É muito comum a ideia da incerteza da morte de D. Sebastião na batalha de Alcácer Quibir. A lenda em como D. Sebastião teria sobrevivido será resultado do relato de cronistas: "ninguém viu morrer o rei" (Jerónimo de Mendonça) ou afirmações de que testemunhas viram D. Sebastião afastar-se do local da batalha (Frei Bernardo da Cruz).
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Vista de Lisboa (1572) |
No dia 24 de junho de 1578, a armada de D. Sebastião largara da barra do Tejo em direção ao norte de África. Seriam cerca de 20 mil homens de armas, incluindo entre 450 e 500 fidalgos, das famílias mais importantes do Reino. O objetivo era "voltar a África para combater o mouro".
A batalha de Alcácer Quibir foi travada a 4 de agosto de 1578. Teve muitas peripécias, sendo o resultado final uma pesada derrota do exército português e a morte do rei D. Sebastião.
Há documentos que provam essa morte.
O seu corpo foi reconhecido por Sebastião de Resende, guarda-roupa do rei. Nobres feitos cativos na batalha terão confirmado esse reconhecimento.
O corpo foi resgatado do local da batalha e sepultado em Alcácer Quibir, na casa do alcaide da cidade. Um jurista português, doutor Belchior do Amaral, teve autorização para acompanhar o sepultamento e escreveu ao Cardeal D. Henrique a confirmar a morte.
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Reconhecimento do corpo
(pintura de Caetano Moreira da Costa Lima, séc. XIX) |
O corpo foi depois transferido para Ceuta, cidade dominada pelos portugueses, sendo depositado na igreja do Mosteiro da Santíssima Trindade.
Há um documento datado de 10 de dezembro de 1578 que relata o acontecido. A 8 de janeiro de 1579, o Cardeal D. Henrique escreve uma carta a D. Filipe II de Espanha a agradecer a colaboração deste para a recuperação do corpo.
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D. Sebastião (retrato pintado por Cristóvão de Morais, 1572) |
D. Filipe II de Espanha, em 1582, quando já era rei de Portugal, trasladou o corpo de D. Sebastião para Portugal, ficando o seu túmulo na igreja do Mosteiro dos Jerónimos (Lisboa).
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Túmulo de D. Sebastião
(Mosteiro dos Jerónimos) |