Os acontecimentos desse dia puseram fim aos 60 anos do domínio filipino, iniciado após a morte, sem sucessor, do Cardeal D. Henrique.
É verdade que muitos portugueses, nomeadamente nobres de famílias importantes, não se opuseram à aclamação de Filipe II de Espanha como rei de Portugal (Filipe I de Portugal), antes a apoiaram, assim como membros do clero e da burguesia.
Também é certo que Filipe II fez um conjunto de promessas sobre a autonomia do reino de Portugal.
D. Filipe II de Espanha |
A desilusão com o desrespeito por essas promessas aconteceu no reinado do 3.º dos Filipes (Filipe IV de Espanha, governou entre 1621 e 1655).
A partir de 1637 houve várias revoltas no Alentejo - as mais importantes em Évora - e em outros pontos. Alguns nobres portugueses começaram a reunir, para encontrarem uma saída para a situação de Portugal.
Largo que, na cidade de Évora, com o seu nome - alterações (revoltas) - lembra os acontecimentos que se deram nessa cidade |
O rei espanhol mobilizou a nobreza portuguesa para ajudar a combater os independentistas.
O principal responsável pela concretização dessa mobilização era D. João, o Duque de Bragança, que tinha sido nomeado comandante militar de Portugal.
O mesmo D. João que os nobres revoltados queriam que chefiasse o golpe contra os representantes espanhóis, tornando-se o novo rei de Portugal.
Depois de um período de indecisão - ou de grandes cautelas - D. João aceitou.
O golpe foi marcado para o dia 1 de dezembro. Nele participaram diretamente elementos da nobreza. Houve o apoio de elementos do clero e, posteriormente, da população de Lisboa.
O Duque de Bragança estava na sua residência de Vila Viçosa e só chegaria a Lisboa no dia 6.
Palácio da Independência - residência dos Condes de Almada, apoiantes da Restauração e onde os conjurados fizeram algumas reuniões. |
Sem comentários:
Enviar um comentário