«O Movimento dos Capitães iniciou-se no verão de 1973, por iniciativa de um grupo de oficiais de postos médios (capitães e majores) dos quadros permanentes do Exército, em reação a dois decretos publicados pelo Governo que visavam facilitar o acesso à carreira militar e a rápida promoção ao posto de capitão, de oficiais milicianos, necessários à continuação da guerra colonial. Este movimento corporativo evoluiu rapidamente para a contestação à continuação da guerra, nas circunstâncias em que os militares portugueses a faziam, argumentando com o desprestígio das Forças Armadas. Alguns destes militares, cujo número foi sempre crescendo, acabaram por pôr em causa o próprio regime, e iniciar uma trajectória de confronto, que acabaria no planeamento de uma operação militar e na elaboração de um programa político de índole democrática, com vista ao seu derrube, o que ocorreu em 25 de abril de 1974.»
Joana Pontes, Rodrigo de Sousa e Castro e Aniceto Afonso, A Hora da Liberdade
A placa que se encontra num plano superior assinala a realização, na casa onde está afixada (no Monte Sobral - Alcáçovas), da reunião que pode ser designada de
assembleia constituinte do Movimento dos Capitães, a
9 de setembro de 1973.
Já antes se tinha realizado uma reunião clandestina de capitães, a 21 de agosto de 1973, em Bissau (Guiné).
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