Reportagem apresentada pela SIC, em 2010, lembrando esta revolta, no ano em que se comemorou o centenário da República em Portugal.
31 de janeiro de 2016
31 de Janeiro de 1891
A primeira revolta republicana em Portugal.
Reportagem apresentada pela SIC, em 2010, lembrando esta revolta, no ano em que se comemorou o centenário da República em Portugal.
Reportagem apresentada pela SIC, em 2010, lembrando esta revolta, no ano em que se comemorou o centenário da República em Portugal.
Turmas 6.º E, 6.º G e 6.º H - Ficha de Avaliação
Os alunos destas turmas encontram aqui os conteúdos e objetivos da ficha.
Bom estudo.
Bom estudo.
Cortes Constituintes |
Viagem de Vasco da Gama (5) - Angra de S. Brás
«Em vinte e cinco dias do dito mês de Novembro, um Sábado à tarde, dia de Santa Catarina, entrámos em a Angra de São Brás, onde estivémos treze dias porque nesta angra desfizemos a nau que levava os mantimentos e os recolhemos aos navios.
No sábado, cerca de 200 negros, entre grandes e pequenos, aproximaram-se. Traziam umas 12 reses, bois e vacas, e quatro ou cinco carneiros. Logo que os vimos, fomos para terra. Eles então começaram a tocar quatro ou cinco flautas, e uns tocavam alto, outros, baixo, num concerto muito bom para negros, de quem não se espera música. Além disso, bailavam como negros. O Capitão-mor mandou que se tocassem as trombetas, e todos nós pusemo-nos a dançar nos batéis, mesmo o Capitão. Acabada a festa, fomos à terra, onde desceramos da outra vez, e ali trocámos um boi negro por três manilhas.
Foi este boi o nosso jantar de domingo. Era muito gordo, e a sua carne saborosa como a que comíamos em Portugal. Neste domingo, 3 de Dezembro, aproximaram-se outros tantos e traziam consigo as mulheres e crianças pequenas. As mulheres estavam em cima de uma elevação, perto do mar, e tocavam e bailavam como no sábado.
Esta gente é negra, e são homens de bons corpos; andam nus, somente trazem uns panos de algodão pequenos com que cobrem suas vergonhas, e os senhores desta terra trazem estes panos maiores. E as mulheres moças, que nesta terra parecem bem, trazem os beiços furados por três lugares, e ali lhes trazem uns pedaços de estanho retorcidos; e esta gente folgava muito connosco; e nos traziam aos navios disso que tinham, em almadias que eles têm; e nós isso mesmo íamos à sua aldeia a tomar água. […]»
No sábado, cerca de 200 negros, entre grandes e pequenos, aproximaram-se. Traziam umas 12 reses, bois e vacas, e quatro ou cinco carneiros. Logo que os vimos, fomos para terra. Eles então começaram a tocar quatro ou cinco flautas, e uns tocavam alto, outros, baixo, num concerto muito bom para negros, de quem não se espera música. Além disso, bailavam como negros. O Capitão-mor mandou que se tocassem as trombetas, e todos nós pusemo-nos a dançar nos batéis, mesmo o Capitão. Acabada a festa, fomos à terra, onde desceramos da outra vez, e ali trocámos um boi negro por três manilhas.
Foi este boi o nosso jantar de domingo. Era muito gordo, e a sua carne saborosa como a que comíamos em Portugal. Neste domingo, 3 de Dezembro, aproximaram-se outros tantos e traziam consigo as mulheres e crianças pequenas. As mulheres estavam em cima de uma elevação, perto do mar, e tocavam e bailavam como no sábado.
Esta gente é negra, e são homens de bons corpos; andam nus, somente trazem uns panos de algodão pequenos com que cobrem suas vergonhas, e os senhores desta terra trazem estes panos maiores. E as mulheres moças, que nesta terra parecem bem, trazem os beiços furados por três lugares, e ali lhes trazem uns pedaços de estanho retorcidos; e esta gente folgava muito connosco; e nos traziam aos navios disso que tinham, em almadias que eles têm; e nós isso mesmo íamos à sua aldeia a tomar água. […]»
Relação da primeira viagem à Índia pela armada chefiada por Vasco da Gama
A viagem de Vasco da Gama (4) - A passagem do Cabo da Boa Esperança
«E tanto que tivemos nossos navios aparelhados e limpos e lenha tomada, nos partimos desta terra uma quinta-feira pela manhã, que era a 16 dias de Novembro, não sabendo nós quanto éramos do Cabo de Boa-Esperança, salvo Pêro d’Alenquer dizia que ao mais que podíamos ser seriam 30 léguas a ré do Cabo. E o porque se ele não afirmava era porque ele partira um dia pela manhã do Cabo e que de noite passara por ali com vento à popa, e isso mesmo à ida foram de largo; e por estes respeitos não eram em conhecimento donde éramos, pelo qual fomos em a volta do mar com sul-su-sueste.
E ao sábado à tarde ouvemos vista do dito Cabo de Boa-Esperança. E em este dia mesmo virámos em a volta do mar, e de noite virámos em a volta da terra.
E ao domingo pela manhã, que foram 19 dias do mês de Novembro, fomos outra vez com o Cabo e não o pudemos dobrar porque o vento era su-sueste, e o dito Cabo jaz nordeste-sudueste. E em este dia mesmo virámos em a volta do mar, e à noite da segunda-feira viemos em a volta da terra.
E à quarta-feira, ao meio-dia, passámos pelo dito Cabo ao longo da costa, com vento à popa. E junto com este Cabo de Boa-Esperança, ao sul, jaz uma angra muito grande que entra pela terra bem seis léguas e em boca haverá bem outras tantas.
E ao sábado à tarde ouvemos vista do dito Cabo de Boa-Esperança. E em este dia mesmo virámos em a volta do mar, e de noite virámos em a volta da terra.
E ao domingo pela manhã, que foram 19 dias do mês de Novembro, fomos outra vez com o Cabo e não o pudemos dobrar porque o vento era su-sueste, e o dito Cabo jaz nordeste-sudueste. E em este dia mesmo virámos em a volta do mar, e à noite da segunda-feira viemos em a volta da terra.
E à quarta-feira, ao meio-dia, passámos pelo dito Cabo ao longo da costa, com vento à popa. E junto com este Cabo de Boa-Esperança, ao sul, jaz uma angra muito grande que entra pela terra bem seis léguas e em boca haverá bem outras tantas.
Viagem de Vasco da Gama (3) - Episódio de Fernão Veloso
«Neste mesmo dia um Fernão Veloso, que ia com o capitão-mor, desejava muito ir com eles a suas casas, para saber de que maneira viviam e que comiam ou que vida era a sua; e pediu por mercê ao capitão-mor lhe desse licença para ir com eles a suas casas. E o capitão, vendo-se importunado dele, que o não deixava senão que lhe desse licença, o deixou ir com eles; e nós tornámos ao navio do capitão-mor a cear, e ele foi com os ditos negros. E, tanto que eles foram de nós apartados, tomaram um lobo-marinho e foram-se ao pé duma serra, em uma charneca, e assaram o lobo-marinho; e deram dele ao Fernão Veloso, que ia com eles, e das raízes de ervas que eles comiam; e acabado de comer, disseram-lhe que se viesse para os navios; e não quiseram que fosse com eles. E o dito Fernão Veloso, quando veio em direito dos navios começou logo de chamar e eles ficaram metidos pelo mato. E nós estávamos ainda ceando e, quando o ouvimos, deixaram logo os capitães de comer e nós outros com eles, e metemo-nos na barca à vela; e os negros começaram de correr ao longo da praia e foram tão prestes com o dito Fernão Veloso, como nós; em nós o querendo recolher eles nos começaram a atirar com umas azagaias que traziam, onde foi ferido o capitão-mor e três ou quatro homens. E isto porque nos fiámos neles, parecendo-lhes que eram homens de pequeno coração e que não se atreveriam a cometer o que depois fizeram, pelo qual íamos despercebidos de armas. Então nos recolhemos aos navios. […]»
Viagem de Vasco da Gama (2) - Baía de Santa Helena
«À terça-feira viemos na volta da terra, e houvemos vista de uma terra baixa e que tinha uma grande baía. O Capitão-mor mandou Pêro de Alenquer no batel, a sondar se achava bom pouso, pelo qual a achou muito boa e limpa e abrigada de todos os ventos, somente de nordeste. E ela jaz leste-oeste, à qual puseram nome Santa Helena.
À quarta-feira lançámos âncora na dita baía, onde estivemos oito dias limpando os navios e corrigindo as velas e tomando lenha.
Nesta terra há homens baços, que não comem senão lobos-marinhos e baleias e carne de gazelas e raízes de ervas; e andam cobertos com peles e trazem uma bainha em suas naturas; e as suas armas são uns cornos tostados, metidos em umas varas de azambujo; e têm muitos cães, como os de Portugal, e assim mesmo ladram. As aves desta terra são assim mesmo como as de Portugal: corvos-marinhos, gaivotas, rolos, cotovias e outras muitas aves; e a terra é muito sadia e temperada e de boas ervas. […]»
À quarta-feira lançámos âncora na dita baía, onde estivemos oito dias limpando os navios e corrigindo as velas e tomando lenha.
Nesta terra há homens baços, que não comem senão lobos-marinhos e baleias e carne de gazelas e raízes de ervas; e andam cobertos com peles e trazem uma bainha em suas naturas; e as suas armas são uns cornos tostados, metidos em umas varas de azambujo; e têm muitos cães, como os de Portugal, e assim mesmo ladram. As aves desta terra são assim mesmo como as de Portugal: corvos-marinhos, gaivotas, rolos, cotovias e outras muitas aves; e a terra é muito sadia e temperada e de boas ervas. […]»
Relação da primeira viagem à Índia pela armada chefiada por Vasco da Gama
Viagem de Vasco da Gama (1) - Partida
«Em nome de Deus, ámen. Na era de mil quatrocentos e noventa e sete mandou El-Rei D. Manuel, o primeiro deste nome em Portugal, a descobrir, quatro navios, os quais iam em busca da especiaria, dos quais navios ia por capitão-mor Vasco da Gama, e dos outros: dum deles Paulo da Gama, seu irmão, e do outro Nicolau Coelho [e um Gonçalo Nunes, criado de Vasco da Gama, que ia por capitão da nau dos mantimentos].
Partimos do Restelo um sábado, que eram oito dias do mês de Julho da dita era de mil quatrocentos e noventa e sete, [seguindo] nosso caminho, que Deus Nosso Senhor deixe acabar em seu serviço, ámen.»
6.º F - 12 episódios da viagem de Vasco da Gama
Na aula do 6.º F do passado dia 26, vimos que os 12 episódios da viagem de Vasco da Gama que poderiam ser trabalhados na banda desenhada eram:
- Partida
- Paragem em Santa Helena (eventualmente, a vida a bordo)
- "Aventura" de Fernão Veloso (em Santa Helena)
- Passagem do Cabo da Boa Esperança
- Paragem na Angra de S. Brás
- Paragem no Rio dos Bons Sinais
- Paragem em Moçambique
- Paragem em Melinde
- Calecute
- Encontro com o Samorim de Calecute
- Viagem de regresso / regresso de Vasco da Gama pela ilha Terceira (morte de Paulo da Gama)
- Chegada
29 de janeiro de 2016
Turmas do 6.º ano
Para as situações em que os alunos não dispõem de manual, disponibilizo as páginas a aestudar para a próxima ficha de avaliação.
28 de janeiro de 2016
6.º F - Os tripulantes das naus da Carreira da Índia
Carreira da Índia foi o nome dado à ligação marítima regular entre Lisboa e os portos da Índia, após a viagem de Vasco da Gama (1497-1499).
Esta ligação - a maior e mais prolongada rota de navegação à vela - durou até cerca de 1800.
Desde a viagem de Vasco da Gama (1497-1499) até 1595 (data da primeira viagem feita por holandeses) - quase 100 anos! -, essa ligação era exclusiva dos portugueses.
Quem eram os tripulantes dessas naus?
Deixo a ligação a um texto produzido há uns anos, no âmbito de um projeto intitulado Acordar História Adormecida.
A informação diz respeito às naus da Carreira da Índia na primeira metade do século XVI (a tripulação na viagem de Vasco da Gama seria menor).
Marinheiros e outras pessoas a bordo - pág. 1
Marinheiros e outras pessoas a bordo - pág. 2
Marinheiros e outras pessoas a bordo - pág. 3
Outra fonte indica que a guarnição tradicional de uma nau seria de 120 a 170 tripulantes:
Esta ligação - a maior e mais prolongada rota de navegação à vela - durou até cerca de 1800.
Desde a viagem de Vasco da Gama (1497-1499) até 1595 (data da primeira viagem feita por holandeses) - quase 100 anos! -, essa ligação era exclusiva dos portugueses.
Quem eram os tripulantes dessas naus?
Deixo a ligação a um texto produzido há uns anos, no âmbito de um projeto intitulado Acordar História Adormecida.
A informação diz respeito às naus da Carreira da Índia na primeira metade do século XVI (a tripulação na viagem de Vasco da Gama seria menor).
Marinheiros e outras pessoas a bordo - pág. 1
Marinheiros e outras pessoas a bordo - pág. 2
Marinheiros e outras pessoas a bordo - pág. 3
Outra fonte indica que a guarnição tradicional de uma nau seria de 120 a 170 tripulantes:
- capitão
- escrivão
- 2 pilotos
- mestre de manobra das velas
- contramestre, guardião
- carpinteiro, calafate e tanoeiro (reparam o barco)
- barbeiro (que servia de cirurgião)
- meirinho
- cozinheiro, dispenseiro
- soldados e bombardeiros
- marinheiros
- grumetes
- capelão (e outros religiosos)
6.º F - Vasco da Gama: a viagem
Para o projeto Todos Contam, Todos Fazem, a turma do 6.º F está a abordar a extraordinária viagem de descobrimento do caminho marítimo para a Índia, capitaneada por Vasco da Gama.
Já vimos que embarcações participaram nessa viagem, quem eram os seus capitães, os seus pilotos e (agora) alguns outros elementos:
As naus da armada de Vasco da Gama eram as mais evoluídas naquela época, próprias para o transporte de mercadoria e equipadas com artilharia.
As embarcações iriam evoluir muito rapidamente nos anos seguintes.
No total, os tripulantes destes navios seriam, à partida, cerca de 150.
Regressaram 55.
Na nau S. Rafael seguia Álvaro Velho, talvez um marinheiro, talvez um soldado, que se pensa ser o autor do diário da viagem, com o título Relação da primeira viagem à Índia pela armada chefiada por Vasco da Gama.
A Relação é o único documento que relata a viagem de forma detalhada, tendo esse relato sido interrompido quando a armada, no seu regresso, chegou à região da Guiné.
Já vimos que embarcações participaram nessa viagem, quem eram os seus capitães, os seus pilotos e (agora) alguns outros elementos:
- Nau S. Gabriel - capitão: Vasco da Gama; piloto: Pero de Alenquer; mestre: Gonçalo Álvares; escrivão: Diogo Dias.
- Nau S. Rafael - capitão: Paulo da Gama; piloto: João de Coimbra; escrivão: João de Sá.
- Bérrio (também designada pelo nome de S. Miguel; referida como caravela redonda ou nau) - capitão: Nicolau Coelho; piloto: Pero Escobar (também conhecido por Pero Escolar); escrivão: Álvaro Braga.
- Nau reservada aos mantimentos - capitão: Gonçalo Nunes; piloto: Afonso Gonçalves.
As naus da armada de Vasco da Gama eram as mais evoluídas naquela época, próprias para o transporte de mercadoria e equipadas com artilharia.
As embarcações iriam evoluir muito rapidamente nos anos seguintes.
No total, os tripulantes destes navios seriam, à partida, cerca de 150.
Regressaram 55.
Na nau S. Rafael seguia Álvaro Velho, talvez um marinheiro, talvez um soldado, que se pensa ser o autor do diário da viagem, com o título Relação da primeira viagem à Índia pela armada chefiada por Vasco da Gama.
A Relação é o único documento que relata a viagem de forma detalhada, tendo esse relato sido interrompido quando a armada, no seu regresso, chegou à região da Guiné.
25 de janeiro de 2016
19 de janeiro de 2016
6.º H - Ficha de Trabalho
Havendo a situação de alunos sem o manual, aqui estão as páginas necessárias à Ficha de Trabalho em atraso.
Ficam já, também, os exercícios da página 43 (T.P.C. para 6.ª feira).
Página 39
Página 40
Página 41
Documento 2 da página 39 (para ver com mais facilidade)
Exercícios página 43
Ficam já, também, os exercícios da página 43 (T.P.C. para 6.ª feira).
Página 39
Página 40
Página 41
Documento 2 da página 39 (para ver com mais facilidade)
Exercícios página 43
15 de janeiro de 2016
8 de janeiro de 2016
Turmas do 6.º ano - Ficha de Trabalho
Página 38 do manual (pág. 36 no manual antigo) que deve ser consultada para a realização da Ficha de Trabalho.
1 de janeiro de 2016
Feliz 2016
Com tudo o que é necessário para o nosso bem-estar.
E, 2.ª feira, um feliz regresso às aulas,
para um 2.º período com mais estudo e melhores resultados.
Subscrever:
Mensagens (Atom)