A chamada revolução científica do século XVII caracterizou-se pelo interesse humano voltado para a técnica e para a ciência experimental, procurando um conhecimento que tivesse um desdobramento prático para a sociedade e para a vida do Homem.
Passou a haver uma nova forma de fazer ciências, mais "verdadeira".Laboratório |
No século XVIII, que marcou o nascimento da química moderna, verificou-se a criação de laboratórios químicos e de outros locais - gabinetes e museus de história natural - destinados à investigação da natureza.
Gabinete de Física da Universidade de Coimbra (fotografado em 1899?) |
Esta criação esteve relacionada com o processo de valorização do conhecimento da natureza. voltado para fins utilitários. O ensino começava a ser uma preocupação do Estado e a deixar de ser um monopólio da Igreja – é a chamada laicização (ou secularização) do ensino.
Universidade de Coimbra - Primeiro laboratório (fotografado em 1899) |
Em Portugal, essa visão do ensino e o interesse pelo conhecimento científico da natureza recebeu maior atenção com as reformas do ensino feitas no governo de Sebastião José de Carvalho e Melo (Marquês de Pombal).
Entre outros empreendimentos oficiais, o Museu de História Natural e o Gabinete de Física foram instalados no Palácio Real da Ajuda, próximo do Jardim Botânico da Ajuda, fundado em 1768. Destinavam-se, prioritariamente, à educação dos príncipes.
Laboratório químico da Universidade de Coimbra, agora integrado no Museu da Ciência desta universidade |
Jardim Botânico da Universidade de Coimbra (desenho de folheto) |
A Academia real de Ciências passou, posteriormente, a ser designada Academia das Ciências de Lisboa |
Laboratório de Química da Escola Politécnica (Lisboa), já do século XIX |
Em Portugal, temos o extraordinário privilégio de possuir três laboratórios químicos históricos, de três séculos diferentes, ligados a três universidades: o da Universidade de Coimbra (séc. XVIII), o da Escola Politécnica, na Universidade de Lisboa (séc. XIX) e o Laboratório Químico Ferreira da Silva, na Universidade do Porto (início século XX), que está por recuperar.
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