A 25 de outubro de 1147 (que também foi um sábado), aconteceu a entrada solene dos cristãos na cidade de Lisboa.
O cerco iniciou-se a 1 de julho de 1147. Com a passagem do tempo, as condições foram-se tornando piores para os sitiados.
A intensificação dos ataques às muralhas fez com que os mouros se rendessem, no dia 21 de outubro.
«(...) ao verem a ponte lançada já quase à altura de dois côvados, e que, estando nós prestes a entrar, não pouparíamos a vida aos vencidos, à nossa vista depõem as armas, baixam as mãos, pedindo suplicantemente tréguas, ao menos até ao dia seguinte.»
No dia seguinte é discutido o modo de rendição.
Entre os cristãos houve muitos desacordos. Havia cruzados de várias nações e muitos não queriam que fosse limitado o saque da cidade. D. Afonso Henriques teve dificuldade em impor a sua vontade.
Depois de muitas discussões, a 25 de outubro os cristãos fizeram a sua entrada na cidade...
... e nem tudo correu conforme o que foi acordado.
«Os coloneses e flamengos, vendo na cidade tantos excitativos de cobiça, não observam respeito algum ao juramento e fidelidade; correm aqui e ali; fazem presa; arrombam portas; esquadrinham os interiores de cada casa; afugentam os habitantes afrontando-os com injúrias contra o direito divino e humano; estragam vasos e vestidos; procedem injuriosamente para com as donzelas; igualam o lícito e o ilícito; e às ocultas surripiam tudo o que devia ser dividido por todos.»
Citações retiradas de Conquista de Lisboa aos Mouros (1147) - Narrações pelos cruzados Osberno e Arnulfo, testemunhas presenciais do cerco
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