando-se o papel que teve Sebastião José Carvalho e Melo (futuro Marquês de Pombal), na reconstrução da cidade e na forma como governou o reino enquanto Ministro de D. José I.
O rei, com o susto, ganhou receio a viver em edifícios de construção sólida (pedra) e passou a viver em tendas, primeiro, e depois na denominada Real Barraca da Ajuda, de que falaremos daqui a uns dias.

A Real Barraca

Este terramoto terá dado origem aos primeiros estudos científicos sobre os sismos, originando o nascimento da moderna sismologia.


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