Vasco da Gama só faria a entrada solene em Lisboa a 8 de setembro, recebendo depois grandes recompensas e honras.
Dos cerca de 150 homens que partiram, menos de metade conseguiu regressar.
Os muçulmanos dificultaram o sucesso diplomático e comercial da expedição e Vasco da Gama não tinha ido devidamente preparado com as mercadorias adequadas ao comércio asiático.
Mas os lucros obtidos com as poucas especiarias trazidas foram suficientes para pagar as despesas da viagem. E o mais importante fora conseguido: abriu-se a Rota do Cabo da Boa Esperança, que unia o Ocidente e o Oriente.
Vasco da Gama |
Em carta enviada aos Reis Católicos de Espanha, Fernando e Isabel, D. Manuel I resumiu a viagem de Vasco da Gama, informando que "acharam e descobriram a Índia e outros Reinos e Senhorios", tendo encontrado no Índico grandes e numerosas povoações, "nas quais se faz todo o trato da especiaria e de pedraria [pedras preciosas]". «Trouxeram logo agora estas quantidades, a saber: de canela, cravo, gengibre, noz moscada, e pimenta e outros modos de especiaria e ainda os lenhos e folhas deles mesmos; e muita pedraria fina de todas as sortes: a saber: rubis, e outras; e ainda acharam terra, em que há minas de ouro, do qual e da dita especiaria e pedraria, não trouxeram logo tanta soma, como puderam, por não levarem mercadoria.»
Em carta enviada ao cardeal D. Jorge da Costa (cardeal Alpedrinha), D. Manuel intitula-se, pela primeira vez, "por Graça de Deus, rei de Portugal e dos Algarves, daquém e além mar em África, e senhor da Guiné e da conquista da navegação e comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia e Índia".
D. Manuel I |
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