Mapas a explorar (apresentação) a propósito da serra da Arrábida.
25 de janeiro de 2018
22 de janeiro de 2018
A serra da Arrábida - para as aulas do 5.º I
Um curto vídeo feito pela montagem de extratos de dois documentários sobre a serra da Arrábida (editados neste blogue há poucos dias), para explorar em contexto de sala de aula.
21 de janeiro de 2018
Arrábida - da Serra ao Mar (para a turma do 5.º I)
Documentário realizado por Luís Quinta e Ricardo Guerreiro, produzido pela Traduvárius com o patrocínio da AMRS (Associação de Municípios da Região de Setúbal).
14 de janeiro de 2018
O avanço nas ciências e as reformas do Marquês de Pombal no ensino
A chamada revolução científica do século XVII caracterizou-se pelo interesse humano voltado para a técnica e para a ciência experimental, procurando um conhecimento que tivesse um desdobramento prático para a sociedade e para a vida do Homem.
Passou a haver uma nova forma de fazer ciências, mais "verdadeira".Laboratório |
No século XVIII, que marcou o nascimento da química moderna, verificou-se a criação de laboratórios químicos e de outros locais - gabinetes e museus de história natural - destinados à investigação da natureza.
Gabinete de Física da Universidade de Coimbra (fotografado em 1899?) |
Esta criação esteve relacionada com o processo de valorização do conhecimento da natureza. voltado para fins utilitários. O ensino começava a ser uma preocupação do Estado e a deixar de ser um monopólio da Igreja – é a chamada laicização (ou secularização) do ensino.
Universidade de Coimbra - Primeiro laboratório (fotografado em 1899) |
Em Portugal, essa visão do ensino e o interesse pelo conhecimento científico da natureza recebeu maior atenção com as reformas do ensino feitas no governo de Sebastião José de Carvalho e Melo (Marquês de Pombal).
Entre outros empreendimentos oficiais, o Museu de História Natural e o Gabinete de Física foram instalados no Palácio Real da Ajuda, próximo do Jardim Botânico da Ajuda, fundado em 1768. Destinavam-se, prioritariamente, à educação dos príncipes.
Laboratório químico da Universidade de Coimbra, agora integrado no Museu da Ciência desta universidade |
Jardim Botânico da Universidade de Coimbra (desenho de folheto) |
A Academia real de Ciências passou, posteriormente, a ser designada Academia das Ciências de Lisboa |
Laboratório de Química da Escola Politécnica (Lisboa), já do século XIX |
Em Portugal, temos o extraordinário privilégio de possuir três laboratórios químicos históricos, de três séculos diferentes, ligados a três universidades: o da Universidade de Coimbra (séc. XVIII), o da Escola Politécnica, na Universidade de Lisboa (séc. XIX) e o Laboratório Químico Ferreira da Silva, na Universidade do Porto (início século XX), que está por recuperar.
Lisboa antes do Terramoto
Foto (parcial) da maqueta existente no Museu de Lisboa (centro da cidade) e planta do Terreiro do Paço e da zona envolvente (a que está em primeiro plano na maqueta, com os principais edifícios identificados).
11 de janeiro de 2018
A construção do Império Romano (para a turma do 5.º I)
Mapa do IMPÉRIO ROMANO (século II) |
Império Romano em 241 a.C.
Império Romano em 197 a.C.
Império Romano em 133 a.C.
Império Romano em 27 a.C.
Octávio Augusto foi o seu primeiro imperador (27 a.C.).
Os objetivos dos Romanos eram:
- aumentar os seus territórios
- encontrar riquezas
- encontrar terras férteis
- encontrar novos mercados
- garantir a sua segurança
No século II o Império Romano estendia-se por três continentes, abrangendo toda a bacia do Mar Mediterrâneo, e contava cerca de 70 milhões de habitantes.
O Mediterrâneo era um mar interior do Império, a sua principal via de comércio.
Romanos - as atividades económicas (para a turma do 5.º I)
Os romanos desenvolveram as atividades económicas.
Na agricultura, cultivavam o trigo, a vinha (para a produção do vinho) e a oliveira (para a produção do azeite).
Exploraram pedreiras e minas.
Na agricultura, cultivavam o trigo, a vinha (para a produção do vinho) e a oliveira (para a produção do azeite).
Colher o trigo, já com a ajuda de uma máquina |
Apanha da azeitona |
Lagar de azeite - a produzir azeite, enchendo de imediato as ânforas para o seu transporte |
Lagar de vinho |
Surgiram muitas olarias, onde se fabricavam materiais de construção, objetos de uso quotidiano, como a loiça doméstica, e, as ânforas, para o transporte de azeite, vinho, conservas de peixe, frutos secos, etc.
Em Portugal, em locais do litoral, foi muito importante a indústria da salga de peixe, feita em tanques de que nos chegaram muitos vestígios.
Tanques de salga de peixe |
Com a maior produção, o comércio recebeu um grande incremento.
Os produtos circulavam Império Romano, sendo o mar Mediterrâneo a grande via de comunicação entre as várias províncias do Império.
10 de janeiro de 2018
Romanos - as construções (para a turma do 5.º I)
É ainda hoje visível, pelos mais diferentes vestígios, a grande variedade de construções romanas na Península Ibérica.
As estradas ou vias romanas.
As pontes.
Os aquedutos, que transportavam a água.
As termas, local onde se tratava da higiene e se convivia.
Os teatros, onde se realizavam as representações.
Nos templos, os Romanos prestavam culto aos seus deuses.
E ainda as praças públicas (fóruns).
As estradas ou vias romanas.
Os aquedutos, que transportavam a água.
As termas, local onde se tratava da higiene e se convivia.
Os teatros, onde se realizavam as representações.
Nos templos, os Romanos prestavam culto aos seus deuses.
Ruínas do templo romano de Évora |
E ainda as praças públicas (fóruns).
Assim seria um fórum romano |
7 de janeiro de 2018
Mário Soares - uma biografia
No dia 7 de janeiro de 2017, faleceu aquele que foi o primeiro civil a ocupar a Presidência da República seis décadas após a queda da I República.
Foi um político marcante do último quartel do século XX, para além do papel que representou na oposição ao regime do Estado Novo. Por isso, esta biografia, um curto resumo de uma vida intensamente vivida e com largas repercussões na sociedade portuguesa.
Como sempre acontece em relação aos políticos, sobretudo aqueles que exercem cargos governativos e cuja atuação ainda é relativamente recente, é possível que muitas vozes críticas se levantem à sua ação. Tal faz parte da própria vivência democrática, para a qual Mário Soares contribuiu, com mais ou menos polémica, consoante as perspetivas ideológicas.
Tomei como base o artigo Mário Soares, de Maria Fernanda Rollo e de José Maria Brandão de Brito, no Dicionário de História do Estado Novo, de onde, portanto, são extraídas as citações (assinaladas a verde, como costume neste blogue).
Mário Alberto Nobre Lopes Soares, advogado
e político, nasceu em Lisboa, a 7 de dezembro de 1924, no seio de uma família
republicana e liberal.
A entrada na Universidade, no curso de
Ciências Histórico-Filosóficas, levou-o a intervir na vida política contra o
regime ditatorial do Estado Novo.
Aderiu ao Partido Comunista (PCP) em 1942, do qual se viria a desligar em 1950.
Na sequência da vitória dos Aliados na II
Guerra Mundial (1945), um grupo de “velhos oposicionistas” fundou o Movimento
de Unidade Democrática (MUD), o qual contou com uma organização de jovens
– o MUD Juvenil – de que Mário Soares, então com 22 anos, foi o primeiro
presidente da comissão central.
Fotografias de Mário Soares no arquivo da PIDE |
Em 1946, por efeito dessa sua participação
no MUD, foi preso pela primeira vez.
Em 1949, foi secretário-geral da
candidatura do general Norton de Matos à Presidência da República.
Reunião de constituição do MUD |
Entre 1946 e 1949 foi preso quatro vezes
pela polícia política. Foi na prisão, em 1949, que se casou com Maria de Jesus
Barroso.
Impedido de ensinar, por lhe ter sido
negado o diploma do curso de Histórico-Filosóficas, iria fazer o curso de
Direito (1952-1957).
Mário Soares e Maria Barroso |
Como membro da Resistência Republicana,
passou a fazer parte do Diretório Democrato-Social (1956).
Começou a exercer advocacia em 1958 e
regressou à primeira linha da ação política. Nesse mesmo ano, empenhou-se na
candidatura do general Humberto Delgado.
Em 1959, esteve nos preparativos de uma
revolta que não resultou (“Revolta da Sé”) e assinou o documento que pedia o
afastamento do chefe do Governo, Oliveira Salazar, da vida política.
Campanha eleitoral do Gen. Humberto Delgado (Mário Soares junto ao general) |
«Ficaram célebres algumas das suas
intervenções como advogado defensor dos presos políticos em dezenas de
julgamentos, realizados em condições dramáticas, no Tribunal Plenário de
Boa-Hora e no Tribunal Militar Especial de Santa Clara».
Depois de ter sido preso mais duas vezes (1960 e 1961), fundou, em 1964, a Associação Socialista Portuguesa (ASP), na cidade de Genebra (Suíça).
Depois de ter sido preso mais duas vezes (1960 e 1961), fundou, em 1964, a Associação Socialista Portuguesa (ASP), na cidade de Genebra (Suíça).
Preso mais três vezes (1965, 1967 e 1968),
foi deportado para a ilha de S. Tomé, por tempo indeterminado. Mas, em 1968,
Salazar foi afastado do Governo, por motivos de saúde, tendo Mário Soares sido
autorizado a regressar a Portugal pelo novo chefe do Governo, Prof. Marcelo
Caetano.
Em 1969, concorreu às eleições para a Assembleia Nacional pela CEUD (Comissão Eleitoral de Unidade Democrática), mas o partido que apoiava o Governo, a União Nacional, “como de costume”, elegeu todos os deputados.
Viajando por vários países, denunciou a
falta de respeito que existia em Portugal relativamente aos Direitos Humanos e
à guerra que era travada nas colónias africanas. Arriscando nova
prisão, exilou-se em Paris.
Em 1973 transformou a ASP num partido
político – o Partido Socialista (PS) – fundado nos arredores de Bona
(Alemanha), a 19 de abril de 1973. Mário Soares foi o seu primeiro
secretário-geral, cargo que desempenhou até ser eleito Presidente da República,
em 1986.
Grupo fundador do Partido Socialista (PS) |
Estava na cidade de Bona quando se deu o
golpe militar de 25 de abril de 1974.
Regresso de Mário Soares a Portugal, em 1974 - o Comboio da Liberdade |
«A revolução dá os seus primeiros passos.
O 1.º de maio fica a constituir o dia em que simbolicamente se inicia o longo e
complexo percurso em direção a uma democracia pluralista e representativa,
abrindo caminho para a constituição de um verdadeiro Estado de direito.»
Mário Soares e Maria Barroso no 1.º de maio de 1974 |
Em 1975, «critica asperamente o sentido que estava a tomar a revolução portuguesa. (…) 1976 é o ano do virar de mais uma página na história portuguesa. É sobretudo o ano do início e consagração de um novo percurso: o da normalização democrática.»
Foi eleito deputado em várias eleições. Foi Primeiro-Ministro em três governos
(I Governo Constitucional - 1976-1978, II Governo Constitucional - 1978 e IX Governo Constitucional - 1983-1985),
mas nenhum deles chegou ao fim do mandato, numa época em que as crises
políticas eram frequentes.
Cerimónia da integração de Portugal na CEE |
Depois de sair do Governo, ainda em 1985,
anunciou a sua candidatura à Presidência da República. «Em 16 de fevereiro de
1986 é eleito “presidente de todos os portugueses”, tornando-se o primeiro
civil a ocupar a Presidência da República, seis décadas após a queda da I
República.» Foi reeleito Presidente em 1991, concluindo o mandato em 1996.
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