A Corte fugia das invasões francesas.
Portugal ficava entregue ao seu destino, e o próprio governo de regência deixado pelo príncipe D. João até foi receber os invasores.
Após dois meses de atribulada viagem, os primeiros barcos avistaram S. Salvador da Baía a 22 de Janeiro.
O desembarque foi já a 24 de Janeiro.
«A família real e a elite da metrópole (...) tinham caído dos céus. E confundindo todas as expectativas, chegavam numa armada em muito pior estado do que alguns dos mais degradados navios mercantes que aportavam neste cais normalmente movimentado. Mais espantoso ainda, faziam-se pedidos de roupas de senhora para bordo, no sentido de socorrer passageiras vestidas com os trapos que restavam dos trajes que usavam à partida de Lisboa (...)»
Patrick Wilcken, Império à deriva
As senhoras, a começar pela própria D. Carlota Joaquina, desembarcaram com estranhos turbantes na cabeça, para disfarçar as cabeças rapadas durante a viagem... por causa de um furioso ataque de piolhos que obrigou a que as cabeleiras fossem deitadas ao mar.
Pintura de Cândido Portinari (1952) A chegada de D. João VI a S. Salvador |
também há filmagens que mostram o grande pânico que aconteceu em Lisboa, sem que fosse possível as pessoas levaram suas roupas, bens e alimentos:
ResponderEliminarhttps://www.youtube.com/watch?v=pO90mZpO05k
Agradeço a sugestão. Os brasileiros, felizmente, fazem muitos filmes, documentários, animações sobre a ida da Corte para para o Brasil. Tratam da sua História.
ResponderEliminarO livro de Patrick Wilcken, "Império à deriva", com o que me parecem que são alguns exageros, é muito interessante e bem disposto.
Quanto à "bagunça" da partida, transcrevi uma passagem do livro em http://histgeo6.blogspot.pt/2010/12/fuga-da-familia-real-4.html